
Mas não é isso que as bancadas da Renamo e do MDM queriam saber.
No pedido de informação enviado ao Governo as duas bancadas queriam saber sobre a constituição da EMATUM (é uma empresa quase que fantasma, porque nem NUIT tem), a participação do Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE), e o facto de o Estado avalizar um negócio a uma empresa que nem sequer começou as suas actividades e, por conseguinte, sem garantias.
O Governo com a ajuda da bancada parlamentar da Frelimo contornou todas estas questões e falou do menos importante no negócio.
“A criação da EMATUM e a aquisição de 30 embarcações destina-se a dotar Moçambique de capacidade para explorar um recurso que é seu. Integra-se nos esforços com vista a reforçar a capacidade nacional do uso destes meios para diversos fins no mar e ao longo da nossa vasta costa”, disse aos deputados o primeiro-ministro, Alberto Vaquina.
Sobre
os donos da EMATUM, a avalização do negócio e as garantias, o não cumprimento da
Lei do Procurement, o não pedido de autorização do parlamento, Alberto Vaquina
não explicou. As duas bancadas da oposição que solicitaram os esclarecimentos
não ficaram convencidas com a dissertação do primeiro-ministro e acusaram o
Governo de estar a “mentir de forma reiterada aos cidadãos moçambicanos”. José
de Sousa, do MDM, disse que o que as pessoas querem saber é porquê o Governo
contornou o parlamento e a Lei de Procurement, “até a própria Lei do Orçamento
foi violada”.
Por seu turno, o porta-voz da Renamo, Arnaldo Chalaua, acusou o Governo de primar pela arrogância, pois, na sua opinião, as duas bancadas pediram esclarecimentos em questões pontuais que preocupam os moçambicanos, mas o Governo prefere continuar a mentir. “O Governo tinha que vir aqui pedir desculpa aos moçambicanos por esta burla”, disse Chalaua.
A Frelimo, através do seu porta-voz Edmundo Galiza Matos Júnior, considera que o Governo “esclareceu” a questão dos barcos. Galiza Matos diz que a legalidade do negócio não é a parte mais importante, mas, sim, o objectivo que é “proteger a nossa costa”. (Matias Guente)
CANALMOZ – 28.11.2013
Por seu turno, o porta-voz da Renamo, Arnaldo Chalaua, acusou o Governo de primar pela arrogância, pois, na sua opinião, as duas bancadas pediram esclarecimentos em questões pontuais que preocupam os moçambicanos, mas o Governo prefere continuar a mentir. “O Governo tinha que vir aqui pedir desculpa aos moçambicanos por esta burla”, disse Chalaua.
A Frelimo, através do seu porta-voz Edmundo Galiza Matos Júnior, considera que o Governo “esclareceu” a questão dos barcos. Galiza Matos diz que a legalidade do negócio não é a parte mais importante, mas, sim, o objectivo que é “proteger a nossa costa”. (Matias Guente)
CANALMOZ – 28.11.2013
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