15/07/2020
Por Francisco Nota Moisés
Patifaria e Patetice são os marcos ou níveis que marcam a queda da Renamo por falta duma liderança capaz de dirigir o que agora parece se ter tornado numa quadrilha liderada por um único homem, como, alias, esse movimento sempre se caracterizou desde a morte do fundador André Matade Matsangaissa cuja capacidade política não podemos dizer muita coisa visto que ele morreu antes que tivesse o tempo de demonstrar a sua dureza política.
Afonso Dhlakama, que o sucedeu, foi um homem pateticamente incapaz de ser um político por várias razões incluindo o seu egoísmo de querer monopolizar todo o poder na Renamo, agindo assim como um deus todo-poderoso com anjos e santos a lhe adorar. Adorar o homem era a coisa principal que todos os seus adjuntos deviam fazer e faziam.
Foi assim que o homem empurrou o seu poderoso movimento militar a se render com os tais acordos de Roma e mais acordos posteriores com a Frelimo. Porque e que a Renamo foi negociar como a parte derrotada no conflito, os historiadores terão que se debruçar sobre isto para tentar talvez entender esse fenómeno.
Mas eu não entendo nada desta asneira. Aquele arranjo para por fim a guerra civil, foi a melhor bênção e vitória da Frelimo sobre os impolíticos da Renamo que a Frelimo veio depois a tratar como uma cambada de patifes e derrotados e cujos membros os seus esquadrões da morte apanham, maltratam, cortam as suas orelhas e narizes antes de matá-los.
Depois da morte do Dhlakama, respirei um certo ar de alívio, pensando que alguém capaz e não inconstante e inconsistente como ele iria refazer a Renamo para repô-la em posição de força com os seus militares ainda armados. Mais o pior veio acontecer visto que o novo líder, um jagunço de muita baixa qualidade e analfabeto, foi colocado em seu lugar por ninguém sabe quem. E provavelmente com a jagunçada da Frelimo a manipular a fantochada.
Dito e feito, o novo caudilho com um uma barriga imensa e um corpo hipopótamo-seco de nome Ossufo Momade se precipitou em desfazer a Renamo com um acordo que a Frelimo escreveu e lhe deu para assinar sem que ele tivesse submetido o texto aos outros grandes militares para analisá-lo, discuti-lo, debate-lo, aceitá-lo ou rejeitá-lo depois de votar sobre ele.
Por agir como o jagunço agiu, ele criou uma grande divisão e forçou a criação dum braço armado chamado Junta Militar da Renamo, colocando assim a Renamo contra ele e os outros traidores como ele e a estar de armas em punho contra os terroristas da Frelimo.
O novo dirigente e a sua gangue venderam-se por completo à Frelimo. Eles e alguns outros usavam as capas da Frelimo. O seu pior crime imperdoável é de eles agora estarem de mãos dadas com os terroristas da Frelimo ao ponto deles que os terroristas outrora chamavam BANDIDOS ARMADOS hoje estarem junto com a organização terrorista no poder em Maputo a chamarem TERRORISTAS aos rebeldes do Norte. Alguns deles chegam mesmo de fantasiar que se devem eliminar os rebeldes e a Junta Militar com forças estrangeiras, se for possível.
Agora estes inconscientes da Renamo são mais frelimistas do que os próprios terroristas da Frelimo. Mas que eles saibam que estão a montar num burro que se encaminha para a sua queda visto que nenhuma forca militar vencera os rebeldes do Norte e a Junta Militar, embora Felipe Nyusi pensa desajeitadamente que será isto que vai acontecer.
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