"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



domingo, 8 de outubro de 2017

Foi-se um homem, ficou a História


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Por Edwin Hounnou
Mahamudo Amurane, edil da autarquia de Nampula, assassinado, no dia 04 de Outubro, Dia da Paz, na sua residência particular, arredores de Nampula por indivíduos, até agora desconhecidos. Esperemos que a polícia esclareça mais este acto cobarde e macabro. Mahamudo mdm Nampula
Está a haver muito aproveitamento político de alguns no meio da tristeza de outros. As imagens e posts que correm nas redes sociais sobre este acontecimento são, na sua maioria, totalmente, falsos e desprovidos de qualquer argumentação. 
Hoje, 07/10, os restos mortais de Mahamudo Amurane foram a enterrar, naquela cidade, entre prantos e informações falsos que demonstram um aproveitamento político de algum sector manipulado por alguma força política que, a qualquer preço, pretende recuperar a gestão da urbe, o que não consegue em luta política e aberta, porque, ao longo de várias décadas, tem conduzido todas as cidades, e não só, ao descalabro económico e social. 
Algo perigoso ficou notório durante as cerimónias fúnebres.  A polícia, que tem a obrigação de garantir segurança a todos os cidadãos, dirigiu-se ao presidente do MDM, que se fez presente na missa de corpo presente e quando estava para entrar no salão nobre, o chefe das Operações do Comando Provincial e um agente da Polícia de Trânsito abordam-no  para dizer-lhe que não existe segurança à sua pessoa, por isso, deveria retirar-se.  Isso merece um estudo aturado sobre a função da polícia. Chegamos ao fim do caminho quando a polícia diz nesses termos. Ao serviço de quem está a polícia: de um grupo de indivíduos ou da sociedade?
Sobre os cartazes que circulam nas redes sociais não aconteceram durante o tempo em que Daviz Simango esteve no local. Resta saber se haviam filmados antes, durante o ensaio ou depois da retirada do presidente do MDM. Seja como for, a memória de Amurane e  de tantos outros mártires da intolerância politica e da ganância económica devem ser respeitados. 
As nossas fontes garantem que as ministras Adelaide Amurane  (irmã do finado) e  Carmelita Namachulua foram apupados no cemitério e os propagandistas de plantão não fazem nenhuma referência a este facto, mas limitam-se a dizer que Daviz Simango foi escorraçado. Que haja vergonha!
Até sempre, Mahamudo Amurane!

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