"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



terça-feira, 3 de outubro de 2017

CONGRESSO DA FRELIMO VS A SITUAÇÃO REAL DE MOÇAMBIQUE REFLEXÃO


Compatriotas
As mentes actuais dos moçambicanos são diferentes das dos tempos idos até 1994, ano das 1as eleições multipartidárias. Com efeito o espírito de bajulação, lambebotismo e ``yes man`` já estão a degradar-se progressivamente.
O congresso da Frelimo que acaba de terminar não vai trazer mudanças para a viragem objectiva do cenário de colonização domestica a que o país está exposto, pois todos os males que existem partem da própria Frelimo, o que torna imperioso o seu vigoroso combate interno para replicar fora dela. Hoje a imagem da Frelimo esta seriamente gasta e todos indivíduos que fisicamente cantam apoio a este partido, no intimo esta fora desse partido.
As recentes eleições internas que o partido realizou em preparação desse falacioso congresso mostraram a verdadeira realidade interna do partido, cujo testemunho da situação degradante se verificou no distrito de Malema província de Nampula em que a ultima hora infiltraram um malandro da rede radical que não quer mudanças sem este ter concorrido, por medo de mudanças. Em Quelimane e Gilé houve mesmo cenário de os ``donos`` do partido não quererem mudanças.
Em democracia, uma eleição é precedida de dois exercícios importantes: organização e remissão de documentos para analise e decisão e campanha de divulgação das ideias do candidato ao publico alvo, mas na Frelimo este exercício é ignorado optando-se por amiguismo. A votação de Malema, Quelimane e Gile foram a principal vergonha que a Frelimo já mostrou da sua face intima.
Os moçambicanos atentos devem questionar e analisar qual é o real objectivo do esforço que a Frelimo está a levar a cabo com a Renamo, se antes de enveredar por via armada com ajuda dos esquadrões de morte, houve varias iniciativas de resolução dos diferendos eleitorais de fraude em que opinava-se governo de gestão, governação de 6 províncias, mas que tudo isso foi recusado pela Frelimo e a sua rede de beneficiários da sua gestão danosa do país e que seguiu-se o extermínio de filhos do povo pobre usado como escudo pelo regime.
A Frelimo opta pelo diálogo camuflado por ter perdido a opção militar de bloqueio dos anseios do povo. Temos que questionar o que a Frelimo quer com essa campanha de diálogo se é para perpetuar-se no poder ou segunda tentativa do fim do colonialismo domestico que pratica.
Uma coisa é certa: Com a Frelimo mesmo vestida de facto de democracia, nunca o pais vai mudar a situação de males que existem.
O 11º congresso da Frelimo não vai trazer nada de melhor para a maioria da população pobre deste país porque a corrupção está enraizada no partido. Se dizerem que vão tentar combater a corrupção dentro do partido, isso sim.
A revisão da Constituição e do sistema judiciário do país e sua libertação do jugo colonial da Frelimo, são elementos de partida para que todos os malfeitores e malandros que prejudicam o povo em defesa duma minoria possa ser responsabilizada dos seus actos sem interferência e protecção do partido Frelimo.
O partido Frelimo e os moçambicanos devem ter em mente que na Frelimo há três alas antagónicas que agem em paralelo sem convergência:
Uma ala dos indivíduos menos letrados e letrados altamente bajuladores e lambe botas que se acham ser donos do partido e engendradores de todos os males que apoquentam o país.
Uma ala que compreende a necessidade de mudanças e que se esforça adaptar o partido para nova realidade contemporânea.
Ala dos intelectuais que querem reformas.
Ora, a 1ª ala é a mais forte que impede qualquer tentativa de purificação do partido para ambiente democrático interno e geral do país. Essa realidade deve ser corrigida dentro do partido.
A Frelimo continua a considerar o país sua propriedade privada e continua a guiar-se por linguagem e politica de demagogia dos tempos idos: unidade nacional, país uno e indivisível, balanço positivo e desafios – expressões que não encontram acolhimento na sua actuação real, visto que não há unidade nacional em Moçambique, o país encontra-se dividido ao Save, muitas realizações não tem balanço positivo, maior parte de realizações são de meio gás, e os desafios são resolvidos no interesse duma minoria.
Desde a introdução aparente do multipartidarismo em Moçambique a Frelimo realizou vários congressos com os mesmos argumentos de acções falsas de bem estar de todos. Assistimos a renovação de continuidade dos mesmos males de aprofundamento da corrupção – nada mudou e não é desta vez que haverá mudança. Esses congressos trouxeram uma realidade em que uma minoria rica continua mais rica até aos dentes e a maioria pobre cada vez mais pobre.
O senhor Nyusi tem a tarefa espinhosa de purificar as fileiras do partido para caminhar rumo aos novos momentos se é que esse partido quer continuar sobreviver.
Os congressos que passaram trouxeram dívidas ocultas, pobreza extrema para a maioria e riqueza extrema para uma minoria, prepotência, cabritismo e espírito de refrescos em todos actos da vida geral. Actualmente em Moçambique nada se faz sem subornar e dar refresco e isso parte de dentro da própria Freimo em que amiguismo, e qualquer posição que se requer precisa refresco.
O sr Nyusi sendo um chingondo nato, tem a tarefa de reduzir a exclusão criada e consolidada pela Frelimo ao longo dos tempos.
O sr Nyusi e sr Dlakama sendo chingondos tem a tarefa de estabelecer a verdadeira libertação do país em que todos moçambicanos do rovuma ao Maputo e do zumbo ao indico sejam iguais em todas vertentes e eliminar ou manter a fronteira do Save. Caso contrario o tempo ira corrigir esse mal.
O centro e norte devem deixar de ser repúblicas vassalas em que são importantes em tempos de eleições para legitimar fraudes de permanência da Frelimo no poder.
Sr Nyusi deve eliminar a concepção da Frelimo de que o povo do Centro e norte são irracionais com migalhas de dinheiro e restos de arroz, óleo e açúcar e gasolina para motas em pleitos eleitorais chega para continuar explorar as riquezas mentais da população.
Qual é o beneficio das actividades das multinacionais que roubam as riquezas do pobre povo- nada. A multinacional vale construiu aldeias comunais sob olhar cúmplice do regime.
A oposição deve ter em mente que alternância governativa é imperativo nacional e deixem de aparecer em tempos de eleições numa espécie de cogumelos em tempo de chuva.
A oposição deve trabalhar para que a comunidade internacional conheça a realidade de Moçambique.
Jorge Valente
Namicopo-Nampula

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