"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



domingo, 5 de fevereiro de 2017

Moçambique "frelimizado"

sábado, 4 de fevereiro de 2017


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Ser - Huo
12 h · 
Há poucos dias estive em Nacala, e em conversa com um professor, este dizia que dia seguinte ia para a abertura do ano escolar, e tinha de controlar, por ordem de uma circular da Direcção Distrital da Educação, a presença dos pais/encarregados de educação na cerimónia, pois, quem não comparecesse, seu filho corria risco de perder a vaga. Achei aquilo piada de muito mau gosto.
Hoje vejo isto, assinado por um desses tantos drs daqui: o chefe de RH/Secretaria da escola deve levar o livro de ponto para a praça, pois, quem não for celebrar os heróis, que não reclame no salário... o professor Director de turma deve levar o livro de sumário para o praça, e ai da criança que faltar, falta na hora... e segunda-feira, punição.
Mas, como é que esses tipos chegam a chefia mesmo? Como pode um dr pegar na sua pena para assinar uma baboseira dessas? 
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Alguém diz ao dr docente n1 director da escola secundária que "eucalipito" é 'eucalipto'!
Foto de Ser - Huo.

Moçambique "frelimizado"

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João Cabrita
Para todos os efeitos práticos , o “3 de Fevereiro” é um evento partidarizado. A data foi instituída por um Estado partidarizado que discriminava – e continua a discriminar – entre moçambicanos heróis e moçambicanos traidores.
Eduardo Mondlane não foi o fundador da Frelimo. Quem fundou a Frelimo – Adelino Gwambe – é considerado de moçambicano traidor. Não tem, por isso, lugar no momento dos Heróis Moçambicanos. Nem ele, nem outros moçambicanos que a Frelimo considera de traidores, como Uria Simango, Joana Simeao, etc.
Nenhuma instituição estatal idónea e independente julgou ou condenou Adelino Gwambe, Uria Simango, Joana Simeão e outros como traidores. Quem decidiu sobre a condição de traidores desses e outros moçambicanos foi um partido, e não um Estado de Direito democrático. Por conseguinte, uma decisão partidária, o que, forçosamente, transforma em acto partidarizado todas as decisões que toma, ou manda tomar, como a do director da Escola Secundária de Nacala.

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