"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sexta-feira, 25 de julho de 2014

PR: Distribuição de recursos não é matéria de dois partidos

À SEMELHANÇA do que vem fazendo em todos os encontros com a comunidade moçambicana nos países onde visita, também em Timor-Leste o Presidente da República fez uma explanação didáctica e minuciosa dos principais assuntos da actualidade, nomeadamente a paz, o constante reforço da unidade nacional, o diálogo político, as eleições gerais de Outubro próximo e o desenvolvimento económico.
Armando Guebuza começou por explicar que Moçambique está a viver momentos de profundas transformações positivas na estrutura social e económica, com uma taxa de crescimento de sete por cento e um capital humano à altura de sustentar esse crescimento. Segundo ele, a despeito de contarmos com indústrias de alumínio e de gás, o crescimento que se verifica provém das áreas tradicionais, mas que foram evoluindo.
“Não foram os recursos minerais, hoje amplamente falados, que produziram os sete por cento do nosso crescimento. Os recursos minerais, esses, darão, indubitavelmente, o dinamismo que se espera e um impulso à economia nacional, provocando as necessárias transformações económicas e sociais”, esclareceu o Chefe do Estado moçambicano.
Debruçando-se sobre a propalada distribuição de recursos, afirmou tratar-se de um problema demasiado complexo para ser debatido por apenas dois partidos, explicando que a discussão desta matéria deve ser por via da Assembleia da República.
“O país não é pertença de dois partidos. O país pertence a todos nós, incluindo esses dois partidos. Portanto, quando falamos de distribuição de recursos temos que ter sempre presente a questão de Moçambique, na sua globalidade, e não limitar o debate a somente dois partidos”, frisou o Presidente da República.
O Chefe do Estado moçambicano fez estas considerações durante um encontro que manteve com os membros da Associação de Amizade Moçambique-Timor-Leste (AMAMOTIL) no último dia da sua permanência naquele país do sudeste asiático, onde participou quarta-feira na X Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
AMAMOTIL é uma agremiação que junta moçambicanos que se encontram a residir em Timor-Leste e timorenses cuja vida tem alguma relação com Moçambique. O grupo inclui cidadãos timorenses que viveram em Moçambique durante a luta maubere contra a ocupação estrangeira e filhos de timorenses nascidos em Moçambique ou gerados numa relação entre cidadãos dos dois países.
ALEXANDRE ZANDAMELA, em Díli (colaboração)

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