"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



segunda-feira, 28 de julho de 2014

O Governo tem outras prioridades em vez de atender apetites homossexuais - “Os verdadeiros africanos são naturalmente heterossexuais.” Presidente Mugabe

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Correspondência Electrónic@
Por: Viriato Caetano Dias
E-mail: viriatocaetanodias@gmail.com
Começo por uma advertência: não sou - nem de longe - contra os homossexuais, tão-pouco considero-me advogado do governo, para isso teria que, em primeiro lugar, amarfanhar o código de conduta com valores morais e religiosos que todos devemos ter, em segundo, era preciso frequentar e concluir com êxito o curso de direito para defender às acções do governo.
Em relação à actuação do governo, sou apenas um mero observador com direito a veto nos pleitos eleitorais.
Aliás, estas minhas reflexões, seja qual for o local onde as profiro, têm um único desiderato: o pensar para que aqueles que me lê e ouvem possam também medir o tamanho das minhas ideias e por que não o da ignorância que a todos assiste? Já dizia o meu saudoso amigo escritor Alberto Viegas que ninguém sabe tudo, porém o ter a língua curta não impede alguém de se lamber.
Fiquei deveras satisfeito ao ler na gazeta @Verdade (edição nº 297 de 26 de Julho de 2014” a notícia que tem como título: “Governo 'recusa-se' a legalizar associação das minorias sexuais”, porque outras questões prioritárias estarão na agenda do executivo liderado pelo poeta Armando Emílio Guebuza. Dispensa-se dois dedos de testa para avaliar como é gravíssima e de premente resolução a actual conjuntura político-militar do país, marcada por uma longa hemorragia entre a ala militar da Renamo e as forças governamentais.
Nenhum governo pode ter sono reparador quando o seu povo está a ser brutalmente assassinado, mutilado e desalojado das suas residências em nome de uma “democracia estomacal.” Deixar de remediar estas e outras situações imediatas, como a problemática da falta de habitação, o desenfreamento da elevada taxa do desemprego, a febre da corrupção, o vírus da criminalidade e a sofreguidão pelos lugares mais altos do poleiro, para atender caprichos de associações que se excluem das tradicionais normas de organização social da família é no mínimo uma aberração.
Sim, considero ser uma aberração porque não cabe a um governo sério e comprometido com os problemas de interesses comuns, já acima elencados, legislar acções que dizem respeito à vida privada e íntima das pessoas. Não faz sentido, neste momento em que os moçambicanos engolem as pílulas amargas dos políticos, o parlamento debater assuntos supérfluos ligados à homossexualidade, até porque, convenhamos, o facto do pelouro da Ministra Benvinda Levi “recusar” registar a causa das “minorias sexuais” não impede a que elementos dessas associações vivam conforme suas escolhas sexuais e convicções.
E mais, se o governo tem vindo a adiar o registo desta associação das minorias sexuais é porque compreende que mais vale congelar este assunto polémico do que assumir um problema que causaria mal maior. A sociedade moçambicana, sobretudo em lugares impermeáveis às manifestações de culturas ocidentais, não aceitaria um homossexual, lésbica, bissexual, transsexual, entre outros, mesmo que essa associação viesse a ser legalizada. Temos visto nalgumas artérias das cidades capitais um julgamento e cultura intolerante contra esses indivíduos. É uma lição de inteligência do governo que, a meu ver, procura, por meios de congelamento, esquivar-se de um assunto melindroso.
No nosso país têm sido fácil advogar uma causa cuja ideia é lançada de um laboratório do estrangeiro mas, quando encontra resistência por parte do governo, são evocados situações de atropelo à lei. Alguns dias depois, será esse mesmo governo a ser acusado de não proteger a fúria da “maioria” contra a “minoria”. Temos vindo a assistir um pouco por todos os cantos do mundo uma arruaça generalizada que envolve pessoas de diferentes sexos. Há até quem diga que, a par da crise imobiliária, os problemas dos valores morais são a segunda causa da crise financeira mundial.
Abriram-se as “comportas” aos códigos de conduta, que asseguravam uma união de gerações, a favor de caprichos de indivíduos que não param de inventar e reinventar em territórios de paz formas de vida que nem às cegas seguem.
É por isso que quero dar os meus parabéns ao governo por esta decisão. O silêncio é a melhor resposta. Se hoje conceder o registo dessas associações, amanhã surgirão outras como dos bêbados, delinquentes, “vende pátrias”, etc., a solicitarem sua legalização na secretaria do Ministério da Justiça. Quem avisa, amigo é.
P.S.: Quero dar os meus parabéns ao apresentador Gabriel Júnior, por entre outras razões não políticas, o resgate dos valores culturais. Há duas semanas fez passar no meu televisor as imagens da actuação de João Chithima, músico beirense, cujas actuações são uma autêntica terapia para quem sofre de tristeza e nostalgia. É dos poucos músicos que ainda não aprendeu e recusa-se a vender “gato por lebre”, preferindo viver no sofrimento em defesa do que ele considera ser a sua cara e honra. É disto que o país precisa e não de “piratas” metidos a músicos
O AUTARCA – 28.07.2014

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