"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



domingo, 16 de outubro de 2016

Xiconhoquices da semana: Corrupção na compra de Embraer´s; Assassinato de Jeremias Pondeca; CPI sobre a dívida pública à porta fechada


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Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:
Corrupção na compra de Embraer´s
Há muito que deixamos de ser uma país normal, pois de corrupção em corrupção Moçambique prossegue em lume brando, e é mais uma vez notícia a nível internacional por um dos piores motivos. Desta vez, mais um escândalo de corrupção que cora de vergonha a toda a nação moçambicana foi despoletada. Dito sem metáfora, a brasileira Embraer é suspeita de ter pago suborno a funcionários públicos moçambicanos para fecharem a primeira venda de aviões da empresa para o continente africano, em 2008, num negócio com a Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) estimado em 75 milhões de dólares norte-americanos. Infelizmente, este facto demonstra que o Estado moçambicano, a todos os níveis, é controlado por um bando de corruptos que continua impune.
Assassinato de Jeremias Pondeca
Com muita dor, e acima de tudo revolta, podemos afirmar que o esquadrão da morte soma e segue perante os olhares inoperantes das autoridades policiais e judiciais do país. Em mais uma da suas acções macabras, essa corja de insensíveis a mando indubitavelmente do partido no poder, que nos últimos tempos anda alérgico a opinião contrária, foi assassinado na cidade de Maputo Jeremias Pondeca, membro do Conselho de Estado, eleito pela Assembleia da República em representação do Partido Renamo, e membro da Comissão Mista de Diálogo para a Paz em Moçambique. Pondeca foi alvejado mortalmente por quatro indivíduos não identificados que se fazia transportar numa viatura de marca Toyota RunX. No seu pronunciamento habitual eivado de nada e de nenhuma coisa, a Polícia afirma que tem pista dos autores materiais, mas, como sempre, não avança com os autores morais.
CPI sobre a dívida pública à porta fechada
Não há dúvidas de que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia da República sobre as dívidas públicas não passa de uma fantochada de proporções gigantescas. Após fechar os olhos sobre o roubo protagonizado com o aval do Estado moçambicano, violando o a Lei Orçamental e a Constituição da República, presentemente aquele organismo decidiu ouvir Manuel Chang, ex-ministro das Finanças, numa sessão que vai decorrer à porta fechada na chamada “Casa do Povo”. As assinaturas de Manuel Chang constam das Garantias do Governo de Moçambique. Não se sabe ao certo porque cargas de água a CPI tomou tal decisão, uma vez que se trata de um assunto de interesse de todos os moçambicanos. Na verdade, trata-se de mais um teatro para os doadores verem e aplaudirem.
@VERDADE - 13.10.2016

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