Tema de Fundo - Tema de Fundo |
Escrito por Adérito Caldeira em 26 Agosto 2019 (Actualizado em 27 Agosto 2019) |
![]()
Quando assumiu a Presidência de Moçambique, Filipe Nyusi comprometeu-se em reduzir o então rácio de 62 alunos por cada professor primário para 57 crianças por turma até a 5ª classe. No balanço que fez do seu 1º mandato a terminar o 4º Presidente de Moçambique não mencionou até que ponto essa meta teria sido alcançada, ou não.
Em campanha para reeleição Nyusi optou por prometer, discursando na Assembleia da República, “com vista a assegurar o acesso, uma maior equidade e inclusão, bem como reduzir o rácio de professores por aluno, serão contratados até 2024 mais 40 mil professores, construídas mais 7000 salas de aulas o que irá beneficiar mais de 8.2 milhões de alunos.”
Mas o @Verdade descobriu no Balanço do 1º semestre do Plano Económico e Social de 2019 que o Governo admite que a meta de “alunos por professor no Ensino Primário do 1º Grau (ensino público diurno) não alcançada”, pois o rácio aumentou para 65,1 alunos por turma no ensino primário.
![]()
No sentido inverso reduziu o rácio na Província da Zambézia de 71,9 para 70,3 alunos por cada sala de aulas, em Tete diminuiu de 64,3 para 64 e na Cidade de Maputo o rácio caiu de 61 para 60,4 crianças por professor.
Oficialmente não há justificação mas tal como os restantes sectores a Educação também está a ser afectada pela crise económica e financeira que foi despoletada pelas dívidas ilegais.
Não há escolas para acolher os moçambicanos que terminam a escolaridade primária
Para diminuir o rácio professor/aluno é necessário contratar novos docentes mas também há necessidade de serem construídas novas escolas, em 2014 o défice era de aproximadamente 26 mil salas de aulas para o ensino primário.
Fazendo fé no discurso do Estado da Nação que Filipe Nyusi apresentou no passado 31 de Julho apenas 2.500 novas salas de aulas foram erguida para o ensino primário.
![]()
Relativamente ao rácio professor/aluno ninguém revela qual é para o ensino secundário.
A solução, explicou a ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, Conceita Sortane, ao @Verdade é o ensino à distância, num país onde os correio só funcionam nos centros urbanos.
Outra solução foi rever o Sistema Nacional de Educação, no ano passado, para que iniciando o ensino secundário na 7ª classe e dessa forma usar as escolas primárias para aumentar o numero de turmas capazes de acolher os finalistas do ensino primário.
|
"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"
quarta-feira, 28 de agosto de 2019
Nyusi falha redução do rácio professor/aluno no ensino primário em Moçambique
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário