"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



terça-feira, 20 de agosto de 2019

Ainda bem!


Tomas Mario



Pode parecer estranho! Mas eu acho que a aparição pública da chamada Junta Militar da Renamo é um bom resultado imediato do Acordo de Paz e Reconciliação recentemente assinado entre o Governo e a Renamo!
E porquê?
Porque os moçambicanos e o mundo em geral ficam melhor esclarecidos sobre as diferentes fações dentro da Renamo e, nomeadamente, a natureza da facção mais militarista e de como ela opera: impondo suas vontades belicistas ao líder!
Em 2012 quando Afonso Dlakama abandonou Nampula e se fixou em Santudjira foi dito que assim procedeu  coagido pelas alas militaristas do seu partido. 
Agora com a morte de Dhlakama, foi organizado um Congresso que elegeu Ossufo Momade como Presidente. A ala militarista  ficou de longe,  a observar, convencida de que, tal como o faziam com Dhlakama, sempre iriam impor a sua vontade, qualquer que fosse o novo líder!

Ora, pelos vistos Ossufo Momade teve uma atitude diferente, que os apanhou de surpresa e a sua reacção não poderia ser outra: evocar Dhlakama e acusar Momade de "traidor"!

Pois bem! Então o que pretendem eles? Um programa de desmobilização dourado, em que o povo moçambicano deve recebe-los com tapete vermelho,  de veludo e l
os deve proclamar heróis nacionais!
E então: deve o governo negociar com eles? Claro que não! O governo deve salvaguardar  a sua dignidade,  sob o risco de invalidar o próprio acordo recentemente assinado e abrir um grave  antecedente, em seria obrigado a negociar até com ladrões de viaturas!
Então o que pode o governo ainda fazer: assessorar a própria Renamo para se entender com os seus "desertores e indisciplinados".

Mas violencia...nunca mais!

Porque parece-me que, com estes dados, estamos realmente mais perto de uma paz efectiva!

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