"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Simango defende indicação do governador do Banco Central pela AR

O presidente do MDM, Daviz Simango, defende que o governador do Banco de Moçambique deve ser indicado pela Assembleia da República e não pelo Presidente da República, tal como tem acontecido.
Simango entende que se o governador do Banco de Moçambique for indicado pela Assembleia da República, haverá maior transparência e vai evitar-se situações de conflitos económicos no país. “Como pode um governador ser questionado a respeito do caso Ematum, sobre a dívida, e responder que não sabe nada sobre os valores?”, questionou Simango, que falava em comício popular, no bairro Três Fios, cidade de Quelimane.
O presidente do MDM esteve naquele ponto do país para trabalhar com as bases do partido. Daviz Simango entende que o Presidente da República tem excessivos poderes de nomeação, o que coloca em causa a transparência no exercício das funções dos nomeados, e aponta como exemplo a classe dos magistrados, quando nomeados para altos cargos na magistratura judicial. “Vocês estão a ver o sofrimento que o povo está a ter devido à dívida pública e ninguém estar a pagar pelos seus actos, quando são conhecidos os protagonistas da dívida. Este é o perigo de o Presidente da República nomear procuradores e juízes aos altos cargos da nação”, referiu. Daviz sugere, por isso, que o Presidente da República não tenha poderes excessivos.
Eleição de governadores provinciais
Daviz Simango voltou a falar da eleições de governadores provinciais e considerou ser urgente. Sugere que, muito antes das eleições de 2019, os deputados da Assembleia da República aprovem a proposta de descentralização do poder, ora em discussão entre o Governo e a Renamo. “Temos experiências de descentralização através dos conselhos municipais e não compreendo o porquê de tanto medo de quem deve tornar viável a descentralização”, afirmou Daviz Simango.
Na ocasião, o presidente do MDM lançou, na tarde de sábado, em Quelimane, duras críticas àqueles que acusam o partido de envolvimento da morte de Mahamudo Amurane, ex-edil de Nampula, morto a tiro no dia 4 de Outubro. Simango disse que, em homenagem ao edil barbaramente assassinado há mais de um mês, o congresso do MDM vai ser realizado na cidade de Nampula. Aquele político entende que há pessoas que querem ver o “partido do galo” a cair, mas, segundo disse, não vão conseguir, porque os quadros do partido estão firmes e coesos.

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