18/04/2019
Ntumuke diz que as populações devem voltar às zonas de origem porque ataques não são ciclone
O ministro da Defesa Nacional, Anatásio Ntumuke, desvalorizou, na tarde de ontem, as reclamações e lamentações que têm estado a ser colocadas por centenas de famílias que, fugindo de ataques dos insurgentes, recorreu às vilas sedes distritais ou de postos administrativos, buscando alguma segurança.
É que, questionado ontem por jornalistas, o ministro da Defesa Nacional não se coibiu de dizer que as populações devem única e simplesmente regressar às zonas de origem e não permanecer em locais em que actualmente estão, alegadamente porque “não se trata de nenhum ciclone”. Ou seja, porque aquelas populações não se podem equiparar às vítimas do ciclone IDAI, nada de especial podem esperar em termos de apoio governamental.
Aliás, Ntumuke questiona e não entende as razões que fazem com que aquelas populações ainda estejam nos locais para onde se refugiaram, alegadamente porque as condições de segurança estão completamente restabelecidas.
O ministro sustenta a tese de que o ambiente de segurança está completamente reposto com o argumento segundo o qual “até o Chefe de Estado esteve lá” e “não aconteceu nada”. Ou seja, para o ministro, a população deve regressar porque o Presidente da República visitou as zonas de conflito e nenhum insurgente deu sinal porque as Forças de Defesa e Segurança estão no terreno a expulsar os insurgentes.
Esse discurso vem colar-se ao anúncio recente do Chefe de Estado, que deu indicação de que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) tinham conseguido grandes avanços nos últimos dias, dos quais o assalto de uma base dos atacantes. Foi dito também que, na mesma ocasião, as FDS tinham matado um total de sete insurgentes e captura de outros, em número não especificado.
Entretanto, evidencias reais de assalto, expulsão, abate e captura de insurgentes não são visíveis, o que em algum momento, parece um discurso propagandístico e não imagem real do que está a acontecer no teatro das operações.
Voltando à visão de Ntumuke, ele disse que acreditava e tinha crença de que nos próximos dias, as populações voltariam às zonas de origem porque viram o exemplo do Chefe de Estado a pisar os locais temidos pelas populações. “O presidente disse e encorajou as populações a regressarem às zonas de origem. Alí não há nada. Centro de acomodação. Aquilo não é nenhum ciclone” – disse Ntumuke, no fim da cerimónia de patenteamento de Tiago Alberto Nampele e Abel Zicai David, recentemente promovidos ao posto de brigadeiro.
O ministro da Defesa Nacional, Anatásio Ntumuke, desvalorizou, na tarde de ontem, as reclamações e lamentações que têm estado a ser colocadas por centenas de famílias que, fugindo de ataques dos insurgentes, recorreu às vilas sedes distritais ou de postos administrativos, buscando alguma segurança.
É que, questionado ontem por jornalistas, o ministro da Defesa Nacional não se coibiu de dizer que as populações devem única e simplesmente regressar às zonas de origem e não permanecer em locais em que actualmente estão, alegadamente porque “não se trata de nenhum ciclone”. Ou seja, porque aquelas populações não se podem equiparar às vítimas do ciclone IDAI, nada de especial podem esperar em termos de apoio governamental.
Aliás, Ntumuke questiona e não entende as razões que fazem com que aquelas populações ainda estejam nos locais para onde se refugiaram, alegadamente porque as condições de segurança estão completamente restabelecidas.
O ministro sustenta a tese de que o ambiente de segurança está completamente reposto com o argumento segundo o qual “até o Chefe de Estado esteve lá” e “não aconteceu nada”. Ou seja, para o ministro, a população deve regressar porque o Presidente da República visitou as zonas de conflito e nenhum insurgente deu sinal porque as Forças de Defesa e Segurança estão no terreno a expulsar os insurgentes.
Esse discurso vem colar-se ao anúncio recente do Chefe de Estado, que deu indicação de que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) tinham conseguido grandes avanços nos últimos dias, dos quais o assalto de uma base dos atacantes. Foi dito também que, na mesma ocasião, as FDS tinham matado um total de sete insurgentes e captura de outros, em número não especificado.
Entretanto, evidencias reais de assalto, expulsão, abate e captura de insurgentes não são visíveis, o que em algum momento, parece um discurso propagandístico e não imagem real do que está a acontecer no teatro das operações.
Voltando à visão de Ntumuke, ele disse que acreditava e tinha crença de que nos próximos dias, as populações voltariam às zonas de origem porque viram o exemplo do Chefe de Estado a pisar os locais temidos pelas populações. “O presidente disse e encorajou as populações a regressarem às zonas de origem. Alí não há nada. Centro de acomodação. Aquilo não é nenhum ciclone” – disse Ntumuke, no fim da cerimónia de patenteamento de Tiago Alberto Nampele e Abel Zicai David, recentemente promovidos ao posto de brigadeiro.
A segunda cerimónia ontem havida foi de empossamento de Tiago Alberto Nampele ao cargo de Vice-Comandante da Academia Militar “Marechal Samora Machel. “Antes da visita (do Chefe de Estado), já dez aldeias tinham sido reocupadas pelas populações. Agora acredito que mais populações poderão voltar. O comandante esteve lá” - disse Ntumuke, voltando ao discurso de que as populações devem regressar às suas zonas de origem.
Apesar dos reiterados apelos, o facto mesmo é que as populações continuam com bastante receio de regressar às zonas de residência habitual, tendo em conta que o “retorno” malicioso dos insurgentes é constante. E esta situação é de pleno conhecimento das autoridades locais e das Forças de Defesa e Segurança.
MEDIA FAX – 16.04.2019
Posted at 12:23 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Política - Partidos | Permalink
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FUNGULANI MASSO
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