"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



terça-feira, 15 de novembro de 2011


Corrupção em Moçambique aumentou nos últimos três anos

Segundo “Transparência Internacional” 15.11.11
Maputo (Canalmoz) – A corrupção em Moçambique aumentou nos últimos três (3) anos, concluiu uma pesquisa da “Transparência Internacional” levada a cabo pelo Instituto Gallup International.
De acordo com o estudo, cinquenta e seis por cento (56%) das pessoas inquiridas consideram que a corrupção no país aumentou nos últimos três anos. Apenas 23 % dos inquiridos julgam que permaneceu no mesmo nível.
21% dizem ter diminuído.
Em suma três quartos das pessoas acham que a corrupção continua forte no país, tendo em conta os que acham que tudo ficou na mesma e os que acham que aumentou.
Os dados constantes do Relatório Regional do Barómetro Global da Corrupção (GCB), será lançado por algumas organizações regionais da família da Transparência Internacional, de que faz parte o Centro de Integridade Pública (CIP).
O acto está marcado para 22 de Novembro corrente no Hotel Rovuma em Maputo, das 8h30 às 12h30.
Este estudo compreende uma análise comparativa e quantitativa da responsabilização política em cada país avaliado no âmbito do “Combate a Corrupção”. Os resultados são baseados na interpretação de várias informações a nível global referentes à corrupção, anuncia o CIP num comunicado enviado ontem à nossa Redacção.
É referido no comunicado que “a opinião do público é usada como uma das ferramentas de grande relevância para medir os níveis de corrupção e do desempenho do governo visando o seu combate, nos diferentes sectores e instituições públicas”.
O relatório regional, acrescenta o CIP, apresenta os níveis de corrupção em seis países da SADC (África do Sul, Malawi, República Democrática do Congo, Zimbabwe, Zâmbia e Moçambique), permitindo comparações entre países vizinhos.

A pesquisa do Barómetro em Moçambique

O GCB de 2011 atingiu um número recorde de 100 países pesquisados, sendo Moçambique parte dos 14 novos países incluídos na pesquisa. Conduzida a nível global pelo Instituto Gallup International, em Moçambique o trabalho de campo foi executado pela firma TRS.
A recolha de dados cobriu uma amostra de 1000 cidadãos, da população urbana adulta (maiores de 18 anos), os quais foram inquiridos no período compreendido entre 26 de Abril e 5 de Maio do corrente ano (2011), nas cidades de Maputo, Nampula, Beira e Chimoio) capitais do País e das províncias de Nampula, Sofala e Manica, respectivamente.
Em Maputo, a pesquisa abrangeu 700 cidadãos, enquanto em Nampula, Beira e Chimoio foram inquiridos 100 cidadãos em cada uma das cidades.
O lançamento regional do Barómetro Global da Corrupção vai ter lugar numa data simbólica no contexto do combate à corrupção em Moçambique, dia 22 de Novembro, em que se assinala o 11º aniversário do assassinato do jornalista investigativo Carlos Cardoso.
O lançamento é dirigido especialmente a membros da sociedade civil e da comunicação social e visa essencialmente partilhar os resultados referentes aos níveis de corrupção nos países avaliados e as medidas desencadeadas para o seu combate.
Dados mais aprofundados do estudo serão divulgados aquando do lançamento Regional do Relatório do Barómetro da Corrupção, diz o CIP. (Redacção

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