29/09/2020
RESUMO
Moçambique vive uma discriminação étnica asfixiante e humilhante entre os seus cidadãos. As várias formas de discriminação têm uma génese histórica, vigoram desde as guerras de ocupação, foram estimuladas pelo colonialismo e constituem uma das causas da acumulação de ódios entre grupos populacionais das regiões sul e centro-norte. Na criação da FRELIMO, no período da Luta Armada e depois da proclamação da Independência Nacional a discriminação étnica foi usada para dividir moçambicanos em superiores e inferiores. O presente artigo tem como objectivo reflectir sobre a discriminação étnica na sociedade moçambicana, considerando que a sua prática viola o princípio de igualdade, desqualifica os cidadãos, enfraquece a esfera governativa e influencia negativamente no fracasso dos acordos de paz celebrados. A questão é a seguinte: «a discriminação étnica não estará sendo usada como bússula orientadora na política moçambicana, ainda que documentos oficiais e o discurso público condenem?» Na busca de respostas duas hipóteses se colocam: (i) As elites políticas dominantes em Moçambique estimulam a discriminação étnica para manutenção do poder; (ii) A discriminação étnica é uma perspectiva divisionista, alimentada com intenção de criar desordem social. Adoptamos uma pesquisa de abrangência qualitativa, que se apoia numa criteriosa selecção e triagem da bibliografia relevante ao tema, destacando-se as obras frequentemente evitadas nas abordagens oficiais. A discriminação étnica é notória na selecção dos Deputados à Assembleia da República pelos Partidos Políticos e na formação do Governo. Ultimamente o candidato à Presidente da República pela FRELIMO é seleccionado não pela competência, mas pela origem étnica.
Leia aqui Download DISCRIMINAÇÃO ÉTNICA EM MOÇAMBIQUE
NOTA: Obrigado por repor algumas verdades, muitas intencionalmente deturpadas pelos mentores do regime dirigido pela Frelimo.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
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