"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



segunda-feira, 9 de março de 2015

Os Megaprojectos e Miséria em Moçambique


A quantidade dos recursos naturais (minerais e florestais) que o país tem vem atraindo muitos investimentos de grandes megaprojectos em Moçambique. No entanto, desde o ano 1998 que as grades empresas começaram a operar para hoje a miséria do povo e sobretudo as que vivem nas áreas onde essas empresas operam aumenta cada vez mais. associado a isso, o estado de saúde dessas populações circunvizinhas debilita-se ainda mais. a isso, perguntem as populações de Beluluane e Matola, na província de Maputo ou as populações de Benga e Moatize.

QUADRO DE LOS GRANDES PROYECTOS SEM CONTAR COM O GÁS E PETROLEO DO ROVUMA 

 
VALE
RÍO  TINTO
KENMARE
SASOL
MOZAL
 
OBJECTO Y
VALOR DEL PROYECTO
 
Carvão mineral;
$1.535 mil milhões
 
Carvão mineral;
$3.8 mil milhões
 
Areias
pesadas;
$500
milhões
 
Gás natural;
$1.2 mil milhões
 
Alumínio;
$2.4 mil milhões
 
AÑO  DE  INICIO
 
2011
2012
2007
2004
1998
 
EMPRESA
INVESTIDORA
EN EL PROYECTO
 
Vale do Rio Doce
85%; Estado
Moçambicano 5%;
e 10% reservados
ao sector privado
moçambicano
 
100% da Rio Tinto
(projecto anteriormente
realizado pela
Riversdale Mining)
 
Kenmare
Resources
PLC 100%
 
Sasol Petroleum
Sofala 50%;
Petronas Carigali
Moçambique 35%,
ENH 15% e IFC
(Braço do Banco
Mundial para o
sector privado, 5%)
 
BHP-Billiton
47%;
Industrial
Development
Corporation
(IDC) 24%;
Mitsubishi 25%;
Estado
Moçambicano
3,9%
 
LOCALIZACIÓN Y AREA  LICENCIADA
(EN HECTARIAS)
 
Moatize, província
de Tete;
23.780
 
Benga, província de
Tete;
127.0003
 
Moma,
província de
Nampula; 34.000



 
Pande e Temane,
província de
Inhambane
 
Beluluane,
província de
Maputo
 
NÚMERO DE FAMILIAS
REASENTADAS
 
 
1.313
600
145
n/d
444
 

Fonte: Construção dos autores com base em Castel-Branco e Cavadias (2009) e Selemane (2013)
 
segundo o mapa das concessões de áreas de exploração minera, a província de Tete está praticamente toda ela licenciada. isto implicará necessariamente o reassentamento de muitas famílias e ou novo reassentamento das que estão reassentadas.  
como podem ver o quadro, o número de famílias reassentadas e as extensões de terra ocupadas e a ser ocupadas pelos megaprojectos, a situação é preocupante. ora vejamos:
 
 os investimentos não ajudam a melhorar a vida do povo. o povo continua na miséria. Isto é, a extração dos recursos aumenta a miséria do povo.
- não há lei que proteja os camponeses que são retirados para zonas improprias para a práctica da agricultura de subsistência deles; não há lei que obriga as empresas a apresentar um plano de gestão ambiental; as indeminizações nunca são proporcionais; os locais de reassentamento não há condições mínimas; o provo é proibido a exigir os seus direitos sob risco de levar uma bala a polícia se assim o fizerem; o governo assim como as empresas não ocultam as verdades sobre os poblemas que elas causam na saúde publica e ambiental; as empresas levam o lucro para os seus países e deixam o povo em condições de vida piores das que encontraram; os impostos que essas empresas deviam pagam ao Estado vai para a elite do governo e o estado continua sempre a pedir ajuda extera quando com a contribuição dessas empresas podiam cobrir o orçamento geral do estado.....
 
Falta de transparencia y corrupção:
- o governo não publica os contractos assinados com cada uma das empresas na industria extrativa e metalúrgica nacional; não publicam o que elas pagam ou recebem das empresas; concessão de demasiadamente de grandes áreas de terras sem considerar os direitos dos pequenos produtores y das comunidades rurais residentes; o reassentamento da população não respeita ou atende os direitos dos cidadãos nem indeminização adequada; os efeitos ambientais não são controlados nem estudados mas que precisam de serem considerados e monitorizados; "debilidade do Estado para permitir negociações com semelhança de conhecimento e informação (permitindo assim o desequilíbrio negocial entre as partes (benefícios fiscais e aduaneiros extremamente vantajosas para as empresas em detrimento ao Estado, excepcionalidads legais, défice na capacidade de fiscalização de actividades, volume de produção e receitas para assim determinar a contribuição a dar ao estado).
NOTA: Será que o governo da Frelimo pode vir ao público e explicar porque admite tudo isto e porque a participação do Estado nestes projectos é muito insignificante? ou porque aquilo que era para o estado é dividido entre a elite?
Se o governo é honesto e interessado no bem estar do seu povo, favo de rever os contractos de cada megaprojecto no sentido de aumentar a percentagem da participação do Estado mas com clareza e honestidade.....
 
 
 
 
 

 
 

Sem comentários:

Enviar um comentário