"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Ainda não há pistas, mas Dhlakama já disse que sabia do seu paradeiro


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O estranho desaparecimento de Manuel Lole
Volvidos dois meses, após o desaparecimento, em circunstâncias estranhas, e até aqui não esclarecidas, ainda não existem pistas para a localização do membro da Comissão Política da Renamo, antigo deputado e membro do Conselho de Estado, Manuel Francisco Lole, alegadamente sequestrado no passado 12 de Julho, na sua residência, algures na cidade de Chimoio, província de Manica, centro do País.
António Muchanga, porta-voz da Renamo, disse na sexta-feira, em entrevista ao mediaFAX, que o seu partido, juntamente com a família e amigos de Manuel Lole, continuam com buscas tendo em vista a localização do membro daquele partido da oposição, mas até ao momento, não existe nenhuma indicação para a sua localização.
“Estamos a procura, mas não há pista nenhuma neste momento, nós como partido, a família e amigos, estamos todos a procura de algum sinal para a sua localização, mas até aqui, não temos nada que podemos dizer, não há pistas”, revelou o porta-voz da maior força da oposição no país.
Estranhamente, em entrevista recente ao semanário SAVANA, o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, disse, na primeira pessoa, que sabia do paradeiro de Manuel Lole, mas paradoxalmente, a mesma Renamo continua sem pistas que indiquem a localização de um dos seus membros seniores, volvidos já dois meses do seu desaparecimento.
Na altura do desaparecimento, a Renamo, recorde-se, disse que indivíduos que se identificaram como membros da Polícia da República de Moçambique, que se faziam transportar em duas viaturas, invadiram a residência de Manuel Lole, solicitando – o para que lhes acompanhassem, para uma viagem que, até aqui, ainda não teve volta.
Entretanto, esta sexta-feira, questionado sobre se ainda havia esperança de encontrar o seu membro com vida, António Muchanga, disse que não era ideal afirmar que Manuel Lole está morto, uma vez que tal afirmação carece de provas, neste caso, a apresentação do cadáver. “Se perguntas se ainda há esperança de encontra-lo vivo, é complicado falar disso, neste momento é facultativo falar-se disso”, apontou António Muchanga.
“Já chegamos a todos lugares possíveis para a localização de Lole, mas nada, e sempre que ouvimos falar de algum corpo abandonado tentamos aproximar para ver se não será ele”, concluiu o porta voz do partido Renamo.(B. Luís)
MEDIA FAX – 12.09.2016

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