A CHINA está a ponderar o cancelamento de empréstimos sem juros contraídos por Moçambique, como parte do seu apoio ao esforço que o país vem fazendo para superar a situação de crise em que se encontra.
Associado a esta cedência, o Governo chinês manifesta disponibilidade de intervir na construção de um parque industrial no país, alinhando-se aos objectivos do Governo moçambicano de promover o crescimento do sector de infra-estruturas.
Em declarações a jornalistas, ontem em Maputo, no final de um encontro com o Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, o embaixador da China em Maputo, Su Jian, afirmou que desde 2001 a China já perdoou a Moçambique dez verbas de empréstimos sem juros, recentemente foram perdoados cinco milhões de dólares e agora as duas partes preparam-se para mais perdões de dívida.
No âmbito da cooperação bilateral, segundo o embaixador chinês, os dois países estão a preparar a instalação de um parque industrial, que vai permitir que empresas chinesas transfiram as suas linhas de produção para Moçambique.
“O Governo chinês vai enviar um grupo de especialistas para preparar o planeamento e a localização do parque industrial, para podermos convidar empresas chinesas e moçambicanas”, afirmou.
O diplomata chinês acrescentou que a implantação do parque irá permitir a criação de mais empregos, o aumento de exportações e de receitas, além de contribuir para a diversificação da economia moçambicana.
No encontro com o Primeiro-Ministro moçambicano o diplomata chinês endereçou um convite do Governo de Pequim a Carlos Agostinho do Rosário para participar na Cimeira do Fórum da Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países lusófonos, agendada para Outubro próximo em Macau.
“A presença de uma delegação oficial de alto nível de Moçambique será muito importante para o sucesso dessa cimeira”, declarou Su Jian.
A China é um importante parceiro de Moçambique, mantendo uma forte cooperação em vários domínios, incluindo no campo económico e empresarial.
Moçambique atravessa uma crise económica e financeira provocada pela queda do preço das matérias-primas e dos investimentos, pelas calamidades naturais, subida da inflação e aumento da dívida pública, além da tensão político-militar, que estrangula a economia através do bloqueio à livre circulação de pessoas e bens.
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