AS Forças de Defesa e Segurança (FDS) assaltaram e ocuparam, sábado último, uma das maiores bases militares da Renamo, localizada na zona de Ingomela, distrito de Morrumbala, na Zambézia.
O facto foi confirmado à Rádio Moçambique pelo chefe da Secção de Imprensa no Comando da Polícia da República de Moçambique na Zambézia, Jacinto Félix.
Era a partir desta base que os homens armados da Renamo faziam as suas incursões nos distritos de Morrumbala e Mopeia.
“A Polícia hoje (sábado), às 4.50 horas da manhã, assaltou uma das bases da Renamo, situada em Morrumbala, na zona de Ingomela, onde conseguiu recuperar vários bens subtraídos nestes distritos, com destaque para computadores e cadeiras”, afirmou o responsável da imprensa da PRM na Zambézia, para depois sublinhar não haver vítimas humanas a registar como resultado do assalto à base da Renamo.
De acordo com a fonte, a Polícia não chegou a neutralizar nenhum dos membros da Renamo que ali se encontravam, por terem, segundo Jacinto Félix, se retirado em debandada.
O assalto das Forças de Defesa e Segurança à base de Ingomela teve a duração de duas horas.
“Não posso adiantar mais detalhes sobre o assunto, mas o que posso dizer é que nós atacámos uma base da Renamo considerada como o quartel-general. Trata-se de uma base muito grande, daí que estamos ainda a trabalhar para apurar todos os pormenores do local”, afirmou.
Entretanto, quinze homens armados da Renamo assaltaram na madrugada de sexta-feira a sede do posto administrativo de Sabeta, distrito de Tambara, em Manica, onde protagonizaram actos de vandalismo na maternidade do hospital local.
O grupo quebrou vidros das janelas daquela unidade sanitária, destruiu armários, cadeiras e secretárias e roubou medicamentos e equipamento médico. De entre os remédios açambarcados destaque vai para antibióticos, paracetamol, material para pequenas cirurgias e estetoscópios.
O administrador do distrito de Tambara, Maurício Masharubu, conta que o assaltou aconteceu por volta das quatro horas da manhã e foi levado a cabo por quinze homens, dos quais quatro portadores de armas do tipo AKM.
“Eles dirigiram-se à maternidade e, felizmente, as duas parturientes que lá se encontravam fugiram a tempo”, disse o administrador.
David Martinho, director dos Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social, disse que apesar do pânico gerado no momento do assalto ninguém se feriu e o pessoal médico daquele hospital já retomou a sua rotina, não obstante o clima de medo que a intentona da Renamo criou no seio da população.
A par da vandalização do hospital local os homens armados da Renamo deslocaram-se à residência do chefe do posto, onde também quebraram vidros mas não conseguiram arrombar as portas e janelas. Acto contínuo, deslocaram-se à secretaria do posto e aqui destruíram os arquivos e mobiliário.
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