Nesta quinta-feira (22.09.), a terceira maior força política do país, o MDM, submeteu a sua proposta de descentralização junto da comissão mista de negociações, que tem como partes divergentes a RENAMO, maior partido da oposição, e o Governo da FRELIMO. Uma equipa internacional está a mediar o diálogo, onde a descentralização, proposta pela RENAMO, é um tema polémico. A DW África conversou com Eliseu de Sousa, vice-presidente da comissão nacional de juridisção do MDM e que lidera a missão do partido junto da comissão, sobre o assunto:
DW África: O vosso gesto é uma chamada de atenção aos envolvidos sobre a exclusão a que estão sujeitos? É uma chapada?
Eliseu de Sousa (ES): Na verdade esta reivindicação do MDM decorre da legitimidade democrática que este partido detém. Ora, eu não falaria tanto de uma chapada. Só queria deixar entender que o MDM, como partido político com representação parlamentar, tem dignidade e legitimidade democrática para em nome dos moçambicanos que ele representa, dizer justamente algo sobre a alteração da vida política, social e económica. Não é compreensível que um partido com representação parlamentar, que tem um segmento do seu eleitorado expectante, e que se está em discussões de aspetos tão importantes nas suas vidas, o seu representante fique de fora com imediatos reflexos nas suas vidas.
DW África: Durante algum tempo as opiniões e participação de outros da sociedade moçambicana foram sempre rejeitadas pelas partes envolvidas nas negociações. O que terá originado esta cedência? Ler mais (Deutsche Welle, 22.09.2016)
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