Destaques - Economia |
Escrito por Adérito Caldeira em 19 Setembro 2016 |
“O Comité de Política Monetária do Banco de Moçambique vai realizar a sua 9ª sessão de Política Monetária, à 21 de outubro de 2016” indica um comunicado lacónico do banco central, recebido pelo @Verdade na passada sexta-feira(16), sem referir os motivos do adiamento da reunião que estava agendada pela o passado dia 14 de Setembro. A última vez que este órgão do BM reuniu-se foi a 12 de Agosto, ainda presidido por Ernesto Gove e na altura decidiu “Manter a taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência de liquidez em 7,5%; Manter a taxa de juro da Facilidade Permanente de Depósitos em 1,50%; Manter o Coeficiente de Reservas Obrigatórias em 8,0%” e ainda “efectuar intervenções nos mercados interbancários com vista a garantir o cumprimento da meta da Base Monetária em Agosto de 2015 estimada em 60.577 milhões de Meticais”. Na altura o dólar norte-americano era transaccionado a 77 meticais e o rand acima dos 5,2 meticais, as reservas líquidas eram de 2.613,4 milhões de dólares norte-americanos e davam para “3,86 meses de cobertura das importações de bens e serviços não factoriais quando excluídas as operações dos grandes projectos”. Zandamela, desde que tomou posse como Governador do BM, não tem tido agenda pública. O @Verdade apurou que o adiamento pode estar relacionado com a ausência de Rogério Zandamela do País, integrado na comitiva que acompanha o Presidente Filipe Nyusi na deslocação aos Estados Unidos da América onde, entre outros encontros, reuniu com a antiga chefe do Governador do banco central, Christine Lagarde. Embora o o Presidente de Moçambique tenha desafiado Zandamela, na sua posse, a “criar políticas que garantam a estabilidade do sistema financeiro nacional, bem assim realizar intervenções do lado monetário, que sejam consentâneas com a política fiscal e assegurem a consistência entre a massa monetária e o nível de actividade económica” em termos práticos as decisões de política monetária tomadas pelo BM estão em consonância com as recomendações que o Fundo Monetário Internacional(FMI) tem efectuado para o nosso País. Aliás uma Missão do FMI que chega a Moçambique na próxima quinta-feira(22) e na sua agenda vai analisar as políticas monetárias adoptadas recentemente pelo Banco de Moçambique. Portanto quando o Comité de Política Monetária reunir pela primeira vez sob a direcção de Rogério Zandamela já terá as recomendações do Fundo Monetário Internacional. Na passada quinta-feira, após reunir com a directora geral da Instituição de Bretton Woods, o Presidente Nyusi concordou com a realização da auditoria internacional e independente às empresas três estatais que agravaram a Dívida Pública. Recorde-se que o anterior Governador do banco central, Ernesto Gove, afirmou publicamente o seu desconhecimento de todo o processo de contracção dos empréstimos pelas empresas Proindicus, MAM e EMATUM assim como do uso posterior que foi dado aos mais de 2 biliões de dólares norte-americanos, que não entraram no sistema financeiro moçambicano. |
"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
Primeira decisão de política monetária do novo Governador do Banco de Moçambique adiada para depois da Missão do FMI
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