"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sábado, 28 de novembro de 2015

Polícia confirma confrontos armados em Funhalouro

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Inacio_DinaNa província de Inhambane
Nos confrontos, as tropas governamentais perderam uma viatura e material bélico não especificado.
A Polícia confirmou que houve troca de disparos entre as Forças da Defesa e Segurança e homens da Renamo, na semana passada, no distrito de Funhalouro, na província de Inhambane. Diz que houve feridos dos dois lados, mas não indicou números. Também falou de danos materiais que, neste caso, são viaturas da Polícia.
O facto é que Nyusi anunciou o fim da perseguição aos homens da Renamo depois de mais um descalabro no interior de Funhalouro.
As tropas governamentais destruíram um acampamento da Renamo no povoado de Mathale e apoderaram-se dos seus pertences.
Mais tarde, na noite do mesmo dia, os homens da Renamo foram até à posição do Governo para recuperarem os seus bens e acabou num sangrento confronto, tendo uma viatura militar do Governo sido destruída. As Forças de Defesa e Segurança abandonaram a posição, deixando armamento e a referida viatura. No dia seguinte, Nyusi recomendou ponderação na perseguição aos homens da Renamo, mas tratou-se apenas de uma declaração para o público em geral, pois as operações continuam.
Inácio Dina, do Comando-Geral da PRM em Maputo, confirmou apenas ferimentos de agentes das Forças de Defesa e Segurança e a destruição da viatura. “Não posso quantificar os números. Infelizmente, como sabem, tem havido danos”, afirmou Inácio Dina.
Termo“confrontação” não é correcto
Inácio Dina afirma que o termo “confrontação”, muitas vezes usado para descrever os incidentes entre a Polícia e homens armados da Renamo, não é correcto, porque, segundo diz, a Polícia tem sido vítima de ataques. Mas tal declaração não corresponde à verdade, pois a campanha de perseguição foi desencadeada pelas autoridades, e são estas que vão às bases da Renamo, e depois essa actuação dá origem a confrontações. (Cláudio Saúte)
CANALMOZ – 27.11.2015
PS: Estes governantes não servem para nos dirigirem. Como pode ele falar somente das armas e viatura abandonadas, quanto centenas de soldados morreram nesse tal confrontos? Da mesma maneira que têm a coragem de mandarem esses militares lá, devem de igual modo trazer os mortos e entregarem as suas famílias....informar o povo a verdade.

QUE GOVERNO VEM AÍ?(Repetição) - Para recordar

 


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Silvestre_bilaO BIG BOSS DE NYUSI - SILVESTRE BILA
Diz se que atrás de todo grande homem existe uma grande mulher mas este não é o caso do nosso eleito Presidente Nyusi,  pois por trás dele se esconde o maior criminoso do País, Silvestre Bila.
Afinal quem é Silvestre Bila?
Há cerca de 15 anos Silvestre Bila era um bagageiro do Aeroporto de Maputo e carregador da secção de carga desse mesmo aeroporto. A sua mente criminosa criou redes no interior da Secção de carga internacional de onde começou a desviar cargas para um grupo de pessoas sem pagar as taxas devidas ao estado.
Em menos dum ano controlava o aeroporto retirando grandes quantidades de carga e acumulando pequenas fortunas. Tornou se no ponta de lança dum grupo de indianos e outro de mulatos. Após 2 anos estendeu os seus braços para o INSS onde viciou e ganhou vários concursos importantes tendo em alguns deles o INSS desembolsado mais de 400% do valor real dos artigos.
Começou a usar o INSS como um Banco donde retirava dinheiro dos trabalhadores em investimentos privados com juros altíssimos. A sua ganância não tinha limites e, se a princípio começava a viciar concurso de material escolar e informático dos amigos indianos, mais tarde começou a viciar concursos de venda, aluguer e fornecimento de viaturas,  fornecimento de material eléctrico, construção de estradas, material médico e hospitalar. As suas comissões e dos amigos aumentava largamente, roubava milhões de dólares ao estado anualmente distribuindo uma boa parte desse valor ao comprar presentes caros para os membros do governo que controlava entre eles casas e carros de luxo.
Começou a desejar o poder político mas foi afastado por Guebuza que vendo um homem perigoso e sem trela na língua devolveu todos os presentes que recebera de Bila.
Mesmo não conseguindo o chefe controlava uma série de ministérios e os seus ministros e directores. Começou a preparar a sucessão de Guebuza tendo se aproximado dum grupo de criminosos e com a ajuda dos amigos indianos e mulatos iniciou com o rapto de empresários indianos e depois de outros no intuito de acumular muito dinheiro para o assalto ao poder.
Diz a todos que gastou mais de 3 milhões de dólares em dinheiro e presentes para que Nyusi fosse o escolhido e que Nyusi é produto dele. Diz aos amigos que gastou mais de 30 milhões de dólares na campanha do Nyusi e que ele é que vai escolher os membros do governo e que Nyusi nada faz sem o consultar.
Exibe as mensagens que troca com Nyusi e dos carros de luxo que ofertou a ele e aos filhos além de ir sempre a casa de Nyusi. Controla muitos polícias, membros do governo e do Comité Central. Promove orgias nas casas que tem no T3 com membros ricos da sociedade e do governo com prostitutas que traz da África do Sul e outros países.
Todos conhecem os seus poderes e os seus negócios ilícitos. O estranho é que nem a PGR, a Anti-corrupção, a Autoridade Tributária nada tenha feito para averiguar donde vem tanto dinheiro. Estranho é que a SISE não tenha informado a Nyusi sobre Bila. Parece que afinal quem vai governar Moçambique será Silvestre Bila.
(Recebido por email)
Recorde aqui
http://opais.sapo.mz/index.php/sociedade/45-sociedade/3454-isidora-faztudo-confirma-recepcao-de-400-mil-mt-da-adm.html
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2014/10/participa%C3%A7%C3%A3o-de-mbs-no-jantar-de-nyusi-pode-acarretar-implica%C3%A7%C3%B5es-legais.html

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

TVMIRAMAR-António Muchanga e as reações parlamentares às suas palavras(vídeo)

 


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Trabalhadores da ex-ROMON protestam contra o não pagamento de indeminização há 20 anos em Nampula

 
 
 
Tema de Fundo - Tema de Fundo
Escrito por Júlio Paulino  em 26 Novembro 2015
Foto de Júlio PaulinoMais de 50 trabalhadores da extinta Rodoviária de Moçambique -Norte (ROMON) em Nampula, constituídos maioritariamente por pessoas de terceira idade, voltaram a entrar em greve para exigir ao Governo o pagamento das suas indemnizações, referentes a 20 anos de trabalho, subsídios de férias, entre outros direitos. Nos últimos dias, o colectivo tem recorrido a marchas pacíficas, empunhando dísticos, que culminam nas imediações do edifício do Governo Provincial de Nampula.
Trata-se de uma situação que perdura há anos e não se vislumbra solução a médio prazo. Os trabalhadores da extinta ROMON acusam o Governo do dia de falta de vontade para resolver o problema.
Os grevistas referiram que, desde que iniciou o processo de exigência do pagamento do valor a que têm direito, os integrantes deste grupo de ex-trabalhadores têm sido alvo de ameaças, chegando a serem a acusados de estarem a agir a mando dos partidos de oposição.
Os nossos interlocutores lamentam a humilhação e a marginalização a que dizem serem sujeitos pelo Governo, depois de mais de 20 anos a servirem o povo moçambicano. “É-nos negada a constituição de advogado pelo Instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica, uma vez que não temos capacidade financeira para a contratação de advogado que possa trabalhar no nosso caso”, disse um dos membros da comissão que não quis ser identificado.
Por ter passado bastante tempo, muitos dos ex-trabalhadores não fazem a ideia do montante que esperam receber do Governo, para além de outros terem perdido a vida. “Temos sido confrontados com informações de supostos pagamentos de alguns colegas, mas não nos explicam os critérios usados para o efeito, e isso preocupa-nos”, disse o nosso interlocutor.
Francisco Paiva Bonzo, director provincial dos Transportes e Comunicações em Nampula, nomeado ao cargo muito recentemente, apesar de ter herdado o problema, explicou que os documentos disponíveis referem que, depois de várias etapas de negociações entre a comissão dos trabalhadores da ex-ROMON e o Governo, houve o desembolso de 21 milhões de meticais para a indeminização de 337 pessoas.
Foto de Júlio Paulino“Este processo teve várias etapas e, inconformada com a posição do Governo, a comissão dos trabalhadores pediu assistência jurídica, mas era extemporâneo e não teria seguimento”, disse Bonzo tendo acrescentando que o caso foi reconsiderado e criou-se uma comissão que envolve quadros da Direcção Provincial de Transporte e Comunicações e a Comissão Nacional de Alienação. “Decorre o processo de triagem para apurar, de facto, quem são os que eventualmente têm o direito à indemnização, porque muitos que engrossam a greve foram arrastados por forças externas”, sublinhou o director.
Bonzo frisou que os ex-trabalhadores que têm aderido à greve foram aconselhados a aguardar pelo resultado do processo em curso nas suas casas, mas, estranhamente, a situação prossegue.
Francisco Bonzo disse ainda que grande parte dos grevistas apresenta documentação que confirma que os mesmos foram trabalhadores da ex-ROMON. Entretanto, o nosso entrevistado fez saber que, a curto prazo, o caso ex-ROMON terá desfecho.
Refira-se que todas as infra-estruturas da ex-ROMON, uma empresa do Estado que era vocacionada ao transporte de pessoas e bens, foram alienadas aos transportes Mecula, empresa que é propriedade do general Alberto Chipande.

Na terra do “El Dorado” do carvão falta água potável aos moçambicanos

 
 
 
 
Escrito por Adérito Caldeira  em 24 Novembro 2015
Foto cidadão repórter BernardinoConfirma-se que a “bênção” do carvão não tem sido todos os moçambicanos, nem mesmo aqueles que residem há poucas dezenas de quilómetros dele. Alguns milhares de moçambicanos têm de enfrentar os crocodilos para poderem ter acesso ao precioso líquido, tudo porque o fornecedor estatal, o Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água (FIPAG) há quatro meses que não o disponibiliza aos seus clientes nos bairros de Matundo e Mateus Sansão Muthemba. “Já foram devoradas quatro senhoras que buscavam água no rio Zambeze”, confidencia-nos um dos munícipes de Tete. Não há data prevista para o drama ser resolvido, “o fornecimento voltará a normalidade após a intervenção/retificação na rede de distribuição” esclareceu o FIPAG.
“Já passam quatro meses e não sai água nas torneiras e nos fontanários” conta-nos Bernardino Jone que nos explica que a fonte alternativa de água tem sido o rio Zambeze, que dista cerca de dois quilómetros do quarteirão 8 do bairro de Matundo onde reside com a sua família de oito pessoas. Este bairro está localizado há cerca de cinco quilómetros do centro da cidade de Tete, logo depois de atravessar a ponte Samora Machel.
De acordo com Bernardino, com quem falámos telefonicamente, apesar do corte no fornecimento do precioso líquido, o FIPAG tem enviado as facturas de cobrança. “No mês passado as pessoas revoltaram-se com quem andava a trazer as facturas, mas nos três meses anteriores pagámos mesmo sem sair água”, desabafa.
Foto cidadão repórter BernardinoA empresa estatal responsável pelo fornecimento do precioso líquido explicou que as facturas cobram a pouca água potável que passa pelo contador neste período de restrições, “no momento em que a água sai o contador regista consumos que são suscetíveis de facturação”.
Há dois anos que o nosso entrevistado é um dos 31 mil privilegiados por ser cliente do FIPAG em Tete, entre os mais de dois milhões de habitantes da província, e revela que quando a água saía só era distribuída durante a madrugada, entre “as 00 hora e as 05 horas, nunca saiu de dia”. O que Bernardino e os seus vizinhos faziam era encher os recipientes que podiam como forma de ter água potável ao longo do dia.
Agora ele e os seus 1200 vizinhos, incluindo mulheres e crianças, têm de se dirigir ao rio Zambeze para encher os bidões e depois carregá-los como puderem para as suas residências.
Falta água também no bairro Mateus Sansão Muthemba
Foto cidadão repórter BernardinoTambém a enfrentar o drama da falta de água potável estão os residentes do bairro Mateus Sansão Muthemba, localizado a pouco mais de cinco quilómetros do centro do município de Tete. “Há mais de um mês e duas semanas que as torneiras jorram água”, disse-nos telefonicamente Nelito Ajuda, que é cliente do FIPAG em Tete desde 2012.
Os cortes no fornecimento do precioso líquido são habituais, “às vezes sai durante 30 minutos num dia e depois ficamos três ou quatro dias sem sair”.
Nelito revela-nos que a solução tem sido dirigirem-se para as margens do rio Chimadzi onde fazem poços e tiram o precioso líquido, correndo o risco de contrair doenças diarreicas ou mesmo cólera.
“Quando este rio enche não é possível fazer os poços e como a água é turva temos de ir ao rio Zambeze”. Aí cerca de mil famílias disputam com os crocodilos para se abastecerem de água.
Segundo as nossas fontes, o Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água não os informou sobre o que estaria a causar os cortes no fornecimento de água potável, nem quando a situação estará resolvida.
Ao @Verdade o FIPAG em Tete explicou que a falta de água no bairro Matundo afecta cerca de um quarto dos seus 4.400 clientes que residem nas Unidades Cambinde, Nhamatica e Alberto Vaquina, “e deve-se ao facto de se encontrarem distantes do Centro Distribuidor e em cotas elevadas”. Situação similar verifica-se com 900 clientes no bairro Mateus Sansão Muthemba que vivem em “Unidades de cota elevada”.
Em entrevista por correio electrónico o Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água, afirmou que existe “constante vandalização dos fontanários e adutoras de transporte” e explicou que “durante a época do verão a pressão dos clientes sobre os serviços de abastecimento de agua tem uma tendência ascendente resultando na redução de pressão para fazer com que o precioso liquido chegue nos pontos distantes e em alguns pontos altos dos bairro em referência”.
Questionado sobre o que tem sido feito para alargar o abastecimento de água potável o FIPAG disse que está previsto para 2016 um projecto, cujo financiamento está já assegurado, com vista e solucionar definitivamente os problemas de escassez de água em alguns bairros da Cidade de Tete e da vila de Moatize.
“O projecto consistirá no reforço da capacidade de produção e armazenamento com a contrução de 21 furos, dois centros distribuidores, construção de 25 quilómetros de conduta adutora, substituição e expansão da rede de distribuição em cerca de 175 quilómetros o que vai permitir a instalação de 20.000 ligações domiciliárias, reabilitação e duplicação da capacidade de tratamento em 10.000 m3/dia permitindo a expansão dos serviços para mais de 100 mil pessoas adicionais”.
Foto cidadão repórter BernardinoContudo na província de Tete que 2007, de acordo o Censo, tinha 1,8 milhões de habitantes apenas 31 mil agregados familiares tinham em 2014 o privilégio de serem clientes do Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água.
Apesar desta enorme carência no acesso a água potável, e do crescimento da população que quase duplicou, continuam a ser ínfimos os investimentos dos sucessivos Governos do partido Frelimo para inverter o drama.
No primeiro Orçamento do Estado do Presidente Filipe Nyusi apenas 3.339.000,00 de meticais foram previstos para investimentos a serem realizados pela Administração regional de Águas do Zambeze. A título comparativo, só para as despesas de funcionamento do Gabinete do Governador de Tete em 2015, foi previsto um orçamento dez vezes superior, o que ilustra claramente que o acesso a água potável não é uma prioridade para o Executivo.

SAQUE DE 33 MILHÕES DE METICAIS: Rombo no Exército espelha falhas de gestão

PELA primeira vez na história das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), uma rede liderada por altas patentes militares é desmantelada e detida por delapidação de fundos do erário público.
São 33 milhões de meticais desviados num esquema que não só envolve, até aqui, os três militares detidos (dois homens e uma mulher), mas também os seus familiares, amigos e pessoas de relações íntimas, através de transferências indevidas de somas avultadas de dinheiro para as suas contas. O desvio destas verbas prova, mais uma vez, que mesmo com as demarches que o Estado vem imprimindo com vista a um maior controlo dos fundos públicos, o saque ou a ganância pelo bem público continua patente em muitos funcionários que lidam directamente com as finanças.
Com a detenção dos militares em causa e que respondiam pela área financeira no Comando do Exército, um dos três ramos das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, sob a égide do Estado-Maior General, tutelado pelo Ministério da Defesa (MDN), alarga-se o leque de entidades que entram para a história do nosso país, como instituições que registaram os maiores rombos financeiros. Entre as instituições mais sonantes que já tiveram casos iguais podem se destacar o Ministério do Interior, Aeroportos de Moçambique, Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, entre outras. Aliás, o “mundo dos militares” foi sempre tido como algo à parte, facto que, segundo indicam as nossas fontes, terá criado condições para que a fraude tivesse lugar.
O “Notícias” foi atrás deste caso e apresenta aqui o “filme completo” da fraude que abala a imagem das Forças Armadas, pela chamada grande corrupção, envolvendo altas patentes do Comando do Exército. São militares que, por inerência de funções, foi-lhes confiada a gestão dos fundos e que, furtando-se das suas obrigações, desviaram um valor contabilizado em 33 milhões de meticais dos cofres do Estado.
Porque os indiciados estão ainda a ser ouvidos pelo Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC), entidade que mandou recolhê-los para os calabouços na última sexta-feira, dia 20, optámos por omitir os nomes dos oito detidos. A sua prisão deverá ser legalizada ainda esta semana. Do grupo constam três militares de alta patente e cinco cidadãos civis e alheios à instituição, cujas contas foram usadas para desviar o dinheiro.
As investigações duraram um ano. Nem os próprios visados sabiam que estavam sendo investigados, isto depois de se ter constatado que naquele sector havia anomalias relacionadas com o manuseamento de fundos. A sua detenção aconteceu depois que foram notificados para comparecer junto do GCCC a fim de apresentar detalhes sobre a matéria recolhida no terreno. O Notícias sabe que alguns responsáveis do Estado-Maior General e do próprio Comando do Exército tentaram inviabilizar o trabalho dos investigadores, dizendo que não conheciam os visados que eram procurados pelo GCCC. Só depois, quando se aperceberam que o assunto era mesmo sério, e que corriam o risco deles mesmos (inviabilizadores) ficarem detidos por obstruir o trabalho da justiça, é que os visados foram instruídos a se dirigir ao GCCC, onde receberam ordens de prisão. Alguns dos civis foram recolhidos nas suas casas.
FAMILIARES NO ESQUEMA
O ESQUEMA central da fraude foi o uso de familiares dos que controlavam as finanças do Comando do Exército. Estes, até aqui em número de cinco e todos detidos, recebiam os fundos como se de funcionários se tratassem.
Um dos casos de destaque é de uma senhora, residente no distrito da Moamba, província de Maputo, que, conforme confessou aos investigadores, tem um filho com um dos responsáveis militares ora detido. Esta viu a sua conta a ser usada para vários depósitos e de somas avultadas. Chegou a receber acima de 100 mil meticais. Na vida real, a senhora é uma produtora agrícola na Moamba.
As chefias militares ora detidas usaram ainda contas dos seus filhos e amigos para sacar fundos. Há ainda o registo de folhas que foram pagas em que os nomes são dos militares e os números das contas para as quais os valores foram transferidos pertencem aos seus filhos ou amigos. Neste esquema, entram, segundo dados avançados ao nosso jornal pelos peritos, pessoas que se identificavam como namoradas e amigas dos cabecilhas da fraude, completamente alheias às Forças Armadas.
De 2012 a esta parte, os nomes constantes das folhas salariais e usados para a fraude nunca variaram. São os mesmos. Todos familiares directos e pessoas de confiança.    
RECEBER 120 NO LUGAR DE 10 MIL 
 
PARTE considerável dos pagamentos efectuados foi através de folhas salariais do Comando do Exército, onde os militares detidos eram responsáveis pelo sector financeiro. Eles tinham o pleno domínio de todo o processo financeiro e faziam as folhas consoante o seu agrado. Eles definiam o dinheiro que pretendiam sacar.
De acordo com dados em nosso poder, o Comando do Exército, incluindo o Estado-Maior General de que fazem parte, ainda não tem a Plataforma Electrónica de Administração Financeira do Estado (e-SISTAFE) implantada. Os pagamentos ainda são feitos através do sistema nacional de vencimentos, um procedimento antigo em que se preenche uma folha salarial e se leva ao banco para pagamento. Na folha vem a indicação dos nomes, montantes e os números de conta para onde o valor deve ser transferido. Os mapas que iam ao banco eram feitos pelos militares que controlavam o sector financeiro, onde os bancos apenas se limitavam a pagar.  
É aqui onde os responsáveis aproveitavam para empolar o valor do salário das pessoas que constavam do esquema da fraude, ou depositar em contas dos seus familiares e amigos. Há registos de pessoas que deveriam, por exemplo, receber 10 ou 15 mil meticais de salário real, mas que na sua conta caíam valores empolados na ordem de 80, 90 até 120 mil meticais. Nalgumas vezes, os valores chegavam aos 250 mil meticais.
Depois de o valor ser transferido, os responsáveis financeiros do Comando do Exército procediam à redistribuição dos fundos pelos restantes membros da rede. Se o valor caísse na conta de um familiar, depois era transferido para as contas dos outros responsáveis. Noutros casos, se caíssem nas suas contas (dos militares), depois transferiam para as contas dos familiares. 
Os investigadores do GCCC não excluem a possibilidade da existência de esquemas usando nomes de alguns militares perecidos, porque só os nomes por eles indicados é que constavam das folhas. O trabalho em curso vai procurar levar à barra da justiça outros quatro militares tidos como peças fundamentais no esquema de desvio de fundos do Comando do Exército. Os mesmos encontram-se fora da cidade de Maputo, havendo indicação de estarem a trabalhar em duas províncias e um a estudar fora do país. Todos beneficiaram-se de grande parte dos montantes da fraude.
O Gabinete Central de Combate à Corrupção não se dá por satisfeito. Os investigadores continuam no terreno em busca de mais elementos de prova e a seguir o rasto de outros montantes que continuam por contabilizar e saber do seu paradeiro.
MINISTÉRIO DA DEFESA PRONUNCIA-SE
Entretanto, a nossa Reportagem contactou o Ministério da Defesa Nacional (MDN) para ter mais elementos sobre a fraude ocorrida no Comando do Exército. Na pessoa do Major Benjamin Chabualo, assessor de Imprensa, obtivemos a seguinte resposta: “O Ministério da Defesa Nacional não tem nada a comentar sobre a matéria se não apenas colaborar para a investigação correr bem. Quem pode comentar é a instituição (GCCC) que está a investigar. De referir que é um assunto que está sendo investigado há mais de cinco anos” – reagiu o Major Chabualo, em nome do Ministério da Defesa Nacional.
 
DINHEIRO COMPRARIA SETE MILHÕES DE CARTEIRAS
É SABIDO que muitas das nossas escolas se debatem com problema de falta de carteiras. O Governo tem levado a cabo uma campanha de angariação de fundos de modo a apetrechar os mais de 12 mil estabelecimentos de ensino existentes no país e com défice de carteiras.
No entanto, o valor de 33 milhões de meticais desviados das contas do Comando do Exército chegaria para resolver parte dos problemas de falta de carteiras. Atendendo que o custo médio de uma carteira produzida internamente varia entre 3,5 e 4,5 mil meticais, o valor daria para comprar mais de sete milhões de carteiras e apetrechar perto de 120 salas de aula, com uma média de 60 a 70 alunos. Ou seja, o montante aliviaria mais de oito mil alunos que neste momento estudam sentados no chão.
SEGUNDO O GCCC: PREOCUPANTE ASSALTO AOS FUNDOS PÚBLICOS
NUMA altura em que o Estado vai sofisticando e consolidando as medidas de controlo dos fundos públicos via e-SISTAFE (Plataforma Electrónica de Administração Financeira do Estado), os casos de desvios não cessam. Pelo contrário, há um avolumar do assalto desmedido aos fundos públicos.
Mesmo não tendo somado todos os casos de desvio de fundos registados este ano, o Gabinete Central de Combate à Corrupção, através do seu porta-voz, Eduardo Sumana, fala em muitos biliões de meticais desviados este ano por funcionários públicos em todo o país.
“O assalto ao erário público nos últimos tempos tem sido preocupante. Constatámos isso a partir das auditorias que temos e outros mecanismos. A forma de estancar isto tudo é mostrarmos o nosso empenhamento e o nosso compromisso de atacarmos estas situações com vigor. O nosso apelo é no sentido de as pessoas serem vigilantes e denunciarem este tipo de situações a ver se conseguimos estancar.
Entretanto, não é apenas o Comando do Exército que ainda usa o mecanismo de pagamento salarial com procedimentos antigos, por via de folhas. O Comando da Força Aérea, Marinha, o Estado-Maior General e o próprio Ministério da Defesa Nacional ainda usam esta modalidade de pagamento, ou seja, ainda não aderiram ao e-SISTAFE (Plataforma Electrónica de Administração Financeira do Estado), o que é uma fragilidade muito grande.
Porque ainda não estão a implementar mecanismos inovadores de controlo de fundos públicos, suspeita-se que situações semelhantes às que aconteceram no Comando do Exército possam estar a ocorrer nestas instituições. Para que não se deixe o mal perpetuar, a Procuradoria-Geral da República vai propor ao Ministério da Defesa Nacional que saia do modelo de pagamento antigo, via folha de salário, para usar o e-SISTAFE, que confere maior segurança no manuseamento de fundos públicos.
“O e-SISTAFE não está implantado em todas as províncias do país, mas estes casos poderiam ser acautelados com mecanismos sofisticados e actualizados de controlo financeiro. Do jeito que os procedimentos estão a ser encaminhados, nada garante que o rombo financeiro não continue. Aliás, o que aconteceu dá a entender ser uma prática antiga que veio sendo continuada, sobretudo nas Forças Armadas” – indicou Eduardo Sumana, porta-voz do GCCC.
HÉLIO FILIMONE
 
 
 
 
 

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Governo da Frelimo sensível e flexível quando as coisas acontecem no Sul do País

 
Numa clara e verdadeira demonstração de qualificação de moçambicanos da primeira e outros da segunda e terceira categorias ou simplesmente que os do sul são os verdadeiros filhos de Moçambique e os do centro e norte enteados, o governo da Frelimo faz-se sempre sensível e muito flexível em intervir e resolver os problemas quando acontecem no sul do save.
 
Não precisa de muito esforço para verificar estas diferenças de tratamento que o nosso infeliz governo faz entre o povo do sul e do norte do ave. Em Janeiro último as cheias destruíram muitas pontes do centro, cortando assim a única estrada que liga o sul ao norte. Desde lá até agora, essas delas continuam no mesmo estado, com desvios feitos muito próximo da ponte e acima de tudo com uma descida bem acentuada. Mas quando aconteceu na planície de Chicumbane-Xai Xai, trabalhava-se até de noite para repor a ponte e foi construída uma de raiz. Entre Muxungue -Save, há uma ponte que está há anos nas mesmas condições que a referida de Xai-Xai estava. Quer dizer, uma ponte metálica sobre a ponte principal.
 
Na greve popular de 1 e 2 de setembro de 2010 no Maputo e na Matola, uma bala perdida da polícia matou uma criança, e o Estado indemnizou a família do malogrado com 500,000mt. A mesma polícia matou e segue matando diretamente no centro e norte. Recordem-se dos trabalhadores da Matanuska no Monapo, ainda neste ano, do jovem músico morto em Quelimane, do Jovens mortos na Beira e em Angoche durante as eleições. As famílias destes, não tiveram o mesmo tratamento daquele menino de Maputo.
 
Em Nampula, talvez outras províncias do norte também, ter uma bicicleta é um martírio. Os ditosos fiscais é uma autentica dor de cabeça para os ciclistas naquela província. Pelo contrario, desde em 1994 que vivo no Maputo, nunca vi nem ouvi que alguém foi exigido livrete e impostos de bicicleta. Eu usei muito a bicicleta entre os anos 2000-2002, mas nunca ninguém me mandou parar com minha bicicleta. A questão é; porque estas diferenças de tratamento se nos discursos falam de ser um único povo de um mesmo país?
 
Lembrem-se também que nos últimos meses, muitos moçambicanos estão morrendo nas províncias do centro na perseguição dos homens armados da Renamo. Lamentavelmente muitos deles são deixados apodrecer no mato e quando tiver sorte enterrados em valas comum como se não tivessem famílias. Se pensam que caíram do céu, ao menos fazer o favor de lhes devolver ao céu donde vieram. Por causa deste problema, muitos alunos não farão os exames que na próxima semana iniciam sobretudo na Zambézia e Tete. Quando estas mortes aconteceram no sul, (falo do massacre dos mil militares mortos na quarta feira passada, dos três helicópteros e dois blindados derrubados em Funhalouro), um dois dias depois, o PR, cabeça do governo da Frelimo, interveio e mandou ponderar os ataques para que mais mortes no sul aconteçam...
 
Estes são somente alguns exemplos dessa discriminação socio-regional que a Frelimo faz com o povo moçambicano. Com isto fica claro que para a Frelimo, o povo do sul de save é da primeira classe e o norte última categoria. As mortes que acontecem nas FDS/FIR e alguns civis é resultado dessa discriminação. Por isso, apelamos a conversão dos corações, mudança radical de pensar e agir.

Papa Francisco inicia hoje viagem a África para diálogo inter-religioso

 

25 de Novembro de 2015, 12:10

O Papa Francisco inicia hoje a sua primeira viagem ao continente africano, ao qual pretende levar uma mensagem de paz, justiça social e diálogo entre o Islão e o Cristianismo.


Até dia 30, o sumo pontífice vai visitar o Quénia, o Uganda e a República Centro-Africana, três países onde as comunidades cristãs estão na defensiva perante os movimentos 'jihadistas', como as milícias 'shebab' somalianas (nomeadamente após o massacre no Quénia de 150 estudantes na universidade de Garissa em Abril do ano passado) ou o Boko Haram.

Em Nairobi, capital do Quénia e primeira paragem de Francisco, o Papa vai discursar na sede do Programa da ONU para o Ambiente e ONU-Habitat, uma intervenção muito esperada e que tem lugar alguns dias antes do início da conferência sobre alterações climáticas em Paris (COP21).

No Uganda, no santuário de Namugongo, o papa vai celebrar uma missa comemorativa dos primeiros santos africanos, 22 jovens mártires cristãos, como Charles Lwanga, queimados vivos no final do século XIX por ordem do rei Mwanga, de quem eram pajens e recusaram ser escravos sexuais.

No domingo, dia 29, terá lugar a abertura de uma "porta santa" na catedral de Bangui, capital da República Centro-Africana, onde se têm verificado episódios de violência entre milícias muçulmanas e cristãs, o que é visto como uma antecipação simbólica da abertura oficial, em Roma, do "Jubileu da misericórdia".

Antes do início da viagem ao continente africano - para qual estão previstas reuniões com pobres, jovens, cristãos e também com muçulmanos - o Papa Francisco pediu que a paz e a prosperidade se tornassem estáveis em África.

Lusa

Renamo acusa Governo moçambicano de "imitar solução angolana" contra o seu líder

 


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A Renamo, principal partido de oposição de Moçambique, acusou hoje o Governo de pretender "imitar a solução angolana", por supostamente tencionar eliminar o líder do movimento, Afonso Dhlakama, tal como aconteceu com Jonas Savimbi, presidente da UNITA.
"Manter a paz será através da imitação do modelo angolano, como o [Presidente moçambicano] Filipe Nyusi fez saber, quando manifestou a sua admiração pela solução angolana?", questionou José Cruz, deputado e relator da bancada da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), numa pergunta do seu grupo parlamentar ao Governo.
Na sua recente visita a Angola, Filipe Nyusi apontou Angola como exemplo pelo facto de o principal partido do país não estar armado, uma situação que não se verifica em Moçambique, dado que a Renamo mantém um contingente armado desde a assinatura do Acordo Geral de Paz em 1992.
O relator da bancada da Renamo repetiu as acusações anteriormente feitas pelo principal partido de oposição moçambicana de que o Governo pretende eliminar o líder do movimento, tal como aconteceu com Jonas Savimbi, líder da UNITA, que morreu em combate em fevereiro de 2002.
"O Governo declarou guerra ao anunciar o desarmamento da Renamo e tem vindo a adquirir armamento numa estratégia que inclui a morte de Afonso Dhlakama", frisou o relator da bancada da Renamo.
Por seu turno, o deputado e porta-voz da Renamo, António Muchanga, afirmou que o Governo moçambicano viu-se obrigado a recuar na intenção de desarmar o movimento devido ao que definiu como derrota que as forças de defesa e segurança moçambicanas têm vindo a sofrer na perseguição aos homens armados da oposição.
"Logo na quinta-feira, [o Presidente da República] anuncia a rendição, é algo para acreditar naqueles que dizem que quando as coisas acontecem no sul, o Governo é sensível, a batalha de Mathale salvou o país", afirmou Muchanga, referindo-se a alegados confrontos entre as forças de defesa moçambicanas e o braço armado da Renamo, na província de Inhambane, sul de Moçambique.
Na sua resposta às perguntas dos deputados da oposição sobre a situação político-militar no país, o primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, afirmou que o chefe de Estado moçambicano pediu moderação às forças de defesa e segurança, para dar espaço ao diálogo.
"Os moçambicanos acompanharam com elevado interesse e satisfação a declaração do Presidente da República de Moçambique, que expressa a sua vontade genuína de alcançar a paz efetiva e estabilidade no nosso país", afirmou Rosário.
O primeiro-ministro moçambicano disse que o Governo espera que todos os atores políticos e sociais do pais correspondam à vontade e abertura de Filipe Nyusi para o diálogo.
Na semana passada, Nyusi defendeu ponderação no desarmamento compulsivo da Renamo, como forma de dar espaço ao diálogo, alguns dias após o ministro do Interior, Basílio Monteiro, ter afirmado que as forças de defesa e segurança iriam tirar as armas de "mãos ilegítimas".
O líder da Renamo não é visto em público desde o dia 09 de outubro, quando a sua casa na Beira, centro do país, foi invadida pela polícia, que desarmou e deteve por algumas horas a guarda de Afonso Dhlakama.
O país vive uma situação de incerteza devido à recusa da Renamo de aceitar os resultados das eleições gerais de outubro de 2014 e às suas ameaças de governar a força nas províncias onde reivindica a vitória no escrutínio, caso a Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), partido no poder, mantenha a rejeição da exigência da principal força da oposição de criação de províncias autónomas.
PMA // EL                                         
Lusa – 25.11.2015

Proprietário de uma das cem maiores empresas de Moçambique raptado na sua casa; Dólar ultrapassa os 60 meticais

 
 
 
Tema de Fundo - Tema de Fundo
Escrito por Adérito Caldeira  em 25 Novembro 2015
Foto Câmara de SegurançaMais um proeminente empresário foi sequestrado no início da tarde desta terça-feira (24) na capital de Moçambique. A vítima, um cidadão moçambicano de ascendência indiana, é proprietária de uma das 100 maiores empresas de Moçambique a Hariche Group Lda. Só no mês de Outubro, três outros empresários foram raptados na cidade de Maputo. A onda de sequestros que começou em 2011 - para além da capital assola as cidades da Matola, Beira e Nampula -, não contribui para um bom ambiente de investimento e, segundo um reputado economista, propicia a depreciação do metical em relação ao dólar norte-americano.
Hariche Arquissandas foi sequestrado cerca das 13 horas, pouco depois de entrar na sua residência, no bairro do Triunfo. Assim que estacionou a sua viatura dentro da garagem, o empresário foi abordado por quatro criminosos, que o aguardavam, e que conseguiram entrar para o seu quintal antes de o portão eléctrico fechar.
O cidadão adulto, membro da comunidade hindu, foi arrastado para fora da sua residência e colocado numa viatura de alta cilindrada e com os vidros fumados, que estava nas redondezas e se aproximou da entrada.
Em menos de 30 segundos, os criminosos realizaram o sequestro e deixaram a residência em direcção à estrada circular de Maputo em pleno dia e sem nenhum tipo de problemas.
A Polícia da República de Moçambique ainda não se pronunciou sobre mais este rapto que acontece à luz do dia, em bairros nobres da cidade de Maputo. Embora alguns sequestradores tenham sido detidos, e outros julgados e condenados, o facto é que nada parece intimidar os malfeitores, cujos mandantes são desconhecidos, que não se coíbem de realizar os seus crimes próximo à residência do Comandante Geral da Polícia moçambicana e até mesmo nas redondezas da Presidência da República.

O Executivo de Filipe Nyusi, como o seu antecessor, tem privilegiado as Forças Armadas e paramilitares, mesmo Moçambique não estando em guerra com ninguém, em detrimento das forças policiais e de investigação criminal.
O @Verdade apurou que a vítima tem interesses em várias empresas moçambicanas desde o ano 2000 quando criou a Hariche Steel International, vocacionada para a produção de chapas metálicas de coberturas. Nesta década e meia, Hariche Arquissandas alargou o seu portfolio de negócios para empresas de materiais de construção diversos, empresas do ramo de alimentação e comércio geral culminando com a criação do Hariche Group Lda, uma das cem maiores empresas de Moçambique desde 2009, de acordo com o ranking da consultora KPMG, e que emprega mais de 250 trabalhadores.
Habitualmente, os raptores exigem em regaste das suas vítimas milhões de dólares norte-americanos.
Segundo o economista António Francisco, os raptos de empresários que vêm acontecendo em Moçambique têm forte influência sobre a taxa de câmbio que no último mês tem levado à depreciação do metical, em relação ao dólar norte-americano. Nesta terça-feira (24) a moeda norte-americana estava a ser transaccionada acima dos 60 meticais no Banco Comercial e de Investimentos.
“Porque isto não são raptos esporádicos que aconteceram, são sistemáticos há dois ou três anos, em que eles vão às pessoas que têm dinheiro e fazem o assalto aos empresários. A implicação disto é que nenhum estrangeiro e nenhum moçambicano que tenha a possibilidade de ter poupanças significativas as vai deixar aqui”, disse António Francisco em entrevista ao @Verdade, acrescentando: “gerou-se um ambiente em que qualquer riqueza que você cria aqui vai pô-la no vizinho ou na Europa”.
Desde o início dos sequestros vários empresários abandonaram o nosso país, várias embaixadas estrangeiras têm feito avisos de alerta aos seus cidadãos relativamente ao clima de insegurança que se vive nas principais cidades de Moçambique.
Esta situação concorre para a falta de poupança interna e, de acordo com o economista, é uma das razões da crise financeira que o nosso país tem estado a enfrentar e que se agravou quando o Presidente Filipe Nyusi assumiu o cargo.
Os sequestros também contribuíram negativamente para a avaliação de Moçambique, durante o último ano do mandato de Armando Guebuza, no Índice Africano de Boa Governação Mo Ibrahim.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

TVMIRAMAR-Resenha Semanal 1º Bloco 22.11.2015(video)

 


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1000 Soldados Massacrados em Funhalouro

No último artigo que escrevi intitulado, FDS/FIR verdadeiros inimigos do povo, eu questionava da prontidão do PR em dialogar com Dhlakama e a ponderação do desarme da Renamo e os discursos modificados do senhor Basílio que as armas na Renamo não constituíam mais ameaça ao Estado. A verdade já saiu a luz do dia. Na tentativa de desarmar a Renamo em Funhalouro, foram mortos 1000 militares, três helicópteros e dois blindados foram reduzidos em cinzas. Leia a mensagem a seguir, recebi por Whatsapp.

TRISTE!!!
OUVE MASSACRE EM FUNHALOURO.
AS PERDIZES PROMETEM TOMAR MUCHUNGUE E
FECHAR A ZONA CENTRO DO SUL CASO AS FIR E
FADM ATACAREM MANGOMONHE.
Não é por acaso que nyusi rendeu-se! desde o inicio da
guerra ate hoje, em nenhuma zona o governo perdeu os
seus homens no unico dia mais que inhambane! foi
massacre meus irmãos três elicopteros ficaram em
cinza, ficaram também no local dois blindados em
cinza.
isto foi entre terça e quarta feira da semana finda'
53 militares capturados , três batalhões foram movidas
para funhalouro e so 70% do treceiro batalhão é que saiu
vivo os dois batalhões tombaram no local!!!
 Isso não é mentira meus irmãos é verdade e o
 Muchanga confirmou a morte dos militares em massa
no programa resenha semanal mas sem detalhes,
muitos destes militares falavam khossa, zulu e
chindewele.
Os elicopteros a missão não era bombardear mas sim
lançar gâs lacrimogéneo na base da Renamo para os
fazer desmaiar e adormecelo-os e, depois captura-los e
metelo-os na cadeia.
outros que depois irei confirmar.
aproximadamente 1000 homens tombaram no local. a
fonte é mais que fidedigna.
OBS: Esta é a verdadeira razão porque o Nyusi mandou parar os ataques aos homens da Renamo. rendição incondicional.

Podridão da justiça moçambicana (3)

 


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Hoje é terça-feira, dia que vos prometi que, incansavelmente, vos trarei algumas verdades sobre o quão putrefacta anda a justiça moçambicana. Episódios elucidativos sobre isso são tantos que mesmo 365 dias seriam poucos para revelá-los.
Como é do conhecimento de muitos, há pouco tempo houve o julgamento do académico Carlos Nuno Castel-Branco, em que ele foi absolvido por um jovem juiz de nome João Guilherme. Trouxe uma pequena lufada de ar puro à justiça moçambicana. Ele foi coerente e seguiu as leis, diferentemente de muitos magistrados lambe-botas que andam por ai aos magotes.
Lembram-se quem foi o advogado de Castel-Branco? Foi o juiz-conselheiro, João Trindade. Um antigo juiz que elaborava sentenças de chicotadas e penas altíssimas só por alguém ter sido encontrado com cinco litros de óleo, três quilos de farinha, duas barras de sabão e tantos supérfluos. Só por isto as pessoas eram condenadas em crime de açambarcamento de mercadoria e eram linchadas sem qualquer piedade.
João Trindade, segundo pessoas que lhe são próximas, não acredita em Deus. Ele teve no partido no poder o seu Deus. A sua defesa a Castel-Branco foi uma tentativa desesperada de lavar a sua imagem. No acto de defesa, até fez rasgados elogios ao juiz João Guilherme e recomendou-lhe para que credibilizasse a justiça moçambicana, ilibando o seu cliente. No entanto, não há-de ser por recomendação de João Trindade que Castel-Branco foi absolvido. O juiz interpretou a lei como deve ser , e o julgamento teve o desfecho que todos nós conhecemos.
É de conhecimento de muitos que Luís Mondlane, Norberto Carrilho e João Trindade nada fizeram para dignificar a justiça moçambicana. Eles aceleraram a sua podridão. São os principais culpados pelo estágio actual da nossa justiça.
Durante todos os anos que estiveram no Tribunal Supremo, transformaram esta instituição num verdadeiro cemitério de processos. Vejam que a expressão cemitério de processos, referindo-se ao Tribunal Supremo, até passou a constar do léxico dos advogados moçambicanos. Era inevitável pronuncia-la.
Luís Mondlane, Norberto Carrilho e João Trindade, estes três tiranos, aconchegaram-se no Tribunal Supremo vivendo do bom e do melhor às custas do escravizado povo moçambicano. Levavam décadas só para julgar um processo enquanto refastelavam-se com as mordomias pagas pelo bolso do pacato cidadão moçambicano.
Breve olhar à biografia de João Trindade. Ele nasceu na província da Zambézia. Entrou muito cedo para a magistratura e foi responsável por inúmeras sentenças que condenaram os nossos irmão à penas de chicotada. Teve um protagonismo inequívoco no encerramento da Faculdade de Direito, da Universidade Eduardo Mondlane.
João Trindade, porque ele já tinha o seu diploma em Direito, não queria ver nenhum moçambicano negro formado nesta área. Há-de ser curioso o que uma pessoa próxima de si uma vez me confessou: sempre que João Trindade elaborava uma dessas suas sentenças de chicotada, promovia festanças em sua casa. Era o bacalhau e vinhos importados e ligava aos camaradas para lhes pôr a par da boa nova.
Não restam dúvidas de que ele é um dos principais responsáveis pelo estado lastimável em que se encontra a nossa justiça.
Quando era presidente do Tribunal Popular Provincial de Maputo, apregoava aos seus colegas de profissão que Deus não existe. Deus é o partido no poder e que esse da bíblia não passa de uma mera invenção do homem. Era um autêntico ateu.
Uma pergunta directa a João Trindade. Recorda-se o senhor quando estava no Tribunal Popular Provincial de Maputo que a empresa ENAFRIO ofereceu muitos aparelhos de ar condicionado para coloca-los nos gabinetes dos magistrados?
Sabem o que este senhor fez? Colocou um no seu gabinete e os restantes deixou enferrujar até a total destruição. Ninguém merecia ter um ar condicionado além dele. Este senhor é um carrasco!
Tenho cá comigo quase 50 sentenças elaboradas por João Trindade. Reafirmo que este senhor é um dos responsáveis pela putrefacção da nossa justiça.
Luís Mondlane vs Gulamo Nabi
Gulamo Nabi era um jovem comerciante de 31 anos de idade, casado, pai de duas filhas e de nacionalidade moçambicana. Tinha um motorista de nome Zacarias Ibrahimo Chitará, também de 31 anos de idade, solteiro, nacionalidade moçambicana.
Na altura, Gulamo Nabi dedicava-se à venda de mobílias e tinha a sua própria loja. Foram tempos difíceis e teve que arranjar um negócio alternativo para o seu sustento e dos seus. Julgou que fosse oportuno dedicar-se à venda de camarão e comercializava-o na Swazilândia e África do Sul.
Foi nessa altura que adquiriu uma pequena camioneta para ajudar no transporte da sua mercadoria. Sempre que vendesse o camarão, comprava vídeos- cassete e reprodutores para viaturas para revendê-los em Moçambique. Não era um negócio lucrativo. Era meramente uma forma de sobrevivência.
O seu negócio circunscrevia-se em algumas caixas que nem totalizavam 40 quilos. Nessa altura, havia um grupo forte de traficantes de camarão que o vendiam em diversos países europeus, a partir da Beira. Eram pessoas ligadas à nomenklatura e eram consideradas verdadeiros tubarões.
Algumas pessoas mais velhas ainda recordam-se disso pois nessa altura o escândalo do tráfico do camarão despoletou e foi apelidado de “caso das malas frias”, em virtude de o camarão contrabandeado ser transportado disfarçado dentro das malas. O mercado principal era Portugal e outros países europeus.
Contudo, em Moçambique, como é do conhecimento de muitos, os verdadeiros tubarões nunca são presos. Peixe miúdo é que sofre inocentemente. Numa data qualquer de 1983, a Polícia moçambicana na fronteira de Namaacha recebeu uma denúncia de que alguém iria passar dali com o camarão para vendê-lo na vizinha Swazilândia. Foi nesse dia que o motorista de Gulamo Nabi foi preso e com ele foram encontrados 20 caixinhas que nem totalizavam 40 quilos de camarão.
O responsável pela denúncia? Foi uma senhora chamada Fátima Razaco, mãe da testemunha-chave do processo Carlos Cardoso, o Dudú, pessoa que contou sete versões diferentes sobre os mesmos factos.
Quando Chitará foi detido, ele confessou que o dono da mercadoria era Gulamo Nabi. Mais tarde este também foi preso. Ele, durante o interrogatório, disse que o camarão lhe pertencia e que o guardava na Pescom. Confessou ainda que pelo camarão ganhava qualquer coisa como 50 a 250 contos. Esses 250 contos comprava vídeos-cassete na África do Sul para vir vender em Moçambique por 300 contos.
Confessou ainda que era detentor de uma conta na África do Sul que tinha somente 360 rands. Negou que alguma vez haja contrabandeado camarão para qualquer país europeu e que tudo não passava de uma mentira monstruosa só para o incriminarem. O seu interrogatório era dirigido por Sérgio Vieira.
Porque haviam ordens para incriminar qualquer pessoa que fosse, sobretudo quando de um monhé se tratasse, encontraram em Gulamo Nabi o bode expiatório, e os verdadeiros culpados ficaram de fora. Gulamo Nabi foi levado para a cadeia da BO e esteve no pavilhão 3 cela número 2.
Em Janeiro de 1983, houve mudanças de juízes no Tribunal Militar Revolucionário. Foi quando Luís Mondlane foi escolhido a dedo para lá e exactamente para condenar Gulamo Nabi à pena de morte por fuzilamento.
Nos dias 25, 26 e 29 de Março e 1 de Abril houve julgamento e o Major Luís Mondlane condenou Gulano Nabi a pena de fuzilamento e ao seu motorista Chitará a 12 anos de prisão e 45 chicotadas. Na altura, Indira Ghandi, o Governo Britânico, o Papa de lá do Vaticano, a Comunidade Muçulmana de Portugal e Inglaterra, a Comunidade Ismaelita da França e muitos outros interessados com a causa, pediram ao Governo moçambicano para que concedesse clemência a Gulamo Nabi e que comutasse a sua pena em prisão perpétua.
Nessa altura, Luís Mondlane, o mesmo senhor que ainda continua vivo e está a viver às custas do povo moçambicano, manipulou o processo e deu informações falsas ao falecido Presidente Samora Machel de que Gulamo Nabi era culpado e que era um verdadeiro tubarão que contrabandeava camarão para Europa. Disse ainda que ele era detentor de constas bancárias robustas em Portugal e Inglaterra, factos que jamais foram provados.
Luís Mondlane mentiu para proteger os verdadeiros culpados. Algumas pessoas pensam que Samora Machel é que esteve por detrás da monstruosa condenação de Gulamo Nabi, mas não é verdade. Houve mão esperta de Luís Mondlane para manipular o processo, do mesmo jeito que foi manipulado o processo Carlos Cardoso para condenar inocentes e deixar os verdadeiros culpados de fora. Não foi assim que Nyimpine Chissano escapou a prisão?
Morte de Gulamo Nabi
No dia 9 de Abril de 1983 um contingente policial irrompeu pela cela adentro de Gulamo Nabi. Eram 5 horas da manhã. Gulamo Nabi estava ainda a dormir. Sacudiram-no para que acordasse e uma palavra imperativa soou: “Vamos”, ordenaram. “Vão me matar agora?”, perguntou Gulamo Nabi. “Não”, responderam-lhe. Mesmo assim ele pediu: “Dêem-me três minutos para rezar, por favor”. Os seus algozes negaram-lhe o seu último pedido e foi arrastado dali para fora. Havia um camião já estacionado do lado de fora. Foi nele que Gulamo Nabi foi transportado directamente para a lixeira de Hulene.
Lá estavam presentes o presidente do Conselho Executivo da Cidade de Maputo, Gaspar Zimba, estruturas do partido, grupos dinamizadores e uma banda militar a tocar músicas revolucionárias (do comunismo). Para além de Gulamo Nabi, naquela data foram fuzilados outros cinco presos. Gulamo Nabi foi metralhado entre lágrimas a gritar ALLAH! ALLAH!
Os gritos de Gulamo Nabi eram abafados pelas canções revolucionárias. Aquelas de que todos se recordam e que eram amiudamente cantadas em qualquer evento, no tempo do repolho. Tempos tristes e que marcaram a nação moçambicana de forma indelevelmente horrorosa. Havendo algumas pessoas- como Luís Mondlane-, que no meio de tanto desespero colectivo olhavam para o seu umbigo. Para vantagens individuais.
Assim terminava a vida de um pacato cidadão, condenado por indivíduos mesquinhos só para satisfazerem a sua ambição. Eu, Nini Satar, denuncio estas atrocidades para que nenhum outro juiz moçambicano enverede pelo mesmo caminho que o de Luís Mondlane.
Tenho tantas histórias destes juízes que um ano inteiro a escrever seria pouco. Era bom que um dia, um deles resolvesse me responder. Pode ser nas páginas dos jornais ou mesmo no meu facebook. Seria um confronto interessante e um oxigénio salutar para que mais coisas revelasse sobre estes tiranos. Até a próxima.
Nini Satar
In https://www.facebook.com/NiniSatarfans/posts/190113057997144

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Moçambique pode entrar em colapso a qualquer momento


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Uma análise feita por mim NINI SATAR
Já não se pode disfarçar; a economia moçambicana está na fase mais "alucinante" de sempre. os factos da derrapagem, dia mais, dia menos, poderão ser encontrados na mesa do mais comum moçambicanos!
A subida astronómica do dólar face ao metical já esta a criar grandes problemas para o País , visto que 90% dos produtos em Maputo são importados, e 90% da matéria prima dos produtos fabricados em Moçambique são importados.
Ó combustível vai subir, o pão vai subir, a sexta básica vai subir, o salário mantém-se!!!
O governo já foi ao Fundo Monetário Internacional (FMI) se endividar em nosso nome colectivo ...
A portas internas temos um país em ameaça latente de guerra. Por conta dessa ameaça Moçambique é um dos países mais instáveis do mundo! Quem tinha valores minimamente consideráveis, numa conta meticais a uma semana perdeu 30% só por guardar, isto é absurdo!!!
Os bancos já estão em colapso só que ainda não declararam porque não terão o contra valor para devolver os seus clientes.

Como sabem as vezes os bancos comerciais inventam falta de sistema porque não tem "cash flow" esperam depósitos, depois volta o sistema.
O que podemos esperar nos próximos dias, é falta de sistema de nos bancos, para criar pretextos para que não se levante valores. Eu Nini Satar garanto que numa pesquisa - repleta de patriotismo - feita por mim que se todos clientes dum balcão forem levantar valores e encerrar as contas num único dia, o banco não terá liquidez.
Hoje em Moçambique é um risco ter dinheiro no banco e mais risco ainda é guardar meticais que já é uma moeda sem valor.
O Dólar já está na casa de 60 meticais, absurdo e exagero, hoje 5 mil dólares são 300 mil
Meticais a menos de um ano 300 mil meticais eram 10 mil dólares.
Estamos a falar de uma subida de 100%.
Então a vida em Moçambique em de menos um ano dobrou os custos.
Conforme uma conversa que tive hoje com um alto funcionário da FMI disse que a depreciação do metical está excessivamente alta, disse ainda que o Dólar devia estar na casa dos 45 meticais e não 60 meticais.
Isto causará uma falência de grandes empresas e bancos.
Vejamos:
Um banco faz um empréstimo de taxa máxima de 24% ao ano incluindo prime rate, veja que se houve uma subida de 100% do dólar o que o banco ganhou??
Se em um ano houve uma desvalorização de 100%.
Em janeiro deste ano o dólar estava oficialmente a 31 meticais.
O dinheiro continua na mão do cliente, o cliente ainda poderá fazer a reprogramação da dívida uma vez que poderá arranjar argumentos de falta de negócio, o banco por sua vez é obrigado a renegociar com o cliente.
Como sabem a maioria dos balcões dos bancos são alugados, os contratos são feitos em Dólares, só aí imaginem quanto os bancos estão a perder.
Se até agora não apareceu nenhum banco declarando falência é porque não terá liquidez para devolver aos clientes, estão apenas adiar um problema, assim como aconteceu na América com o maior banco Lehman Brothers, que adiou problemas durante anos.
No fim do ano vamos ouvir que o nosso estado vai emitir obrigações de tesouro para salvaguardar o bom nome do estado, mas na verdade o estado está enterrar se mais e endividar se mais.
Temos a divida de Cahora Bassa que ainda está por se pagar, temos a divida de Ematum que funciona num minúsculo contentor encostado numa parede do porto em Maputo, através deste minúsculo contentor foram chancelados documentos de 800 milhões de usd.
Aconselho que devemos cair na realidade e não adiar os problemas, porque cada dia o buraco é maior, quanto antes mais fácil de resolver...
Os comerciantes que alugaram imóveis, terão problemas porque os inquilinos não conseguirão pagar, se alguém alugou uma loja por mês, pagava em dólares e saia a 150.000 meticais hoje pelos mesmos 5 mil dólares terá que desembolsar 300 mil meticais, coisa impossível de ganhar num simples estabelecimento, este terá que renegociar o contrato ou cancelar.
Esta crise está afetar a todos moçambicanos em todas áreas.
E se continuar assim Moçambique será como Zimbabwe, para um pao teremos que ir com uma mala de dinheiro.
"Este texto não foi editado é um pensamento rápido que resolvi escrever"
In https://www.facebook.com/NiniSatarfans/posts/189742638034186

Nove mil alunos e 112 professores abandonaram Morrumbala

 


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Devido a confrontos militares entre a Frelimo e a Renamo
Destes, três mil alunos vão perder os exames do presente ano lectivo devido à guerra já declarada.
No distrito de Morrumbala, na província da Zambézia, cerca de 9000 alunos do ensino primário e secundário abandonaram as escolas devido aos confrontos armados entre as forças militares do Governo da Frelimo e os homens da Renamo.
Destes 9000 alunos, 3000 não vão poder participar nos exames escolares que estão próximos, segundo deu a conhecer ao “Canalmoz” o porta-voz da Direcção Provincial da Educação e Desenvolvimento Humano na Zambézia, Momed Ibrahimo, que considera a situação político-militar como sendo de “incerteza, neste momento.
Para além do abandono das escolas pelos 9000 alunos, também fugiram do distrito 112 professores.
Momed Ibrahimo informou também que, em consequência da fuga dos alunos e dos professores, estão encerradas naquele distrito 18 escolas e que alguns dos alunos e professores dessas escolas foram integrados em escolas próximas dos locais onde se encontram refugiados.
No caso dos professores, Momed Ibrahimo disse que houve necessidade de colocá-los em algumas escolas para poderem justificar o salário que recebem do Estado.
Explicou que nem todos os alunos puderam ser integrados em escolas, devido à complexidade das regiões onde estão refugiados. Acrescentou que seria necessário um censo para se apurar quantos alunos estão a assistir a aulas e quantos outros estão fora do sistema.
Mais desenvolvimentos nas próximas edições. (Bernardo Álvaro)
CANALMOZ – 23.11.2015

FDS E FIR/GOE VERDADEIROS INIMIGOS DO POVO



Na política do Governo da Frelimo é normal o anormal e mais absurdo tornar-se normal, um dito hoje transformar-se em um não dito. Nesta ordem de ideias, aqueles que têm como dever profissional e patriótico de defender o povo e o Estado e manter a ordem e tranquilidade públicas também fazem sempre o contrário, tornar-se inimigo verdadeiro do povo, senão verdadeiros mercenários do Estado e do povo sob um olhar pávido e cúmplice dos dirigentes do alto nível do governo.

Se estão recordados, faz alguns meses atrás que o comandante provincial da polícia da Zambézia escalou o distrito de Morrumbala. No seu discurso ao povo presente questionava ironicamente porque o povo fugia dos homens da FIR/FDS e não faziam o mesmo com os homens armados da Renamo. O que acontece é que os homens da Renamo tanto armados e civis, convivem harmoniosamente com as populações, eles não assustam, não pilham os bens da população, não humilham, não violam sexualmente as mulheres quando vão tirar água nos poços ou rios, não torturam a ninguém. Pelo contrário, estas atrocidades e crimes contra a humanidade são frequentemente cometidos ou praticados por aqueles que deviam zelar pela ordem, segurança e tranquilidade dos cidadãos. FDS e FIR/GOE e a policia em geral. Assim eles se tornaram verdadeiros inimigos do povo. De um lado, um inimigo a fugir e do outro, um inimigo a combater.

Isto justifica o porque quando as FDS/FIR chega numa povoação, a população entra em pânico e fica cheia de medo e até chegar a abandonar as suas casas. No entanto, quanto aos homens da Renamo, a população comparte com eles o seu dia a dia e é a própria população que alimenta a esses homens. Estes grupos assim como o próprio governo da Frelimo não merece confiança no seio do povo moçambicano. Da parte do governo porque passa o tempo mentindo e enganando o povo nos seus discursos, fala uma coisa e amanha muda tudo. Fala de paz e diálogo e logo manda atacar o irmão que pensa diferente; lamenta-se de não ter dinheiro para colocar paracetamol nas farmácias publicas e gasta montão  dinheiro para compras blindados para caçar esses homens que muito bem convivem com o povo.
 
Por isso, o discurso do PR sobre o apelo de ponderação do desarme compulsivo dos guerrilheiros da Renamo e prontidão de dialogar com Dhlakama e outros,  há que suspeitar muito. Ninguém pode nos garantir se não é outra estratégia para convencer que Dhlakama saia do lugar onde está e matar, já que não conseguiram fazer nas cinco vezes anteriores. Falo do cerco e invasão da casa dele em Março de 2012 em Nampula, do assalto em Santunjira, das emboscadas de 12 e 25 de Setembro e do cerco e invasão da residência dele nas Palmeiras na cidade da Beira.
 
Se de verdade ele e o seu governo quer diálogo para devolver a paz que eles tiraram aos moçambicanos, mostre-nos com acções concretas. Comece por tirar todos os militares estacionados nas imediações por onde estão os homens da Renamo, desde Santunjira, Sabe, Muxungue, Save e outros lugares. Depois daí, é que pode falar de diálogo com Dhlakama. Não diga que não há propostas concretas, nós damos e ele quer propostas segundo o pensamento e desejo de retorno a guerra. Por isso diz que não há sugestões. Como é possível, depois dos bispos lhes darem recomendações diz que ninguém lhe dá propostas concretas? Afinal o eu quer?
 
Repito, ordene a recolha de todos os efetivos do local improprio onde encontram estacionados. Existem os quarteis, comandos e esquadras que são lugares próprios para eles e não no mato, se bem que não estão em guerra. Se são amantes da guerra e violência, então continuem a endurecer o coração com os seus discursos belicistas. Façam isto e recuperem a confiança do povo, senão esse povo cansado de humilhações em todas dimensões, um dia se revoltará seriamente e por mais que usem esses inimigos acima mencionados para lhes matar, não o derrotará. Vamos construir um país uno e indivisível, com igualdade de oportunidades. não se justifica que as províncias com mais riqueza natural sejam as mais empobrecidas, as mais extensas ou populosas, tenham o mesmo orçamento com as mais pequenas e menos populosas. Pensem bem....!

Será o fim de linha para as “teses dos imperativos”?

 


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Canal de Opinião por Noé Nhantumbo
Será o fim dos subterfúgios e dos jogos baixos?
Mesmo que as interpretações do discurso do PR Filipe Nyusi sejam diferentes em cada órgão de informação que o noticia, alguma coisa deve estar fermentando nas hostes frelimistas.
Quando se olha para os “continuadores” dos “libertadores”, sente-se que eles não dominam a situação, ou que não passam de seguidistas mantidos para defenderem o que os mentores e detentores do poder querem e desejam.
É admirável e suspeito que jovens abracem teses que coloquem o país refém de desejos e agendas secretas, que acabam por se revelar simplesmente ocas. Querem controlar o país e os seus recursos por todo e qualquer meio ao seu dispor.
Se antes havia a facilidade de possuírem todo o poder e de terem um partido político que era o próprio Estado e Governo, depois que os ventos da democracia impulsionados pela guerra civil e por pressões externas, as coisas mudaram de jeito e feitio.
Há estudantes que aprendem rápido e outros que demoram mais tempo.
E há os que jamais aprendem.
Numa estratégia que se consubstancia em acomodar e distribuir “guloseimas” para supostos “delfins”, os “libertadores” conseguiram, durante algum tempo, manter o edifício intacto e forte. Mas eram aparências, porque, mesmo entre eles, as clivagens começaram a transparecer.
Quem afirmava com a “boca cheia” que era um imperativo a Frelimo permanecer no poder era um porta-voz que disso só tinha nome. Uma Frelimo corroída pelo tempo e por erros sucessivos foi também sucessivamente derrotada nas batalhas eleitorais. Primeiro ao nível autárquico e depois a nível das províncias mais povoadas do país, a Frelimo perdeu a hegemonia, mesmo contando com um aparelho de Estado infiltrado pelos seus membros a todos os níveis.
A população, cansada de promessas de uma unidade nacional que só servia para alavancar os interesses materiais dos detentores do poder, começou a exigir mudanças reais. E começou a votar pela oposição, pela Renamo, pelo MDM.
Após o desfecho eleitoral de Outubro de 2014, ficou evidente que, se não tem sido a ausência de editais, a vencedora teria sido a Renamo.
E, se tem havido algum nível de coordenação entre os partidos políticos da oposição, teria sido bem mais fácil remover a Frelimo da Ponta Vermelha e de ser maioria parlamentar. Por “estomacalismo e infantilismo político”, a oposição perdeu uma grande oportunidade.
Terá sido uma questão de acomodação de membros nas listas elegíveis que terá endurecido posições e impedido coordenação e concertação real.
A Frelimo, dominando o aparato informativo, judicial e policial e dos serviços de inteligência, aproveitou a “ingenuidade” da oposição.
Chegados a este ponto, encontrou-se uma ala na Renamo que decidiu que já bastava de cedências e de complacência com as repetidas fraudes e malabarismos legalistas baseados e implementados através de forças policiais e judiciais simpáticas.
As escaramuças que se verificam em algumas províncias do país podem ser uma amostra do que está para vir, mas também podem ser uma demonstração clara de que o país mudou irreversivelmente.
Face à desestruturação das FADM e potenciação das PRM/FIR/GOE, criou-se um certo mal-estar nas FADM, pois ao nível de salários e mordomias, elas sentem que são “enteados”. Com uma cadeia de comando sem experiência de guerra e com uma logística comprometida por redes de corrupção, os esforços para desarmar a Renamo compulsivamente têm sido um insucesso que acaba rearmando a Renamo.
Moçambique, por possuir uma economia fragilizada devido a vários factores, mas, dentre eles, a incapacidade de fazer escolhas acertadas, vê a sua economia derrapando para níveis assustadores sem que surjam sinais de correcção.
Moeda nacional escorregando, crise política instalada, um parlamento incapaz de legislar e fiscalizar, um Governo obtuso e sem visão realista da situação combinam-se para aprofundar a crise.
Estamos claramente perante incapacidade de liderar combinada com uma agenda paternalista dos anteriores detentores do poder.
Existem receios de que se o PR tiver carta-branca muitos interesses patrimoniais serão devorados ou diluídos. Habituados a sacar benefícios das posições ocupadas no quadro governamental, os que agora estão fora do jogo batem-se com todas as armas pela sua sobrevivência enquanto potentados e senhores de tudo.
Durante muitos anos, instalou-se na mente dos que sempre governaram Moçambique, que sem eles o país não existia. Isso repercutiu-se e propagou-se de tal forma que gente pouco informada e com baixos escrúpulos aceitou servir de agente de propaganda à mistura com outras funções regularmente atribuídas como as de agente de fraude e de ilicitudes eleitorais.
Não há quem não sinta as mãos de “professores e membros de OJM e OMM” na operação Outubro 2014.
Se o anunciado pelo PR quanto a “ponderação” no desarmamento da Renamo tiver alguma credibilidade, teremos que ver o ponto das questões militares discutido no CCJC esgotado e implementado.
Não vale a pena dizer que a Frelimo não é partido armado, pois todos sabemos que a cadeia de comando das FADM e PRM/FIR/GOE pertence e é composto por membros da Frelimo.
Se houvesse equidistância das forças militares e policiais, o cenário político moçambicano seria outro e a paz não estaria em discussão nos dias hoje.
É preciso desconstruir teses de normalidade não existente.
Os “imperativos de Edson Macuacua” ruíram assim como AEG foi “derrubado” no seu próprio partido.
Toda a engenharia montada em Pemba foi enferrujando e mostrando-se insustentável, pois, para além de sua rejeição interna, não ganhou tracção no país em geral.
Este Moçambique precisa do fim do jogo sujo e dos arranjos para beneficiar grupos de cidadãos com interesses especiais. Não podemos reduzir tudo ao que os “cidadãos especiais” entendem e desejam.
Seremos outro país se entendimento do “básico” suplantar o egoísmo doentio tornado epidemia.
Basta de fingirmos que está tudo bem e que o nosso país está andando, porque a realidade é bem diversa.
Desconstruir mitos e heroísmos jamais existentes, construir pontes entre uma irmandade real e fundada no senso de que somos cidadãos iguais para além da verborreia da “unidade nacional”. Jamais se tratou de pôr em causa a Unidade Nacional ou paz, mas, sim, de ultrapassar o servilismo montado para beneficiar pretensos cidadãos especiais.
Recuperar o senso de que o país e o seu povo são mais importantes do que proclamações políticas e concertação política visando a manutenção do poder.
Nem juntando antigos movimentos de libertação tornados Governos resolve os nossos problemas, se não houver capacidade de pôr em prática justiça política e económica.
O único imperativo válido é proteger os direitos políticos e económicos dos cidadãos moçambicanos.
Travar as correntes maléficas que só conduzem a desgraças e a violência é trabalho que deve ser assumido por um número cada vez maior de compatriotas.
Abnegação, trabalho, competência, persistência, inteligência, diligência, abertura e seriedade são chamados à mesa nacional.
Não há sabichões únicos e indispensáveis que ofereçam lições de sapiência omnisciente. Somos humanos e moçambicanos, e entender isso é o ponto de partida para a solução da crise político-eleitoral.
Torna-se evidente que as FADM e a PRM devem ser reconstituídas numa base apartidária, e esse facto merece um debate profundo, apoiado por consultorias e endividamento estratégico visando dissipar desentendimentos e vícios que processos como aquele do AGP conheceram.
Superar os “complexos de libertadores” faz parte do que se tem de fazer com urgência.
Cortar iniciativa aos charlatães e mercenários nos partidos políticos vai travar ondas mediáticas de ataques contra os esforços de estabilização do país.
Olhar para Moçambique para além de “interesses intestinais” é um ponto de partida para quem se pretenda líder político.
Sem seriedade e consequência não se estabelece confiança. (Noé Nhantumbo)
CANALMOZ – 23.11.2015