"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Comando da Polícia em Cabo Delgado mendiga em nome do 10º congresso da Frelimo
   
Sábado, 25 Fevereiro 2012 16:14
O comando Provincial da Policia da República de Moçambique (PRM) na província de Cabo Delgado tem vindo nos últimos dias a enviar cartas peditoras a várias instituições privadas, sedeadas naquela parte do pais, solicitando financiamentos para a reabilitação das suas instalações, que se encontra num estado deploráveis, tudo na perspectiva de acomodar altos dirigentes do Estado que ali são esperados por ocasião do X congresso do partido Frelimo, agendado para o mês de setembro próximo.
Aliás na carta que tivemos acesso daquela instituição solicitando apoio a Confederação das Associações de Cabo Delegado assinada pela número um da PRM, Dora Manuel Manjate, adjunto Comissário da Polícia e datada de 20 de Fevereiro do presente ano de 2012, refere que: “estando previsto a realização do X congresso do partido Frelimo no mês de setembro do ano em curso, altura em que a cidade de Pemba será um palco de concentração de altas individualidades do Estado, bem como personalidades de diversas nacionalidades e organizações e pelo facto de o comando acima estar em condições estremamente deploraveis no que concerne nos aspectos externo e interno, para a garantia de uma aparência digna de um comando Provincial, viemos por este meio deste, rogar a V.excia o apoio do seguinte material”.
Portanto, tal como se pode ler na mesma carta que temos vindo a citar, a policia solicita 880 litros de tintas entre de óleo e plástica com as cores que caractarizam os comandos espalhados pelo pais, nomeadamente branca e cinzenta, assim como materias como pinceis de 2, 3 e 4 polegadas e trinchas.
Esta atitude os dirigentes de varios sectores do estado tem vindo a copiar do seu partido mãe a Frelimo que começou com os peditórios em todos os sectores de actividades ate aos cidadãos pacatos e sem meios de sobrevivência são apertados pela Frelimo para darem algum donativos a favor do X congresso.
Algumas figuras entendidas na matéria chegaram de afirmar que os pedidos que a Frelimo tem vindo a realizar chegam a ser classificados de burla, pois chegam algumas vezes a obrigar as suas vitímas em pagar os valores através de desconto dos seus salários como tem vindo a acontecer nalguns distrito da provincia de Nampula com destaque para o de Murrupula, onde professores quebraram o gelo ao revelar aos orgãos de informação sobre as alegadas burlas.
Este não é um cãos isolado pois muitas direcções provinciais tem vindo a pedir algumas instituições ao nivel da provincia de Cabo Delgado tem vindo a usar a capa da realização do X Congresso para ludibriar alguns empresários e organizações não governamentais sediadas naquele ponto do país.
Um outro ponto que faz com qe as instituições seguem a ideia é que mesmo o primeiro ministro da República quando vai as provincias tem vindo a fazer cobranças coercivas aos empresários e membros do partido para fazerem contribuições para o X congresso.
Um dos exemplos foi no distrito de Nacala-Porto e Murrupula onde os empresários e beneficiários dos famosos sete milhões eram obrigados a contribuirem para a realização condigna do referido congresso.
 Desmantelamento da Delegação da Renamo em Nampula
Segundo o diário da Zambezia a Verdade, a PRM está planeando usar a força para desmantelar a delegação da Renamo e assim dispersar os ex- guerrilheiros da mesma, no caso de fracassar  as negociações pacificas. A policia justifica esta acção com o pretexto de libertar o cidadão feito refém pelos ex- guerrilheiros que se encontram naquele local.
O cidadão em causa que a PRM usa como campo de escape foi detido a 20 dias atrás porque segundo a informação que colhemos a dias, foi encontrado infiltrado no local como espia, logicamente enviado por quem é de poder. A PRM não explica as circunstancias e as causas que levaram a este cidadão a ser feito refém e o que ele andava a fazer naquele local.  Assim antes de levar acabo o desmantelamento com a lei de força, enviaram três grupos de policia ao local para o efeito, sendo a de protecção civil (os vulgo nikawanes), a de operação especial (GOE) e a de intervenção rápida (FIR). No entanto, tudo revela que tudo é um fracasso. É nesta ordem de ideia que a autoridade máxima da PRM naquele zona do país afirma estar a preparar um desmantelamento da delegação da Renamo usando a força.
Este suposto desmantelamento, vai trazer consequências penosas para a população de Nampula e de Moçambique em geral. Digo isso porque estamos a falar aqui de guerrilheiros que de momento suponho que já estão armados com a ajuda da força de protecção privada do senhor Dhlakama. É de apelar a PRM na pessoa do seu comandante provincial e os dirigentes máximos da PRM ao nível central (ministro e comandante geral) a levar com muita delicadeza este caso para evitar derramamento de sangue inocente.  Não existe guerrilha sem povo, isto é, a guerrilha sobrevive com apoio do povo. Para dizer que esses homens não estão sós, o povo está ao lado deles, senão próprio povo teria desmantelado. Por isso, procurem meios pacíficos para negociarem explicando tudo a todos para poderem evitarem casos semelhantes no futuro.
Este é momento dos nossos dirigentes deixarem de serem arrogantes e usarem a simplicidade e humildade em prol do seu povo, se bem que estão ai para esse povo. Caso contrario, como de sempre podem ir afrente, mas amanha que se tome a responsabilidade de tudo o que for acontecer. Suponho que têm consciência de que o povo moçambicano está cansado do regime anti-democrático e corrupto que lhe lidera….

Não ignorem o incidente registado a 22 de Abril de 2011 na vila distrital de Marínguè, donde segundo os relatos divulgados com o canal de Moçambique a partir de Nampula, 13 homens da FIR perderam a vida no confronto com os poucos homens da Renamo que fizeram frente as estas Forças que todos nós sabíamos que são intocáveis.  O governo esconde este facto, o que pode criar revoltas dos familiares dos que perderam a vida. Por isso, pensem bem e optem pelo diálogo. Violência chama violência e força chama força. Esses são guerrilheiros que estão na cidade e pode vir ser mais terrível que quando estavam no mato….o que de certo modo pode já rebentar a revolta popular que a Renamo vem propagando e ai será difícil parar para o diálogo. Estamos de olhos…..

RRM em Nampula destaca Força Especial para desmantelar delegação da Renamo e resgatar refém
  
Quarta, 29 Fevereiro 2012 12:49

A Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula destacou mais agentes para reforçar o contingente policial que se encontra a vigiar a delegação da cidade do partido Renamo que, além dos 400 ex-guerrilheiros, o líder mandou para o local a sua guarda pessoal fortemente armada para responder às provocações perpetradas pela população e os agentes da lei e ordem.
Além da polícia de protecção, tinha sido mandada para o local a Força de Intervenção Rápida (FIR) - estas duas sem sucesso – e, desta feita, foi reforçado este contingente policial com Grupo de Operaçao Especial (GOE). O objectivo deste último grupo de agentes da PRM é criar estratégias para por fim a presença dos homens da Renamo que se encontram no bairro de Muatala que está a tornar-se numa espécie de base central do partido.
Mesmo com aquela terceira Força policial que foi indigitada para vigiar a Rua dos Sem Medo. Entrando para o mercado 25 de Junho, seguindo a Rua da Solidariedade, é agora controlada fortemente por três equipas policiais, que circulam com viaturas, sendo uma de marca Toyota de caixa aberta, e dois blindados, um camafulado para a FIR e outro da GOE.
Mesmo com estas três forças da PRM nada está sendo feito para reverter a situação. Os homens da Renamo já tomaram por completo a Rua dos Sem Medo. Inácio João Dina, porta-voz da Polícia da República de Moçambique em Nampula, classifica aquela atitude de violação a Constituição da República, uma vez que impede a população de circular livremente naquele local agora controlado por ex-guerrilheiros. Dina disse, ao destacar-se esta terceira força, visa dar mais dinâmica uma estratégia de negociação com aqueles homens no sentido de libertarem a zona. Aliás, afirmou ainda que o que faz com a PRM em Nampula não reaja é por se tratar de questões que envolvem partidos políticos.
O porta-voz da PRM em Nampula fez saber que vários contactos feitos pelo Comando Provincial da Polícia, junto da direcção da Renamo, foram todos ignorados. Neste momento, estuda-se novas estratégias no sentido de resolverem a questão por via pacífica.
“Quando os nossos diálogos esgotarem-se, vamos usar a força no local”, disse Dina sem avançar datas concretas da operação. Inácio Dina comentou que o maior desafio neste momento é garantir a liberdade do cidadão que se encontra em cativeiro há sensivelmente 20 dias naquela delegação.
O porta-voz afiançou que neste momento, enquanto se espera pelos contactos com a sua direcção, faz-se um estudo aprofundado de todos os mecanismos necessários para expulsar os exguerrilheiros da Renamo.
Arira Emane Puantua, 24 anos de idade, é mãe de dois filhos. Filha mais velha de Emane Puantua, de 43 anos de idade, que se encontra em cárcere privado desde o dia 8 de Fevereiro na delegação da cidade do partido Renamo, pedi a liberdade do seu pai, pois não tem como alimentar os cinco irmãos. “Não vou falar a imprensa sem que o meu pai esteja aqui ao meu lado”, disse.
Arira Emane disse que, devido à questões financeiras, acabou por vender o seu telemóvel para poder alimentar os seus irmãos e a avó, mãe do atirador que se encontra em cativeiro. Apesar de muita insistência, a matreaca de Puantua recusou-se a falar, alegando problemas de saúde, além de desconhecer os destalhes da história do desaparecimento do seu filho.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Ministra do Trabalho anula permissão de trabalho a gestor francês por alegado racismo

27 de Fevereiro de 2012, 17:11

Maputo, 27 fev (Lusa) - A ministra do Trabalho moçambicana, Maria Helena Taipo, cancelou a licença de trabalho do diretor financeiro da empresa SDV AMI Moçambique, Renaud Jean Louis Sirex, de nacionalidade francesa, por alegados atos de racismo e assédio sexual.
Um comunicado do Ministério do Trabalho enviado à Lusa refere que "Renaud Jean Louis Sirex não pode trabalhar mais em Moçambique, devido ao seu comportamento contra os trabalhadores nacionais na empresa SDV AMI Moçambique, SARL", uma firma de navegação marítima localizada na Beira, centro do país.
"O cidadão em causa proferia de forma insistente palavras injuriosas contra os trabalhadores moçambicanos, despedia trabalhadores sem justa causa e protagonizava atos de racismo e assédio sexual às trabalhadoras", aponta o comunicado.
Recentemente, o Ministério do Trabalho de Moçambique cancelou a permissão de trabalho a um gestor português do Mozabanco, acusando-o de maus tratos aos trabalhadores moçambicanos e aplicou igual medida a dois cidadãos brasileiros do canal de televisão Miramar, da Igreja Universal do Reino de Deus.

Seis trabalhadores do governo da Zambézia recebiam salários do Município de Quelimane ilegalmente

Manuel de Araújo, presidente do Conselho Municipal de Quelimane
Segundo Manuel de Araújo.
O presidente do Conselho Municipal de Quelimane, Manuel de Araújo, denunciou à Assembleia Municipal a existência de seis funcionários do gabinete do governador da província da Zambézia, Itai Meque, que recebem salários com fundos da edilidade de Quelimane, ao invés de receberem do Governo da província, ao qual estão afectos.
Os referidos funcionários prestavam serviço ao governo e recebiam salários através da empresa EMUSA, responsável pela recolha dos resíduos sólidos, uma acção ilegal, visto que o salário de quem presta serviços no gabinete do governador, em regra, devia ser pago ao nível do governo da província da Zambézia.
Esta denúncia foi feita este fim-de-semana, à margem da 14ª Sessão Ordinária, que tinha em vista a apresentação e discussão do plano de actividades e do orçamento do Estado para 2012, que, no entanto, foi devolvido por aquele órgão deliberativo alegadamente porque o documento apresentava algumas lacunas.
De Araújo escreve para Itai Meque
Como forma de garantir a reposição dos valores “surripiados”, o edil de Quelimane elaborou uma missiva dirigida a Itai Meque, apelando ao bom-senso, para que os valores “extraviados” ao longo de dois anos fossem devolvidos à autarquia.
Entretanto, Manuel de Araújo não foi exaustivo em relação aos esquemas que eram usados para a transferência do dinheiro dos cofres da edilidade para as contas dos seis funcionários, nem em relação ao montante desviado ao longo dos dois anos. Ao que tudo indica, a ser verdade, a acção acontecia sob encobrimento do anterior edil da edilidade, Pio Matos.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Alguns líderes africanos são cobardes - acusa Mugabe

(2012-02-23) O Presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe, disse que “alguns líderes africanos são cobardes”, que estão prontos para vender os seus países em troca de benefícios financeiros e materiais.

O velho líder que preside aos destinos do Zimbabwe desde a declaração da independência do país, em 1980, disse em entrevista terça-feira publicada no jornal pró-governamental “Herald” que “a actual colheita de líderes é diferente daquela composta por revolucionários que lutaram pela independência"”dos países africanos.

No dia em que comemorava 88 anos de vida, Robert Mugabe não poupou críticas nem acusações aos líderes africanos sem, no entanto, identificar os sujeitos a quem se dirigia.

“Não apenas se tornaram cobardes como também vendilhões dos seus próprios povos. Traindo, traindo as nações de África. É essa coisa chamada União Africana. Eles apenas pensam em dinheiro, dinheiro, dinheiro. Em coisas materiais”, acusou o presidente Mugabe citado pelo “Herald”.

Para o presidente, a dependência de alguns países africanos das antigas potências coloniais abre a porta à alegada cobardia dos líderes.

“Se eu falo contra a França e necessito de dinheiro francês para pagar aos soldados, aos funcionários públicos, então de onde virá o dinheiro? É isso que temos de ter em consideração. Ajoelhem-se perante Sarkozy, perante David Cameron, perante Obama, e digam-lhe, pronto, vamos fazer o que você quer. Todos esses líderes que se ajoelham fazem as suas nações também ajoelharem-se perante esses jovens imperialistas”, disparou o presidente zimbabweano.

Mugabe alerta os líderes que critica para a iminência de os jovens dos seus países se virarem contra eles “no momento em que estudarem a história dos respectivos países sob o jugo colonial e quando descobrirem que os seus pais vivem as mesmas existências primitivas que viviam no passado”.

Robert Mugabe, que preside a um governo de unidade em coligação com o Movimento para a Mudança Democrática (MDC) para retirar o seu país de uma crise que levou mais de quatro milhões de zimbabweanos a emigrarem desde 2000, ameaçou terça-feira numa entrevista concedida à rádio estatal do seu país mandar deter o Primeiro-Ministro Morgan Tsvangirai por este alegadamente ter usado indevidamente fundos destinados à remodelação da sua residência oficial em Harare.

Quando questionado sobre a sua saúde, Mugabe declarou estar em “grande forma” e pronto para continuar a liderar o seu país.

“Ainda está para chegar o dia em fico doente. Já morri muitas vezes, e é aí que ganhei a Jesus Cristo. Cristo só morreu e ressuscitou uma vez, eu já morri e ressuscitei nem sei quantas vezes. Continuarei a morrer e a ressuscitar”, disse na mesma entrevista Mugabe, parodiando aqueles que publicam notícias com alguma regularidade especulando sobre várias doenças de que tem sofrido e tratamentos a que tem sido submetido.

Para o polémico líder da ZANU-PF, ele será o cabeça-de-lista do seu partido às próximas eleições, apesar de algumas notícias darem conta de divisões no partido sobre a sucessão de Mugabe.

“Eu sou do povo e para o povo. E o povo, na sua sabedoria, os membros do nosso partido, certamente seleccionarão alguém quando eu declarar que me vou reformar, mas esse não é ainda o momento. Com esta idade ainda posso ir mais longe, não posso? Concluiu o presidente que insiste em convocar eleições em 2012, “esteja ou não aprovada a nova Constituição”.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Contra-senso vice-ministro de tutela lamentar-se ao público

Estamos num país onde a fama e o diário politico é o lema de faz de conta. com os camaradas tudo é uma vida de aparência. O que eu chamaria contra-senso é a pouca vergonha do senhor Vice-Ministro aparecer em público a lamentar-se.

Todos nós conhecemos o Moçambique real que as coisas vão do mal a pior. Para não poder ver essa realidade, precisa de ser cego ou ser promotor das farsas de que o estado da nação está bem e que o país caminha num bom rumo. Na minha pobre maneira de ver, a tarefa do senhor vice-ministro neste preciso momento não seria de aparecer na imprensa e lamentar-se da situação, porque isso é que não faz sentido nenhum. Ele sabe muito bem que tem o poder mais que ninguém para reverter a situação e não responsabilizar as respectivas escolas e direcções provinciais. Com essa responsabilização não se corrigirá o problema. Há coisas que não se deve esperar para amanha para resolver.
Com esta ideia de lavar as mãos e responsabilizar os pequenos, mostra a debilidade funcional do ministério ou seja uma capitulação incondicional. Seria melhor o pai dar uma proposta orientativa aos respectivos a se implementar imediatamente. Este é um cancro de sempre que vem acontecendo nos últimos anos e o senhor vice-ministro vive em Moçambique.  Por isso, penso eu que vir agora para falar disso parece gozar esses pobres meninos do povo que pouco conta. O povo é que devia dizer este contra-senso. Onde estavam os famosos inspectores/supervisores do ministério para não descobrirem isto logo? Não trabalham eles em coordenação com os das províncias e dos distritos, ou o trabalho de conjunto já não funcionam, ou porque esqueceram-se do trabalho que deviam fazer e foram fazer outras coisas que não deviam (como ameaçar as respectivas escolas sobretudo quanto forem particulares) como sempre fizeram muitos deles?
Algo não vai bem no ministério e precisa de corrigir internamente e não vir ao publico para lamentar-se porque isso é gozar e perder respeito o povo. Este não é o primeiro nem terceiro caso que um dirigente vem ao público e apresentar discursos de lamentação, e nunca propõe nada para a melhoria ou mudança em definitivo. Isto o povo já está cansado de ouvir. Por favor mudem de atitude, o povo depositou a sua confiança em vós. Sejam sensíveis e mais sérios no trato do povo. O povo merece o melhor que dais. Se numa família acontece algo errado e o pai se limita em lamentar-se nada se resolve, e o problema irá crescendo cada vez mais…. Deixem a politica partidária de lado e sejam governantes do povo moçambicano e ajudem a resolverem os problemas que lhe afecta. obrigado

Manuel de Araújo acusa o governo da Zambézia de má-fé

Manuel de Araújo
Relação entre Município e governo continua tensa.
O edil de Quelimane, Manuel de Araújo, diz que o governo da Zambézia, liderado por Itai Meque, está a procurar, a todo custo, inviabilizar as actividades que constam do seu plano de governação, alegadamente por ser da oposição.
Segundo De Araújo, “há pessoas a nível do governo da província da Zambézia que não querem ver realizado o projecto de reabilitação e ampliação do sistema de drenagem, alegadamente, por não ser o governo da Frelimo no poder em Quelimane”.
Manuel de Araújo fez estes pronunciamentos durante o processo de pagamento de compensação pelo Millennium Challenge Account (MCA) aos afectados pelo projecto de reabilitação e expansão das valas de drenagem da cidade de Quelimane e zonas peri-urbanas, plano de reassentamento que envolve um total de 423 famílias que vão ver as suas casas demolidas por estarem erguidas sobre valas de drenagem de Quelimane.
O edil diz ainda ter em sua posse os nomes de tais directores provinciais que não estão interessados em ver realizado o referido projecto, mas não os tornou públicos alegando razões éticas.

FIR SEMEIA TERROR COM RECOLHA OBRIGATORIA EM CHIMOIO

EDITORIAL: A mesquinhez da “nossa” tenebrosa e sanguinária FIR
A Democracia em Moçambique e segundo o governo da Frelimo funciona assim. Se um cidadão não comparte os mesmos ideais dos camaradas é visto como inimigo a perseguir e silenciar-lhe. Pobre FIR que é usada e actua sem questionar as coisas e na sua ignorancia são sabem que o salario que recebem vem do povo e não da Frelimo, vejam a seguir
  
Se quiséssemos uma imagem que nos permitisse sintetizar de forma imediata, ainda que simplista, a extraordinária capacidade que a Força de Intervenção Rápida (FIR) tem de semear o medo no seio do povo, ela própria se encarregou de no-la oferecer há dias, aquando do recolher obrigatório instalado em Chimoio, sem aviso prévio e com direito a pancadaria para quem fosse encontrado na rua depois das 20 horas. Que o digam os residentes do bairro 7 de Abril.
Assistimos, uma vez a outra, a situações verdadeiramente clamorosas, vergonhosas e estupidifi cantes protagonizadas pela FIR num país em que as pessoas, diz-se, são livres. Não se sabe, contudo, quem são os mandantes de ordens tão acéfalas, tão degradantes, tão medievais e tão repugnantes.
Ainda assim, não é preciso ser muito criativo para apontar o dedo ao Governo quando permite, impávido e sereno, que sejam atropelados os direitos constitucionais e elementares dos cidadãos deste país. Não é, certamente, ao homem que detém o bastão que devemos pedir responsabilidades, mas aos que permitem, no altar do silêncio cúmplice, que ele use da força bruta para castigar selvaticamente cidadãos de um país livre.
Sobretudo quando não é novidade para ninguém que o comportamento terrorista daquela divisão da Polícia da República de Moçambique - que age insensivelmente contra os moçambicanos – nos leva, sem nenhum esforço, à triste mas irrefutável conclusão de que ela padece de uma doença, ainda por identificar, mas que se manifesta (especulando) da seguinte maneira: deficiência na percepção da realidade, infecundidade mental, incapacidade de se comover com o sofrimento alheio e uma extrema e casmurra dificuldade de aceitar qualquer opinião contrária.

A “nossa” FIR já demonstrou, vezes sem conta, ser uma unidade policial composta por indivíduos desprovidos de entranhas de humanidade – dito sem metáfora, sem neurónios – cuja especialidade é, armados até aos dentes, torturar sem dó e nem piedade moçambicanos indefesos que, com o suor do seu trabalho, contribuem para o pagamento de salários destes sacripantas.
O que aconteceu com os moradores do bairro 7 de Abril, em Chimoio, não é nada mais senão o retrato da covardia em todo seu esplendor. Não se justifica que, depois de três décadas e meia de independência, o povo seja imposto à ditadura do “recolher obrigatório”, até porque se trata de violação de um dos princípios básicos no regime democrático: a liberdade.
É imperioso que se entenda que num Estado de Direito Democrático os cidadãos não podem ser forçados a esse tipo de situações, ou submetidos à coerção, abusos e torturas. Aliás, os seus direitos e liberdades devem ser protegidos acima de qualquer desejo obscuro de uns e outros.
Porém, o que repugna, envergonha e entristece é esse silêncio “cúmplice” de quem de direito. Até porque mudar o modo de agir destes assassinos sanguinários fardados não deve ser difícil. Portanto, não é, de todo, descabido pensarmos que há quem crê, ainda que equivocadamente, que o recolher obrigatório, a porrada, a intimidação e a exibição selvática de músculos são formas de governar.
PS: Espanta, contudo, a casmurrice de quem reprime: se pensassem que as mesmas AKM’s e bastões que usam para intimidar e espancar cidadãos que lhes pagam regularmente os salários (porque inegavelmente não é o punhado de pessoas de fato e gravata que cegamente defende quem o faz) poderiam também servir para que lutassem pela melhoria das suas próprias vidas...
Ou eles acham que nasceram somente para pontapear, esmurrar e chambocar civis indefesos? Deviam perguntar a si próprios sobre a razão de não saberem fazer mais nada na vida para além de bater e aterrorizar...
Deviam começar a questionar a si próprios se o salário deles tem aumento ou bónus a cada indivíduo inocente que estatelam. Deviam questionar se as suas próprias condições de vida são directamente proporcionais à violência estúpida que exercem sobre cidadãos destreinados, indefesos e em desvantagem física e material.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Governo de Murrupula obriga professores a descontarem para X Congresso da Frelimo

Alfredo Salimo, director dos Serviços Distritais de Educação, juventude e tecnologia de Murrupula, refere que, só no mês passado, conseguiu arrecadar 323 mil meticais resultantes destes descontos...
Seis por cento do salário correspondem ao valor descontado no final do mês passado pelos serviços distritais de Educação, juventude e tecnologia do distrito de Murrupula, na província de Nampula, a cada um dos cerca de 870 professores que leccionam naquele distrito, alegadamente para o apoio ao X Congresso da Frelimo, agendado para Setembro do ano em curso na cidade de Pemba, em Cabo Delgado.
O cunho coercivo e sem discriminação partidária em que os descontos estão a ocorrer está a deixar os professores daquele distrito revoltados com o partido Frelimo e pedem a intervenção de quem é de direito para travar a situação, uma vez que, para o final deste mês, estão previstos mais descontos na mesma percentagem, segundo informa um documento da repartição da administração e planificação dos serviços distrital de educação, juventude e tecnologia, afixado em diversas escolas daquele distrito.
O documento assinado pelo chefe da repartição, Alberto Elias Germano, e com visto do director distrital, Alfredo Salimo, indica que “decorrem, em todo o país, as contribuições em apoio ao X Congresso do Partido Frelimo a realizar-se no próximo mês de Setembro, na cidade de Pemba, província de Cabo  Delgado. Assim, a Repartição de Administração e Planificação do S.D.E.J.T vem por esta via comunicar as V.Excias que, conforme a proposta dos professores do distrito, os descontos para este grande evento decorreram em duas fases, sendo 50% no mês de Janeiro e outros 50% no mês de Fevereiro. Recorde-se que são 2% do salário líquido durante seis meses”.
Depois dos descontos efectuados directamente no salário de Janeiro, os professores constituíram uma comissão que se deslocou à nossa delegação na cidade de Nampula para convidar a nossa equipa de reportagem àquele distrito para, de perto, acompanhar a indignação daquele grupo de funcionários.
Francisco Aniceto Bitone, um dos professores entrevistados pela nossa reportagem na Escola Primária Completa de Namicai, no posto administrativo de Nihessiue, diz ter ficado surpreendido ao notar, na conta, que o seu salário estava incompleto e, só mais tarde, é que teve informação de que cerca de 350 meticais haviam sido descontados do seu salário para apoiar a realização do X Congresso da Frelimo. Bitone diz não estar contra as contribuições, mas, na sua óptica, deviam ser de carácter voluntário e não proceder aos descontos no salário sem o consentimento dos docentes.
Manuel Francisco Rosário, docente N3 da Escola Secundária de Murrupula, classificou como insensibilidade por parte dos serviços distritais em descontar, num só mês, seis por cento do salário, contra a orientação partidária de 2%, durante seis meses. 
Manuel de Rosário diz-se mais preocupado com o facto de, para além de serem surpreendentes, estes descontos terem ocorrido em Janeiro, mês que, na sua opinião, as despesas familiares estão acrescidas devido ao fardo das festas, matrículas e material escolar para os filhos.
Janeiro Daniel, também professor da Escola Secundária de Murrupula, lamenta os descontos directos nos salários a todos os professores, independentemente da filiação partidária. Para Daniel, este procedimento faz com que até aqueles que são membros de outras formações políticas e/ou apartidários sacrifiquem parte do seu parco salário para um evento de um partido com o qual não se identificam.
Ainda na Escola Secundária de Murrupula, um professor que preferiu falar em anonimato, pediu para que a direcção do partido Frelimo esteja atenta a estas contribuições. O mesmo professor referiu que dirigentes a diversos níveis querem ser vistos pelo partido como sendo os que mais fundos conseguiram mobilizar para o referido congresso. E, para tal, recorrem a métodos coercivos que só criam revolta nos contribuintes contra o partido.
Director distrital reagem
Alfredo Salimo, director dos Serviços Distritais de Educação, juventude e tecnologia de Murrupula, confirma ter descontado os salários de todos os professores do distrito no mês passado e que mais um desconto está agendado para o fim deste mês.
Salimo refere que, só no mês passado, conseguiu arrecadar 323 mil meticais resultantes destes descontos e que, nesta altura, se encontram na conta da direcção distrital. A fonte acrescentou que o cheque para o levantamento desse valor a favor do partido Frelimo já foi entregue à administradora do distrito que, após o levantamento do montante, deverá proceder à entrega do mesmo ao gabinete provincial de preparação do X congresso em Nampula

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Quando a liderança de um partido está desesperada

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Lazaro-MabundaPor Lázaro Mabunda
Os pronunciamentos públicos de Guebuza são...um sinal de desespero, demonstrativo de que ele perdeu o controlo da agenda do partido e dos seus camaradas.
Quando as forças de Muamar Kadafi utilizaram, pela primeira vez, durante o conflito com os rebeldes, um míssil Scud, o coronel da NATO, Roland Lavoie, descreveu o acto como um sinal de desespero do regime de Kadafi: “A nossa avaliação é que o regime de Kadafi não tem mais capacidade operacional efectiva. Pode, certamente, atirar pratos contra a parede para fazer um pouco de barulho, mas não acreditamos que possa gerar um efeito significativo operacional”.
Parece-me ser o que está a acontecer na Frelimo, a avaliar pelo comportamento da sua liderança, sobretudo pelos seus pronunciamentos. É que, no ano passado, o Chefe do Estado, simultaneamente presidente da Frelimo, Armando Guebuza, respondeu mais aos críticos do que trabalhou para os silenciar. Foi um ano rico em respostas aos críticos do que em resultados de soluções dos problemas que são levantados por esses críticos. Foi mais lamentador do que solucionador das preocupações dos moçambicanos.
Fazendo uma busca, facilmente se conclui que, nos últimos dois anos, Guebuza investiu mais nas respostas pelas palavras do que pelas acções. Já recorreu, para apelidar os que o criticam, a expressões como “apóstolos da desgraça”, “tagarelas”, “intriguistas”, “incompetentes”, “marginais”, “impacientes”, “aqueles que querem ver tudo realizado hoje mesmo”; “que querem ver tudo a acontecer, em simultâneo, em todo o nosso Moçambique”, aqueles que “ignorando os processos que transcendem a nossa capacidade em recursos, quando as suas propostas não são realizadas, recorrem a artefactos atentatórios à unidade nacional, à harmonia e à convivência entre moçambicanos, e chegam mesmo a falar de vontade política do governo da Frelimo”, que “sofrem de conflitos internos”, entre outros.
Hoje, porque as críticas já não só vem de fora, como também de dentro do partido, o presidente da Frelimo, também se virou para dentro do partido, alertando os críticos internos do partido para “o risco de se marginalizarem, abandonarem o seu colectivo, os seus camaradas, as decisões dos órgãos, para reproduzirem as suas próprias ideias, pensando que estão a falar em nome” do partido.
Mais: Guebuza considera que “alguns querem aparecer como sendo melhores do que a própria Frelimo”. No entanto, não se refere a nenhum nome desses “alguns”, curiosamente, membros e seus subordinados no partido de que ele é o expoente máximo. Esta declaração, que aparece ao estilo de “fofocas”, deixa entender que na Frelimo a frontalidade de que se diz ter existido foi substituída pelos “dizem que…”, isto é, mais bisbilhotice do que frontalidade.
É preocupante para um partido da dimensão da Frelimo, quando o seu presidente faz declarações públicas reveladoras de que se suporta de bases de bisbilhotice, ao invés de usar os meios de que dispõe para chamar atenção aos seus subordinados para a necessidade de conter os seus ânimos nas suas aparições públicas.
Os pronunciamentos públicos de Guebuza são um sinal claro de que ele não dispõe de poder para impor ordem dentro do partido. São um sinal de desespero, demonstrativo de que ele perdeu o controlo da agenda do partido e dos seus camaradas.
Igualmente, Guebuza não só se apercebeu tardiamente de que o partido é tão grande que não cabe apenas nas suas mãos como também se apercebeu, tardiamente, de que alguns dos seus camaradas são tão poderosos do que ele. Também se apercebeu de que o seu esforço e intenção monárquica, não só foi infrutífera, como também dividiu o partido em alas.
As suas declarações públicas de que “há quem queira sugerir que existam duas ou mais Frelimos, é compreensível. Estão a tentar compreender um evento que está a percorrer, e que vai completar 50 anos, a partir da sua experiência pessoal, limitada e sem necessariamente olhar para este movimento, que só é movimento quando tem os seus membros unidos e a trabalharem para o mesmo propósito” são confirmativas de que existem, de facto, divisão no partido.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Descoberto mais gás na Bacia do Rovuma
A COMPANHIA Eni East África Moçambique anunciou ontem a descoberta de mais gás natural com reservas potenciais da ordem de 7.5 triliões de pés cúbicos (Tcf). Esta descoberta resulta do furo de pesquisa Mamba Norte-1, aberto na área 4 da Bacia do Rovuma.
Maputo, Quarta-Feira, 15 de Fevereiro de 2012:: Notícias

Com estes resultados, sobe para 30 Tcf a quantidade de reservas potenciais do Complexo Mamba da área 4. Muito recentemente, na sequência da perfuração do “Mamba Sul”, a companhia havia descoberto cerca de 22,5 Tcf de reservas de gás natural.
Aberto em águas profundas (1690 metros), o furo Mamba Norte-1 atingiu a profundidade total de 5330 metros e localiza-se a cerca de 23 quilómetros a norte do furo Mamba Sul-1, a 45 quilómetros da costa da província de Cabo Delgado.
Em comunicado recebido na nossa Redacção, o Instituto Nacional de Petróleos refere que nesta última descoberta foram encontrados 186 metros de areia saturada de gás natural do Oligoceno e Paleoceno.
Testes realizados após conclusão do furo Mamba Norte-1 confirmaram a sua elevada produtividade (cerca de um milhão de metros cúbicos/dia, devido a limitações de equipamento).
Esta é a primeira vez que no mar (off-shore) da Bacia do Rovuma são realizados testes num furo de pesquisa.
As actividades de pesquisa na área 4 prosseguem, estando neste ano prevista a abertura de cinco furos em prospectos e estruturas pré-identificadas para avaliar o potencial do Complexo Mamba.
Paralelamente, decorrem estudos de viabilidade de projectos combinados em larga escala de fornecimento de gás natural ao mercado nacional, regional e internacional (projectos de Gás Natural Liquifeito - GNL, produção de combustíveis líquidos, fertilizantes e outros projectos industriais).
São concessionários da área 4 da Bacia do Rovuma, cujo contrato de pesquisa e produção foi assinado em 2006, a Eni East África Moçambique (operador), com 70 porcento de participações, a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (10 porcento), GALP Portugal com 10 porcento e Kogas Coreia do Sul com 10 porcento.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Detido porta-voz dos desmobilizados, líder dos ex-combatentes acusa polícia de ameaças de morte

A situãção do nosso país está de mal a pior. Cada dia que passa é uma novidade surpreendente. Há muita mudança na governação mas para o negativo sempre. Sempre poem em causa a jovem democracia querida pelo pobre povo. Abaixo estão alguns comentarios de diferentes pessoas expressando o seu sentimento e desagrado desta detenção arbitraria e brutal. leiam e ponham o vosso comentario.........

Maputo, 14 fev (Lusa) - O porta-voz do Fórum dos Desmobilizados, Jossias Matsena, foi hoje detido pela polícia de Moçambique, no dia em que aquela associação pretendia realizar uma manifestação defronte do Ministério dos Antigos Combatentes.
Nas primeiras horas de hoje, os desmobilizados tentaram concentrar-se diante do Ministério que os tutela para "pressionarem" o Governo moçambicano a atender as suas exigências.
Mas, pelo caminho, Jossias Massena foi detido pela polícia e conduzido à cadeia da Machava, disse o próprio à Lusa via telefone a partir da penitenciária.
O grupo reivindica o pagamento de uma pensão mensal de 12.000 meticais (cerca de 300 euros) e pretende manter um encontro com o Presidente da República, que constitucionalmente é o comandante em chefe das Forças Armadas de Moçambique, que responde também pelos desmobilizados.
Na segunda-feira à noite, o porta-voz do Fórum dos Desmobilizados contactou a Lusa para denunciar supostas ameaças da direção da polícia a nível da cidade de Maputo, facto hoje também denunciado pelo líder do grupo Hermínio dos Santos.
Segundo Hermínio dos Santos acusou o comandante da polícia da Cidade de Maputo, Manuel Zandamela, de ameaçá-los de morte e de "deportação" para as províncias de origem.
Num encontro mantido na segunda-feira com Manuel Zandamela, "o comandante da polícia da cidade de Maputo disse que se fosse no tempo de Hitler nos deixa entrar (no Ministério dos Antigos Combatentes) e fuzilava-nos todos. Eu perguntei: agora já não é tempo de Hitler, o que vais fazer e ele respondeu: vamos ver amanhã (terça-feira)", contou Hermínio dos Santos.
Hoje, o líder do Fórum dos Desmobilizados diz ter chegado às 5:30 no Ministério dos Antigos Combatentes, "mas estava lá todo o contingente belicista da FRELIMO: a força de intervenção rápida, os fuzileiros navais e militares do ramo de exército".
Devido ao aparato, o grupo de desmobilizados decidiu suspender a manifestação, disse Hermínio dos Santos.
Em contacto com a Lusa, Manuel Zandamele disse não ter conhecimento da detenção de Jossias Matsena e recusou ter proferido ameaças ao líder do Fórum dos Desmobilizados.
"Eu não disse nada disso. Achas que eu vou falar de Hitler neste país?", questionou o comandante da polícia da cidade de Maputo, que, entretanto, confirmou o encontro com Hermínio dos Santos.
"Tivemos um encontro. Eu não estava sozinho. Eles vinham comunicar-nos que não vão fazer manifestações, inclusive pediram-nos proteção e a polícia está lá à espera deles. Nós não detivemos ninguém", disse Manuel Zandamela.
Em novembro, o porta-voz do Fórum dos Desmobilizados foi preso, presente ao Tribunal Judicial da Cidade de Maputo e absolvido dois dias após ser detido, num processo sumário que a Liga dos Direitos Humanos considerou "obscuro".
Jossias Matsena foi detido por polícias, "à saída da embaixada dos Estados Unidos da América, em Maputo", na posse de um documento de "incitamento à violência", no qual apelava aos "cidadãos e às embaixadas para se retirarem da capital do país" porque o Fórum queria "ajustar contas com o Governo".

MMT.
Lusa/Fim

Comentários
Esse Sr. Manuel Zandamela comandante da Policia sabe mesmo o que está a falar ou tinha bebido tetancao? Se bem que é mesmo verdade de que o nome de Hitler entrou nesse caso dos desmobilizados e os ameacar de os deportar para um lugar incerto é vergonhoso. Se fosse mesmo aqui na alemanha onde vivo um agente da ordem e lei a falar assim no dia seguinte arrumava a mesa dele para sempre. Esse lugar que o Sr. Zandamela está a responder por ele nao te merece. És totalmente incompetente penso que nem sabe bem quem foi o tal Hitler. Por para esse estilo de responsa´veis como o Sr. Zandamela nao merecem para ...

  • Masseve Nos tempos a Frelimo era o povo e hoje é do dono.
  • wanted por mim seria melhor resolver-se ess caso,e que seja esclarecido duma so vez.
  • camula Nao se brinca com o povo. sim voces sao dirrigentes porque respondem os problmas do povo. concordo plenamente que Manuel Zandamela proferiu sim essas palavras anti-democraticas. todos governos quando estao no poder abusam com o seu poder esquecendo que o povo nao e' algo abstrato. nao estou agitar a ninguem, mas digo que mocambique, com essa maneira de governar nao vai longe. o povo vai monstrar um dia que esta muito cansado pelo vosso tratamento e ja tolerou bastante mas ja chega. nao ha outra coisa que querem se nao calar o Jossias Mastena. esse governo que temos e' de ladroes, analfabetos, assassinos, corruptos. olha so, mundo esta em grandes revolucoes o que devia ser chamada de atencao para o governo mas pelo contrario eles tem tendencias de demonstrar que o povo nao e' nada, o pais e' da frelimo. cuidado patriotas amanha sera muito tarde para evitar o que podem evitar ainda hoje. o povo ve tudo o que voces fazem, sabe que o pais tem riquezas, o povo e' algo concreto.
  • Massingue Concordo muito bem consigo CAMULA. Todos esses que se alegam de serem dirigentes e abusam o povo em nome da Frelimo , um dia terao a vossa justica.
  • Massango Aqui nao se trata de agitarmos nada mas se bem que o Governo até o presidente é eleito pelo povo, agora porqué o governo abusa o povo que lhes elegeu? Meus irmaos, vamos sair da ignorancia e passividade. Eleger a Frelimo de hj é eleger os grandes gatunos. Samora Machel era um que poderia ter engordado mas morreu magro. Mesmo o Presidente Guebuza no tempo de Samora Machel tinha boa figura, era um homem elegante.Mas hoje está bem diformado sem enxagero ele tem duas barrigas.

Manuel de Araújo denuncia mau relacionamento com governo provincial

Edil de Quelimane indignado com directores provinciais.

Alguns membros do executivo não estão a colaborar com a sua governação, em caso de solicitação para esclarecimento de certos assuntos que carecem de explicação ou intervenção do governo.
O edil de Quelimane, Manuel de Araújo, mostra-se indignado com o comportamento de alguns membros do executivo de Itai Meque, designadamente directores provinciais, pelo facto de não estarem a colaborar com a sua governação em caso de solicitação para esclarecimento de determinados assuntos e situações que carecem de explicação ou intervenção por parte dos directores provinciais.

Segundo o edil daquela urbe, que não quis avançar nomes dos directores provinciais em causa, diz que tal acção deriva da falta de cultura e ignorância desses governantes, no capítulo da democracia.

Recorde-se que Manuel de Araújo é do MDM e conseguiu derrubar a Frelimo da gestão daquela autarquia, facto que causa atritos de ordem partidária. “Há directores que não sabem o que é descentralização e o que é democracia, onde começa o poder do edil do município e onde é que termina o poder do governo. Eles misturam tudo com diferenças políticas, e em democracia não é assim”, desabafou.

De Araújo diz não se conformar com este mal-estar. “A atitude destes directores deixa-me muito triste, mas, como sabe, eu sou professor de profissão e gosto de dar aulas, neste caso, vou dar aulas de democracia”, disse.

Recentemente, antes do arranque do carnaval, por exemplo, a edilidade decidiu que o palco para a abertura das cerimónias devia estar colocado bem próximo à praça da independência, e bem antes de iniciarem os trabalhos, o edil emitiu uma carta à direcção da educação e cultura da Zambézia para a coordenação das actividades, mas a mesma sequer foi respondida. Contudo, a direcção de Manuel de Araújo decidiu arrancar com a fixação do palco para o início do carnaval na referida praça, mas viu-se surpreendido com a presença massiva de agentes da Força de Intervenção Rápida (FIR), a impedirem que a acção continuasse, alegando que, no local, se encontra a estátua do presidente Samora Machel, que devia ter sido inaugurada em Dezembro do ano passado.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Portugueses escolhem Moçambique para fugir da crise


À busca de melhores condições vida
Todos os meses chegam mais portugueses a Moçambique, tentando num país em grande crescimento a saída para a crise na Europa. Segundo a consulesa-geral de Portugal em Maputo, Graça Gonçalves Pereira, actualmente “há mais chegadas de portugueses a Moçambique, mas é um movimento que não começou agora, já se verifica desde 2010”.
Desde há dois anos, o ritmo de entradas no país duplicou, refere a cansulesa, ilustrando a afirmação com os cerca de 120 a 140 registos por mês no consulado, contra as 60 a 80 inscrições que se verificavam anteriormente àquele ano. “Podemos dizer que actualmente chegam pessoas com todos os perfis e para todos os tipos de actividade”, que se instalam não só em Maputo, disse à “Lusa” Graça Gonçalves Pereira. De acordo com diversas estimativas, 25 mil portugueses vivem Moçambique, a maioria na capital do país.
Filipa Botelho, 28 anos, formada em Design Gráfico chegou à capital moçambicana, Maputo, no âmbito do INOV-Art, um programa de estágio no estrangeiro, promovido pelo extinto Ministério da Cultura português.
Quando concorreu ao programa não teve opção de escolher nem o país, nem a empresa onde iria estagiar, mas “por muita sorte” foi parar em Moçambique. “Olhando para a minha experiência profissional em Portugal, sinto-me mais realizada profissional e pessoalmente em Moçambique”, afirma.
“Confesso que nunca pensei ter uma empresa nesta idade. Oficialmente abri a minha empresa em dezembro”, aliás, “foi a minha prenda de Natal a mim mesmo, quando recebi o alvará”, conta, sorridente.
Fonte económica local disse à Lusa que o número empresas portuguesas “tem vindo a aumentar” no país.
“A grande afluência tem sido as empresas de construção civil, metalomecânica, imobiliária e hidráulica, ramos de actividades muito ligados aos investimentos necessários para o desenvolvimento de Moçambique”, disse a mesma fonte.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

PGR defende "capacidade efetiva" para combater nova criminalidade

10 de Fevereiro de 2012, 14:20

Maputo, 10 fev (Lusa) - O Procurador-Geral da República (PGR) moçambicano disse hoje que o país precisa de "uma capacidade efetiva" contra a ocorrência de novas modalidades de crimes, incluindo contra as pessoas, mas evitou apontar a onda de raptos que assola Maputo.
Na quinta-feira, mais uma pessoa, da comunidade ismaelita e com familiares ligados a empreendimentos da Fundação Agha Khan, foi sequestrada em Maputo, subindo para 13 o número de cidadãos de origem asiática raptados nos últimos meses.
As vítimas são restituídas à liberdade mediante o pagamento de elevadas quantias de dinheiro e nenhum dos casos até agora ocorrido teve esclarecimento por parte da polícia.
As autoridades suspeitam do envolvimento de dois dos seis condenados na morte do jornalista Carlos Cardoso nos raptos, tendo transferido os suspeitos da cadeia de máxima segurança da Machava, arredores de Maputo, para celas do comando da polícia, no centro da capital.
O PGR moçambicano, Augusto Paulino, afirmou hoje serem preocupantes os novos tipos de crimes que estão a surgir no país, principalmente contra as pessoas, património público e segurança do Estado.
Augusto Paulino falava a figuras do sistema judicial moçambicano convidados à apresentação das novas instalações da Procuradoria-Geral da República, construídas com financiamento chinês.
"Todos estes crimes desafiam a nossa capacidade de resposta, o que exige de nós, moçambicanos, capacidade de resposta efetiva", enfatizou Augusto Paulino.
O caráter transnacional da nova criminalidade, considerou o PGR moçambicano, torna premente a cooperação internacional, sendo por isso essencial a ajuda de países parceiros nas diversas organizações de que Moçambique é membro.
"Temos de estar entre os lugares cimeiros ao nível da eficácia da procuradoria na África Austral e tal só podemos alcançar com uma Procuradoria competente, robusta e responsável", sublinho Augusto Paulino.

PMA.

Carnaval em Quelimane: Braço de ferro entre o Governo e Município

Apesar de desde a Independência o carnaval acontecer na Praça da Independência, este ano o mesmo será realizado na Praça dos Trabalhadores, onde está erguida a estátua de Samora Machel, pois o Governo recusa-se a autorizar o uso da Praça da Independência para o efeito.

No local, um forte aparato policial foi destacado para garantir que os foliões nao passem pela praça e, o Governo diz que foi encontrado em contrapé e que o Município não emitiu nenhum pedido de uso da Praça da Independência.

Entretanto, apesar do braçao de ferro entre o Governo e o Município, o vereador para área do Desporto e Recreção, Almeida Colaço, disse que o evento que é pratica há anos nesta cidade terá lugar e que, todas as precauções serão tomadas para a protecção da estátua...

Mangal da Costa do Sol: “Poderosos” desautorizam Simango

 Um conjunto de edifícios está a ser construído sobre os mangais da Costa do Sol, na cidade do Maputo ameaçando uma área natural de extrema importância do ponto de vista do equilíbrio do ecossistema.

Segundo escreve o jornal Notícias, a obra desenvolve-se sem a placa na qual deviam constar informações relevantes, tais como a natureza das edificações em curso, os proprietários, engenheiros responsáveis, prazos de execução, o número da licença de construção, entre outros itens obrigatórios.

Os edifícios estão a ser erguidos numa área onde recentemente o Conselho Municipal do Maputo demoliu 21 residências de luxo das 28 construídas numa zona protegida.

Informações avançadas na ocasião indicavam que os proprietários não acataram as sucessivas ordens de embargo, nem sequer se apresentaram ao Conselho Municipal. Abordado sobre as obras ora em curso, Victor Fonseca, vereador municipal de Infra-Estruturas, disse ao Notícias que mandaria uma equipa técnica à Costa do Sol para averiguar possíveis irregularidades.

Segundo o vereador, só o facto de não haver uma placa indicativa das obras já e uma irregularidade.

Para a implantação das infra-estruturas, os empreiteiros estão a aterrar a zona com a colocação de grandes volumes de terra e de entulho sobre os mangais.

Esta era a linha de mangal que resistiu a evasão dado que em outras áreas a mesma já não existe. Aquela vegetação era visível em quase toda a linha costeira da capital até à foz do rio Incomáti em Marracuene, mas tem estado a desaparecer de forma acentuada, dando lugar a edifícios de luxo.

A vereadora do Distrito Municipal Ka Mavota, Estrelinda Cossa, defende que a vegetação não é destruída pelos residentes da sua área de jurisdição, mas por pessoas poderosas.

Segundo o Centro de Desenvolvimento das Zonas Costeiras, os mangais constituem formações de reconhecida riqueza, tendo um papel importante na regulação do meio ambiente e um alto valor económico sendo dos ambientes mais específicos e importantes que existem.

É neste ecossistema que a matéria orgânica é transformada e transferida para os recifes de coral e tapetes de ervas marinhas para o alimento dos peixes. Também têm funções de "limpeza" da água que é drenada da terra para o mar e é neles que se reproduzem as espécies marinhas, como é o caso do camarão.

Professor historiador alemão recusa dar entrevista com medo da Frelimo

(2012-02-07) É um caso insólito que mostra como a massa crítica neste país está “acorrentada” ao partido no poder, a Frelimo.

Na tarde de domingo, telefonámos ao Professor Doutor, historiador alemão e docente universitário na UEM, Gerhard Liesegang, para lhe solicitar uma entrevista sobre os “50 anos da FRELIMO”. O docente recusou-se a conceder-nos a entrevista com uma justificação inédita: “Não quero falar do meu patrão que me dá emprego”, disse o historiador.

Gerhard Julius Liesegang, com grau de PhD, é Professor Auxiliar associado ao Departamento de História da UEM. Está em Moçambique desde a década de 1970. Para além de diversas publicações científicas, tem aparecido na Imprensa a partilhar a sua opinião sobre diversos factos históricos do país. Foi nesta perspectiva que o contactámos para lhe pedirmos a sua opinião acerca dos epopeicos “50 anos da FRELIMO”, cuja celebração está previsto que dure todo este ano e se iniciou na passada sexta-feira, dia três de Fevereiro.

Queríamos saber, na essência, se os 50 anos em celebração são do Partido Frelimo fundando em 1977, com orientação marxisista-leninista, ou da FRELIMO – Frente de Libertação de Moçambique – o movimento histórico fundado em 1962 para lutar contra a dominação colonial. A análise de um historiador e particularmente de quem conheceu as coisas por dentro, achamos interessante trazer aos nossos leitores, longe de imaginarmos a resposta que iríamos receber deste intelectual.

Liesegang mostrou-se indisponível a abordar o assunto. Primeiro alegou que seria “melhor procurar um historiador da Frelimo para falar do assunto”. Insistimos que precisávamos de uma opinião independente e não de alguém ligado directamente a um partido político e acreditávamos que pelo conhecimento histórico que carrega ele poderia ser a pessoa certa. Foi daí que veio a curiosa resposta final.

“Não posso falar do meu patrão. Falar dos 50 anos da Frelimo estaria a dar opinião sobre o meu patrão que me dá emprego. Não posso discordar com o que eles (da Frelimo) dizem”, disse o professor de História, na Universidade Eduardo Mondlane.

Explicámos ao docente que ele é funcionário da universidade pública e não do partido Frelimo, mas Liesegang insistiu fundamentando que não se sente à vontade para emitir opinião discordante da Frelimo: “As ligações (entre a Frelimo e a UEM) são tão fortes que não há diferença entre uma e outra instituição”, disse.

Posto isso, nada mais nos restava senão agradecer a disponibilidade que teve para nos atender e a sua franqueza em esclarecer por que razão não pode emitir opinião contrária à da Frelimo.

A batalha pelo carvão moçambicano


O Japão pediu, esta semana, que lhe sejam concedidas rapidamente licenças para explorar carvão e petróleo e prometeu construir, em troca, infra-estruturas.
Não é por acaso: os gigantes Brasil, EUA, Itália, Índia, África do Sul e Canadá já estão em Moçambique. Querem carvão e gás para alimentar a indústria e superar a crise.
Esta semana, o governo japonês veio a Moçambique solicitar a concessão de minas para a exploração do carvão e gás natural, recursos que estão a ser explorados e a atrair a atenção de grandes multinacionais a nível mundial.
A entrar na corrida à exploração de recursos energéticos nacionais, as empresas japonesas vão juntar-se a empresas como a brasileira Vale – a segunda maior mineradora do mundo –, à multinacional anglo-australiana Rio Tinto, às indianas Essar Group, JSPL, etc, às britânicas Ncondezi Coal Company e ENRC, a Eta Star (Dubai), a americana Anadarko, entre outras representantes de países como Canadá, Austrália, Noruega, Malásia e Índia.
Para entrar no panorama mineiro nacional, uma comitiva japonesa, representada pelo vice-ministro da Indústria, Comércio e Economia japonês, Tandahiro Matsushita, apresentou o seu pedido directamente ao Presidente da República, Armando Guebuza, manifestando o desejo de que a sua entrada na corrida à exploração daqueles recursos energéticos aconteça “o mais breve possível”.
O japão, uma das poucas potências económicas mundiais que não estão a explorar os recursos energéticos de Moçambique, está representado apenas pela Nippon Steel, uma empresa que está a trabalhar na prospecção de carvão em Moatize, província de Tete, e que aguarda a atribuição de licença para iniciar a exploração deste recurso.
Em relação ao gás natural, o Japão refere que “há muitas empresas japonesas que já mostraram interesse”.
A resposta do Governo à solicitação do Japão ainda não é conhecida – pelo menos formalmente – mas, o sinal de que o executivo moçambicano está a levar o assunto a sério é o deslocamento, àquele país, da ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias,  na próxima semana, seguindo-se o primeiro-ministro, Aires Ali, no fim deste mês, onde vai manter contactos com as autoridades japonesas, bem como participar nas negociações de um tratado de investimentos e elaboração de uma declaração conjunta de minuta de cooperação.
Entretanto, os japoneses apresentam o seu pedido pouco mais de uma semana após fazerem uma doação de mais de 19 mil toneladas de arroz a Moçambique, quantidade avaliada em 970 milhões de yenes japoneses, que equivalem a 970 milhões de dólares norte-americanos (pouco mais de 270 milhões de meticais ao câmbio actual). Trata-se de um apoio inserido no quadro de uma série de programas que aquele país asiático tem concedido ao nosso país para garantir a segurança alimentar.
Planos de investimento
Na ocasião, o governante japonês referiu que o interesse do seu país não é só extrair carvão, “mas também queremos reabilitar infra-estruturas, formar quadros moçambicanos e contribuir para a geração de emprego, contribuindo para o desenvolvimento de Moçambique”. Assim, o Japão pretende reabilitar a estrada entre Tete e Nacala e o Porto de Nacala (num investimento de 270 milhões de dólares), sendo que ainda está por desenhar um pacote de investimentos.
O Japão tem uma presença indirecta nos projectos de pesquisa, prospecção e exploração de hidrocarbonetos, com a participação da empresa japonesa Matsui, que detém 20% na concessão da Área 1 da Bacia do Rovuma, maioritariamente detida pela norte-americana Anadarko.

sequestros-poe-a-nu-incapacidade-e-falencia-da-pic.

Novo fenómeno criminal abala capital do país.
O comandante geral da PRM, Jorge Khálau, disse, semana finda, em declarações ao semanário Canal de Moçambique, que alguns dos sequestros, cujas vítimas não os participam às autoridades policiais, podem não ser verdadeiros, e que alguns dos empresários alegadamente raptados podem estar a usar este subterfúgio para traficar valores monetários para fora de Moçambique.
A saga de sequestros continua! Mais uma pessoa  de origem asiática foi, esta quarta-feira, raptada. De acordo com o comunicado do Comando Geral da PRM, o sequestro aconteceu por volta das 20h45, na avenida Mao Tsé Tung, na esquina com a avenida Amílcar Cabral, quando a cidadã em causa viajava numa viatura, na companhia do seu esposo. De acordo com a descrição da polícia, os sequestradores, que iam numa outra viatura, simularam um acidente, embatendo na parte traseira da viatura em que viajava o casal.
No processo de abordagem pelo condutor da viatura que sofreu o embate, terão saído quatro indivíduos, que forçaram o desembarque da sua esposa para a viatura dos sequestradores, pondo-se de seguida em fuga. 
Ao que “O País” apurou, trata-se da sogra do um proeminente empresário de origem asiática, dono do grupo Africom.
Perfil dos sequestrados
Desde que os sequestros iniciaram, na cidade de Maputo, há sensivelmente cinco meses, o modus operandi  dos sequestradores é quase o mesmo: sequestros de empresários de origem asiática com sinais exteriores de prosperidade ou seus familiares directos. Depois, ligar horas mais tarde à família exigindo o pagamento de resgate. Os valores rondam entre 500 mil e dois milhões de dólares. Em todos os casos, os sequestradores advertem os familiares das vítimas para não entrarem em contacto com a polícia, sob pena das vítimas nunca mais voltarem ao convívio familiar.  Em todos os casos de sequestro até aqui tornados públicos, o nosso jornal sabe que, para a libertação das vítimas, houve pagamento de resgate. Mesmo no caso dos dois empresários da mesma família que foram soltos na última quarta-feira, isto é, depois da transferência de Nini Satar e Vicente Ramaya -tidos como principais cabecilhas dos sequestros - da BO para as celas do comando da PRM da cidade, houve pagamento de resgate.
Khálau desvaloriza sequestros
Naquela que foi a sua posição pública sobre o assunto, o  comandante geral da PRM, Jorge Khálau, disse, semana finda, em declarações ao semanário Canal de Moçambique, que alguns dos sequestros, cujas vítimas não os participam às autoridades policiais, podem não ser verdadeiros, e que alguns dos empresários alegadamente raptados podem estar a usar este subterfúgio para traficar valores monetários para fora de Moçambique.
Jorge Khálau interroga-se das razões que levam empresários a guardarem, nas suas casas, elevadas quantias de dinheiro, em vez de usarem as instituições bancárias para o efeito.
As declarações de Khálau indignaram a comunidade moçambicana de origem asiática, que depois escreveu uma carta, enviada aos órgãos de comunicação social, onde, para além do repúdio às declarações de Khálau, se suspeitava do envolvimento da polícia com os sequestradores.
Diz a carta, numa das suas passagens, que “a comunidade asiática tem vindo, nos últimos tempos, a sofrer raptos por quadrilhas supostamente organizadas e de certa forma protegidas, onde se pode suspeitar a protecção policial de alto nível, bem como de pessoas poderosas, pois não percebe o enorme silêncio em volta destes acontecimentos”.
Mais: numa conferência de imprensa, o porta-voz do comando geral da PRM, Pedro Cossa, descartava supostos ajustes de contas protagonizados por comerciantes moçambicanos de origem asiática. Dizia, Khálau, que este tipo de crime (sequestros) não era típico de moçambicanos, mas sim de pessoas estrangeiras.
“Não estão a tomar conta do recado”
Apesar das chefias policiais estarem a desdobrar em declarações públicas para transmitir uma imagem de estarem a controlar a situação dos sequestros, o facto é que nada de concreto foi apresentado. Aliás, ontem, durante o jornal da noite da Stv, o ex-director da Polícia de Investigação Criminal (PIC), António Frangoulis, disse que as chefias policiais devem concentrar-se mais na investigação e não na retórica, e disse que está visível a incapacidade da polícia em fazer face a este novo fenómeno criminal.
“Não quero dizer que a polícia não esteja preparada, mas não está a 100%. Este fenómeno começou no ano passado, mas não se agiu, ou fez-se ouvidos de mercador. Veja que não está constituída uma brigada ou gente preparada para lidar com estas situações. A verdade é que a polícia não tem tomado conta do recado”, disse Frangoulis. 
A propósito da incapacidade da Polícia de Investigação Criminal em fazer face a este tipo de crime, o próprio procurador-geral da República, Augusto Paulino, reconhecera, no seu último informe, que a PIC estava morribunda. “Sem uma PIC competente, eficaz e cientificamente preparada, de nada vale o dinamismo que se consegue em todas as áreas da administração da Justiça”, sublinhou Augusto Paulino
Na verdade, vários sectores de opinião têm vindo a defender a transformação urgente da PIC numa polícia judiciária subordinada ao Ministério Público. Infelizmente, o forte lobbie dos generais da polícia tem dificultado estes avanços.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Em terra que é nossa

Este artigo não é da minha autoria, tirei dum blog. Achei muito interessante e pensei em colocar no meu blog para os outros que não têm acesso ao outro possam ler. É pensamento daqueles que os que não querem ouvir a verdade diriam que é uma difamação ou profetas da disgraça como sempre disseram. então leia o que segue.
Aqui, onde nosos pais nasceram, onde nossos antepassados viveram e morreram;
A terra que beijamos enquanto bebés, terra que é nossa, que nos viu nascer para a qual suamos;
aqui, nesta terra, gostariamos de ser livres para falar, livres para cantar, livres para contar o passado da nossa historia, livres para escolhermos o partido politico que alimenta nossas conviccoes e para selecionarmos as propostas que achamos mais convincentes para o nosso futuro e dos que virao depois de nós;
Livres para fundar nossas empresas, livres para fiscalizarmos as nossas contribuições, livres para dizermos que “isso não é serio e não nos ajuda para nada”, livres para escolhermos os nossos amigos e ser acompanhados por aqueles com quem simpatizamos independentemente de sua cor partidaria ou de suas conviccoes quaisquer que sejam (desde que não lesem a consciencia moral e o bem comum);
Mas é aqui onde somos obrigados a dizer “Sim, Senhor” e a engolir sapos por estas gargantas já ressequidas de tanta ânsia de gritar pela liberdade; temos que obedecer cegamente aos senhores do senhorio “terra nossa” que já nos perderam de controle e nos confundem com inimigos quando pensamos diferente e nos encarceram quando simpatizamos com outras ideologias e nos conotam de “reaccionarios” quando lhes dizemos que estao indo por um caminho que carece de endireitamento; e nos expulsam do aparelho do estado quando querem, e nos impedem de abrir nossos negocios enquanto não sacarem beneficio particular disso; e nos obrigam a escrever somente o que eles gostam; e nos fazem reprovar a seu belprazer; e, como se isso nao bastasse: aparecem ao público para negar seus feitos esses mesmos de que se orgulham ser “quem fez e qem faz”.
Nesta terra, já teriamos muitas micro e pequenas empresas e combateriamos a pobreza sem depender de emprestimos ardilosos dos quais nos prometem levar a cadeia por uns dinheirinhos, enquanto eles malgastam avultadas somas e ficam imunes; eles dilapidam bens do estado e são nossos pais, titios e irmãos que respondem criminalmente em lugar deles.
Eles e nós, todos nascemos aqui, mas eles nos levaram a dianteira  e se fizeram senhores de nós; e se fizeram detentores dos beneficios e nós das obrigações, eles têm os direitos e nós os deveres, mas
Nós também somos daqui!