"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



segunda-feira, 27 de junho de 2011

CADA UM É PRODUTO DO SEU PRÓPRIO TEMPO


O titulo que coloco para este artigo pode parecer desproporcionado  e desconcertante a primeira vista. No entanto, quis que partindo disto todos cheguem a compreender que é necessário recuperar os nossos valores éticos, morais, humanos, culturais,,….. ou seja, eu escrevo para provocar a reacção da gente para que juntos lutemos para o bem estar do nosso lindo Moçambique.
“Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, então, porque amamos as coisas e usamos as pessoas?”

Cada um é produto do seu próprio tempo. É verdade que não devemos ser escravo do passado e de lembranças tristes, ou seja não devemos mexer na ferida que está a cicatrizada tão pouco memorizar dores e sofrimentos antigos porque o que passou, passou…. No entanto, algumas vezes é necessário voltar ao passado para resgatar os bens das nossas origens que são os valores humanos que dignificam a nossa raça.

Se todos nós entendemos que de facto Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, então procuremos todos de mãos regressar ao passado para resgatar aquilo que os nossos predecessores nos deixaram que constitui um bem e uma riqueza para todos nós.  Os nossos antepassados deixaram nos uma grande herança humana e cultural.

Até aos meus 25 anos as pessoas se respeitavam, os adolescentes, jovens e adultos sabiam cada um colocar se no seu lugar duma forma respeitosa e responsável e não submissa.  Sabiam escutarem se; os pais, os avós tinham tempo ou procuravam um momento para falar com os mais novos e contar histórias e contos que criava curiosidade aos jovens para aprender mais. Daqui chegavam a dar-lhes ensinamentos relacionados a ética e boa convivência. 
Todos tinham o sentido de família e porque sabiam que o problema de um afectava toda a comunidade então todos cuidavam a todos. Os mais novos recebiam ensinamentos e educação de toda a comunidade. Assim havia harmonia, respeito, tranquilidade, paz e sem ir a escola a pessoa sabia o que eticamente aceitável ou não segundo o juiz da comunidade….
Hoje tudo caiu e faz muita falta a nossa linda pátria moçambicana. Há uma falta de ética duma forma generalizada que torna-se ridículo falar de civismo ou moral. Isto contribui de maneira muito negativa todo o processo ensino e aprendizagem. O professor não tem poder sobre os alunos e como resultado muitos deles não conseguem controlar os alunos e associado com os números elevados dos efectivo das turmas, torna um “inferno” ser professor.

Os pais hoje em dia deixam toda responsabilidade de educação e ensino aos professores que muitas vezes quando são chamados a escola para lhes darem a conhecer o comportamento dos filhos queixam se de falta de tempo e não vão. Ai o professor é visto e reconhecido no fim do ano quando é para o aluno que durante o ano não estava ou faltava tem que passar de classe. 
Falar de respeito, dos princípios morais, é uma perca de tempo. Em muitos casos os desposáveis disto tudo são os pais e o estado que protege as crianças duma maneira não educacional e proporciona o mau comportamento.
Hoje a simulação chama mais atenção do que o real, profanam tudo até o sagrada já não se respeita. Há que distinguir bem a diferença entre a modernidade, a civilização e a globalização. Estar na moda não é andar meia nua, não é sinonimo de fazer aquilo que quero, onde, quando e como quero, tão pouco significa não respeitar-se e as pessoas ou obrigar os outros a ver aquilo que não gostariam de ver.
Deixemos que África seja sempre África procurando desenvolver e sair da pobreza absoluta mas conservando os valores de boa convivência: respeito, escuta, boa apresentação em lugares públicos, solidariedade,.… não permitamos que enquanto conhecemos os princípios morais vivamos como amorais ou sejamos imorais.

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