"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sábado, 2 de julho de 2011

OS 7 MILHÕES E O DISTRITO



Faz alguns anos que o Estado Moçambicano descobriu que para diminuir a pobreza absoluta que assola o país era necessário tomar o Distrito como o Pólo de Desenvolvimento. Para levar acabo esta iniciativa, o Estado colocou os vulgos 7 milhões para ajudar a população a sair da miséria através de um empréstimo monetário para iniciativas de micro projectos. E também começou a enviar estudantes universitários para uma experiencia profissional para diminuir a mentalidade de que depois de terminar a faculdade tem que estar na cidade. Graças a Deus estas iniciativas estão a surtirem efeitos positivos. Esta iniciativa dos 7 milhões nem a oposição politica nem a população se opôs.

Passados alguns anos desde a sua implementação, muita coisa aconteceu. Claro coisa boa e coisa má como é natural. Alguns que tiveram a sorte tornaram se e outros estão a se tornarem pequenos empresários nos distritos. Outros com pouca iniciativa e com pouca sorte viram os seus projectos reduzidos a zero o que lhes levou a não honrarem o compromisso do empréstimo que era de devolver o valor emprestado.  Nisto acontece muito mais com as pessoas com projectos agrícolas. Uma vez que depende sempre de chuva que muitas vezes é caprichosa, muitos casos o esforço não é recompensado.
 Nisto também acontecem casos de corrupção relacionados com este valor, pois alguns são dados valores inferior que pediu mas nos papeis oficiais arquivados vem o valor mais alto e muitos outros casos.

Este foi um bom plano e bem pensado para medicar a miséria do nosso país. No entanto, dentro disto aparece pessoas de má fé para estragar e fazer parar tudo. Nos últimos meses ouve se falar que as pessoas que não devolveram este valor de empréstimo serão levados a cadeira de réus e dependendo das circunstâncias a prisão. Mas não se fala, ao menos nunca ouvi que algum administrador ou funcionário ligado a corrupção neste valor foi ou vai ser ouvido e dependendo das circunstâncias a prisão.

A questão que inquieta ao povo aqui é: porque somente os pobres que tentaram sair da miséria e que o projecto não deu certo vão ser levados a prisão e não os gulosos que levam montantes avultados do estado e nunca devolvem?  Será que podiam dizer a população, ou melhor, justificarem a questão do Grupo Mecula, que foi por algum tempo a maior frota de transporte terrestre do Norte do país, quanto dinheiro já devolveu até agora?

É muito melhor em alguns casos evitarmos coisas que depois podem nos trazer conflito ou ma estar, porque muitas vezes nos equivocamos em pensar que por não falar, o povo não sabe nada o que acontece entre os grandes do nosso estado Moçambicano.  Esta é uma coisa por reflectir antes de levar esses pobres a prisão, porque assim será aumentar a miséria das famílias e muita criançada  a abandonarem a escola porque devem procurar o seu sustento ou na machamba ou nas ruas.

O que podemos fazer é encontrar um meio termo para corrigir essas pessoas e dar uma boa educação cívica no uso deste bem comum, para que saibam que ao não devolverem prejudicam não só a eles mas também aos outros que iriam se beneficiar dele. Do outro lado, enquanto continuar a onda de corrupção as populações também vão desleixarem-se e alguns até farão de propósito, por saber que o chefe x, y, k….. roubou e nunca fizeram nada com ele.
Unamos os esforços para o nosso bem. Diminuamos a corrupção para que os outros não nos imitem duma ou de outra forma, porque é isto que faz parar o desenvolvimento do país.

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