"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



quinta-feira, 12 de abril de 2012

Estudantes moçambicanos na Argélia perdem bolsa e regressam ao país

Zeferino Martins, ministro da Educação
Governo responde aos bolseiros grevistas.
Zeferino Martins já havia alertado após a manifestação. Esta medida surge porque, no entender do governo, a atitude dos grevistas não é dignificante para os estudantes moçambicanos, sobretudo de ensino superior.
O ministro da Educação, Zeferino Martins, diz que os estudantes moçambicanos que estão na Argélia vão perder a bolsa e regressarão ao país por causa do seu comportamento. Esta medida abrange aqueles estudantes tidos como promotores da ocupação da embaixada, mês passado, durante quatro dias, alegando maus tratos perpetrados pelas autoridades moçambicanas. Os estudantes bolseiros, lembre-se, reclamavam a exiguidade do valor de subsídio mensal de 150 dólares.
Zeferino Martins diz que o estudante que quiser continuar naquele país deverá assinar um termo de compromisso, no qual assume adoptar uma postura responsável e um comportamento dignificante para um estudante que se diga moçambicano do ensino superior.
“O estudante moçambicano tem a obrigação de pautar por um bom comportamento, apresentar bons resultados académicos, participar nas actividades sociais académicas promovidas pelas instituições de tutela e respeitar os regulamentos internos da instituição onde frequenta”, disse Zeferino Martins, falando ontem, na Assembleia da República, no primeiro dia da V sessão ordinária, virada para as perguntas ao governo.
Com estas palavras, o titular da pasta de educação quer colocar ponto final aos desmandos causados por um grupo de estudantes naquele país.
O dirigente explica que para além de se terem concentrado na embaixada sem aviso prévio, perturbando a ordem no local, ocuparam as instalações, fechando a entrada com o objectivo de fazer de refém o embaixador, bem como o seu ministro conselheiro e uma funcionária da embaixada. também paralisaram o funcionamento pleno daquela representação diplomática durante quatro dias, com argumentos até aqui desconhecidos.
Durante a manifestação, todas as tentativas de diálogo encetadas pelo embaixador redundaram em fracasso. E mais, não aceitaram dialogar, telefonicamente, com o director do Instituto de Bolsas de Estudo, Octávio de Jesus, e escusaram-se de escolher um grupo representativo para dialogar com o embaixador.
Por ter se constatado que este comportamento não dignifica os moçambicanos, e nem deve ser a postura dum estudante a frequentar o ensino superior, o governo decidiu manter as medidas tomadas para garantir mais respeito por parte desta classe.
 Assim, “os estudantes promotores da ocupação da embaixada perdem a bolsa de estudo e vão regressar ao país. Todos os estudantes que quiserem continuar na Argélia devem assinar um termo de compromisso em que aceitam adoptar uma postura responsável e digna para estudantes moçambicanos”.

Sem comentários:

Enviar um comentário