14/10/2019
O Presidente da República, Filipe Nyusi, que se recandidata a um segundo mandato pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), tem votação agendada para a hora de abertura das urnas, segundo anunciou hoje a Comissão Nacional de Eleições (CNE).
O chefe de Estado é o primeiro a votar, às 07:00 (menos uma hora em Lisboa) na Escola Secundária Josina Machel, em Maputo, de acordo com uma lista disponibilizada hoje pela CNE com o horário de votação dos órgãos de soberania e dos dirigentes dos partidos políticos.
A segunda figura do Estado, a presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, vota uma hora depois noutro ponto da cidade, na Escola Secundária da Polana - local onde o primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário deverá votar pelas 08:30.
Quanto aos outros líderes partidários e candidatos à presidência, Ossufo Momade, presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, vai votar em Nália, Ilha de Moçambique, 1.500 quilómetros a Norte de Maputo, pelas 08:00.
A meio caminho, na cidade da Beira, cerca de 700 quilómetros a Norte da capital, o candidato presidencial Daviz Simango, presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), tem votação marcada para as 08:15 nas instalações da Unizambeze, instituição de ensino superior.
Mário Albino, candidato a presidente por um partido sem representação parlamentar, a Ação do Movimento Unido para a Salvação Integral (AMUSI), vota em Nampula, principal cidade do Norte e a única onde apresentou as suas propostas, pelas 08:30.
Os anteriores chefes de Estado vão votar em Maputo: Armando Guebuza deverá estar pelas 08:00 na Escola Primária 03 de fevereiro, enquanto Joaquim Chissano é esperado às 09:30 na Escola Secundária da Polana.
A votação vai decorrer em todo o país das 07:00 até às 18:00, sendo que cada mesa de voto só encerra quanto for atendida a última pessoa que àquela hora estiver na fila para votar.
Haverá 20.162 mesas de voto em território moçambicano, mais 407 no estrangeiro.
Está previsto que cada mesa seja assistida por sete membros, quatro recrutados pelo órgão e três indicados pelos três partidos com assento parlamentar, nomeadamente Frelimo, Renamo e MDM.
A CNE anunciou já ter credenciado cerca de 19 mil observadores, havendo ainda pedidos pendentes.
Um total de 13,1 milhões de eleitores moçambicanos vão escolher na terça-feira o Presidente da República, 250 deputados do parlamento, dez governadores provinciais e respetivas assembleias.
As sextas eleições gerais de Moçambique contam com quatro candidatos presidenciais e 26 partidos a concorrer às legislativas e provinciais, sendo que só os três partidos com assento parlamentar no país (Frelimo, Renamo e MDM) concorrem em todos os círculos eleitorais.
LUSA – 14.10.2019
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