12/10/2019
Partidos políticos em Moçambique dizem que as redes sociais estão a ser canais mais eficazes para disseminar manifestos eleitoriais.
Os partidos políticos concorrentes às eleições gerais da próxima terça-feira (15.10.) em Moçambique consideram que as redes sociais estão a ser canais mais eficazes para disseminar manifestos eleitorais.
Alguns partidos afirmam que os seus manifestos chegam em tempo útil ao eleitorado comparativamente aos meios de comunicação tradicionais.
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Um artigo do economista Joseph Hanlon, indica que só no Facebook a FRELIMO tem mais de 77 mil seguidores, a RENAMO com 16 mil e o MDM, Movimento Democrático de Moçambique, e a Nova Democracia com mais de 11 mil seguidores.
O WhatsApp como preferência
A RENAMO, segundo o mandatário do partido, Venâncio Mondlane, as cidades e arredores são as que estão fortemente ligadas às redes sociais, com destaque para o WhatsApp. "Porque o é muito abrangente e mesmo aqueles que não têm acabam por estar ligados através de um amigo que no momento do convívio partilha a informação", disse Mondlane.
As redes sociais são, ainda segundo Mondlane, um alívio para os partidos cujos manifestos eleitorais não são divulgados nas televisões, jornais impressos e rádios. "Sendo assim é muito positivo e pertinente usar as redes sociais, sobretudo os partidos da oposição que têm black out nos órgãos de comunicação públicos.”
Partidos com várias contas
O Movimento Democrático de Moçambique, criou várias contas no Facebook e grupos no WhatsApp para partilhar os conteúdos eleitorais, segundo Adérito Mapera, delegado político do partido na capital, Maputo.
"Está bem nas redes sociais mas no campo as coisas são diferentes porque temos sido perseguidos pelo partido no poder que atrapalha a nossa campanha eleitoral”, afirma Mapera.
Por seu turno, o académico Egídio Vaz considera ser óbvio o recurso às redes sociais por parte dos partidos políticos e dá exemplos.
"Os comícios não chegam a todos e para as pessoas saberem como foi o evento recorrem às redes sociais. As pessoas gravam e veiculam a informação em vídeos, audios e em textos,” sublinha Egídio Vaz.
O analista nega que os partidos, sobretudo da oposição, recorram às redes sociais porque os seus manifestos eleitorais não são veiculados nos órgãos de comunicação social tradicionais, como rádios, jornais impressos e televisões.
Mas, Vaz explica que os conteúdos dos partidos são veiculados nos órgãos de comunicação públicos e "na melhor das hipóteses com igualdade de oportunidades”.
Refira-se que a campanha eleitoral em Moçambique termina neste sábado (12.10.) e a votação acontece na terca-feira, dia 15 de outubro.
DW – 11.10.2019
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