10/10/2019
Membro da polícia comunitária é acusado de ter assassinado um simpatizante da RENAMO na província moçambicana de Inhambane. A polícia diz que está à procura do autor do crime.
Moisés Pedro Muabsa, jovem de 33 anos de idade e membro do partido da Resistência Nacional de Moçambique (RENAMO) foi assassinado no passado dia 7 de outubro, no povoado de Pambara, distrito de Vilankulo, em Inhambane.
António Chulu, uma das testemunhas presentes no local do crime, disse à DW África que Moisés Pedro Muabsa foi esfaqueado na calada da noite por um agente da polícia comunitária, que está agora em fuga.
António Chulu, uma das testemunhas presentes no local do crime, disse à DW África que Moisés Pedro Muabsa foi esfaqueado na calada da noite por um agente da polícia comunitária, que está agora em fuga.
"Mas quem esfaqueou foi um membro do policiamento comunitário. Este, fugiu logo que fez aquilo.... desapareceu. Acho que já tinha instruções para fugir”, disse Chulu.
Ameaças de desconhecidos
José Manteigas, porta-voz nacional do partido RENAMO, revelou que dois dias antes de ser assassinado, Moisés Pedro Muabsa foi ameaçado por desconhecidos que exigiram que este se filiasse ao partido no poder (FRELIMO) e retirasse a bandeira da RENAMO da sua residência.
"Porque antes houve um precedente de pessoas que foram a casa desse malogrado e obrigaram-no a retirar a bandeira da sua casa o que é um ato condenável a todos os títulos. Muabsa sofreu várias ameaças porque estava a fazer trabalho para a RENAMO e passado dois dias ele foi assassinado”, afirmou Manteigas.
Entretanto, faltando poucos dias para o fim da campanha eleitoral em Moçambique nota-se uma crescente onda de intimidações, destruição de residências e mortes.
Entretanto, faltando poucos dias para o fim da campanha eleitoral em Moçambique nota-se uma crescente onda de intimidações, destruição de residências e mortes.
Clima de medo
José Manteigas, da RENAMO, acrescenta que se vive um clima de medo no seio da sociedade e acusa os autores destes crimes como sendo destruidores do sistema democrático que o país vive.
"Estamos a assistir assassinatos gratuitos de pessoas inocentes. Isto nos preocupa e queremos repudiar esses atos , principalmente quando se trata de um membro do nosso partido. Foi assassinado apenas porque tinha uma bandeira na sua casa e era um militante ativo do partido RENAMO. Falta muita tolerância politica da parte do regime”.
À DW, Juma Aly Dauto, porta-voz do comando provincial em Inhambane, disse que o alegado autor do crime não tem nenhum vínculo à corporação, mas que a polícia está a fazer diligência para que ele seja neutralizado de modo a poder ser responsabilizado na justiça pelo homicídio voluntário.
"Ele não tem nenhum vínculo com a polícia da República de Moçambique. A policia neste momento está a diligenciar junto a família para localizar este individuo que está em parte incerta e julgamos que dentro em breve vamos capturá-lo e responsabilizá-lo por este crime de homicídio voluntário qualificado”.
À DW, Juma Aly Dauto, porta-voz do comando provincial em Inhambane, disse que o alegado autor do crime não tem nenhum vínculo à corporação, mas que a polícia está a fazer diligência para que ele seja neutralizado de modo a poder ser responsabilizado na justiça pelo homicídio voluntário.
"Ele não tem nenhum vínculo com a polícia da República de Moçambique. A policia neste momento está a diligenciar junto a família para localizar este individuo que está em parte incerta e julgamos que dentro em breve vamos capturá-lo e responsabilizá-lo por este crime de homicídio voluntário qualificado”.
DW – 09.10.2019
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