18/10/2019
Ndambi Guebuza, filho do antigo Presidente moçambicano Armando Guebuza pediu aos dirigentes da Privinvest 11 milhões de euros para comprar uma casa em França, onde pretendia viver com uma prostituta.
A revelação foi feita por uma testemunha no Tribunal Brooklyn, em Nova Iorque, na quarta-feira, 16, no julgamento do empresário libanês, Jean Boustani, que intermediou negócios entre a empresa Privinvest e autoridades moçambicanas no caso conhecido como "dívidas ocultas".
Aquele montante foi solicitado depois de Ndambi ter recebido 50 milhões de dólares como suborno.
Andrew Pearse, antigo funcionário do banco Crédit Suisse, foi a primeira testemunha a ser ouvida no julgamento de Jean Boustani, descrito pelos procuradores americanos como quem organizou o esquema para defraudar investidores nos Estados Unidos.
A acusação afirma que entidades governamentais de Moçambique, directores de diversas companhias e banqueiros roubaram cerca de 200 milhões de dólares dos empréstimos contraídos secretamente pelo Estado.
Pearse revelou que ele próprio recebeu pelo menos 45 milhões de dólares em pagamentos ilícitos pelo seu papel em organizar os empréstimos de cerca de dois mil milhões de dólares a Moçambique.
Segundo aquela testemunha, quatro entidades oficiais moçambicanas receberam milhões de dólares de subornos da Privinvest e Ndambi Guerbuza recebeu 50 milhões de dólares.
“O filho apresentou o acusado ao seu pai e a ministros moçambicanos que eram necessários para o projecto avançar”, denunciou Pearse ao tribunal.
A testemunha disse que Ndambi Guebuza uma vez lhe pediu mais11 milhões de euros.
“Ele estava a viver no sul de França e pediu para comprar uma casa para ele e uma prostituta por quem se tinha apaixonado”, acrescentou Pearse que afirmou ter expressado surpresa pelo pedido de Ndambi Guebuz.
Entretanto, continuou, Boustani afirmou que “isso não é nada tendo em conta os 50 milhões que já lhe paguei”.
Na abertura do julgamento o advogado de Jean Boustani disse que ele nunca teve qualquer contacto com investidores e não tinha quaisquer ligações com os Estados Unidos, sugerindo que Boustani não deveria ser julgado nos Estados Unidos.
“Os Estados Unidos não são o polícia do mundo”, disse o advogado.
A revelação foi feita por uma testemunha no Tribunal Brooklyn, em Nova Iorque, na quarta-feira, 16, no julgamento do empresário libanês, Jean Boustani, que intermediou negócios entre a empresa Privinvest e autoridades moçambicanas no caso conhecido como "dívidas ocultas".
Aquele montante foi solicitado depois de Ndambi ter recebido 50 milhões de dólares como suborno.
Andrew Pearse, antigo funcionário do banco Crédit Suisse, foi a primeira testemunha a ser ouvida no julgamento de Jean Boustani, descrito pelos procuradores americanos como quem organizou o esquema para defraudar investidores nos Estados Unidos.
A acusação afirma que entidades governamentais de Moçambique, directores de diversas companhias e banqueiros roubaram cerca de 200 milhões de dólares dos empréstimos contraídos secretamente pelo Estado.
Pearse revelou que ele próprio recebeu pelo menos 45 milhões de dólares em pagamentos ilícitos pelo seu papel em organizar os empréstimos de cerca de dois mil milhões de dólares a Moçambique.
Segundo aquela testemunha, quatro entidades oficiais moçambicanas receberam milhões de dólares de subornos da Privinvest e Ndambi Guerbuza recebeu 50 milhões de dólares.
“O filho apresentou o acusado ao seu pai e a ministros moçambicanos que eram necessários para o projecto avançar”, denunciou Pearse ao tribunal.
A testemunha disse que Ndambi Guebuza uma vez lhe pediu mais11 milhões de euros.
“Ele estava a viver no sul de França e pediu para comprar uma casa para ele e uma prostituta por quem se tinha apaixonado”, acrescentou Pearse que afirmou ter expressado surpresa pelo pedido de Ndambi Guebuz.
Entretanto, continuou, Boustani afirmou que “isso não é nada tendo em conta os 50 milhões que já lhe paguei”.
Na abertura do julgamento o advogado de Jean Boustani disse que ele nunca teve qualquer contacto com investidores e não tinha quaisquer ligações com os Estados Unidos, sugerindo que Boustani não deveria ser julgado nos Estados Unidos.
“Os Estados Unidos não são o polícia do mundo”, disse o advogado.
A acusação mantém que o Crédit Suisse vendeu parte dos empréstimos contraídos por Moçambique a investidores, incluindo alguns nos Estados Unidos, ao quais foi dito que todo o dinheiro estava a ser usado para projectos governamentais legítimos, o que não era verdade.
O advogado de Boustani não pôs em causa o pagamento de subornos a entidades oficiais moçambicanas por parte do seu cliente, mas disse que “é o custo de se fazer negócios” em Moçambique.
Jean Boustani, esclareceu seu advogado, não teve qualquer papel em vender os empréstimos a investidores porque “não é banqueiro, é vendedor de barcos”.
Aquele defensor acrescentou que Andrew Pearse estava a testemunhar contra Boustani num acordo com a acusação americana "para não ir para a cadeia".
Na audiência de ontem, Andrew Pearse revelou ainda que outros banqueiros da Credit Suisse também receberam subornos e que todos "forneceram ao banco falsa informação sobre a Privinvest".
Said Freiha e Adel Afiouni, que também receberam milhões de dólares, deverão testemunhar contra Boustani.
As autoridades americanas pediram também a extradição do antigo ministro das finanças Manuel Chang que está preso na África do Sul onde um tribunal deverá decidir sobre o pedido.
O julgamento prossegue hoje.
17.10.2019
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