"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sábado, 7 de fevereiro de 2015

Um Recado à Etnia Macua e outras do Centro e Norte

Desde Nampula: Por Jorge Valente

Um Recado à Etnia Macua e outras do Centro e Norte
Multiplicam-se vozes contra a divisão do País e criação de zonas autónomas. Eu queria lembrar a todos macuas que o país foi dividido desde a fusão dos três movimentos de luta contra o colonialismo português. Se se lembrarem logo a formação da Frelimo iniciou o regionalismo, em que a etnia Changana surgiu como a superior tendo humilhado as outras. As causas dessa humilhação dos changanas a outras, irei analisar noutra ocasião. Mas que quiser entender mais os contornos da superioridade dos changanas vai visitar o jornal savana 354 e 355/2000 em que Fanuel Maluza fala tudo desta situação.
Os senhores macuas devem abrir os olhos e lutar pela mudança das coisas, em que deve haver igualdade de oportunidades entre as etnias deste Moçambique para evitar a tal divisão que se critica.
A divisão que se verificou logo durante a luta de libertação, consolidou-se desde a independência até aos nossos dias, devido a cobardia dos macuas entanto a etnia maioritária deste País. Se não sabiam, a Frelimo dividiu o país a partir do Rio Save, sendo que o Centro e norte são regiões servidoras do Sul.
Os males que a Frelimo criou neste país tem impacto muito desastroso no centro e norte mas tudo isso porque os macuas não tem espírito patriótico e de sentimento de pena para o sofrimento dos outros. Basta um macua estar numa estabilidade social e económica prefere sujar os outros para manter a sua estabilidade.
O espírito de refresco, corrupção, deixa andar, regionalismo, tribalismo e exclusão, são muito alimentados pelos macuas em toda parte deste território. Basta ver o enriquecimento ilícito que os polícias de trânsito praticam no norte.
Afonso Dlakama é um anjo que Deus mandou para corrigir os males que a Frelimo criou. A situação que o país vive nestes dias vale a pena mais um sacrifício de guerra ou confirmação da divisão que a Frelimo criou. As posições que a Renamo e seu líder defendem são os anseios do povo oprimido pela etnia changana e a Frelimo.
Neste país estamos numa colonização doméstica de grande envergadura em que a maioria pobre continua mais pobre e a minoria rica continua mais rica. Criaram-se grupos de burguesia a custa da maioria.
Senhores macuas, vejam o nível de nepotismo tao alto que repugna. Vejam o nível de oportunidades entre Changanas e outras etnias se há igualdade. Tal como foi logo depois da independência, mesmo actualmente as posições chaves e oportunidades de formação e emprego vão para changanas e indivíduos do Sul a todos os níveis: embaixadas, governação a vários níveis, etc.
Tudo isso, os macuas que estão no topo sabem muito bem, e basta lembrar do termo chingondo apelidado aos macuas e outras etnias do centro e norte. Os changanas a vários níveis juram a pés juntos que o país lhes pertence e que indivíduos do centro e norte não são nada apenas são servidores. Isto não pode continuar.
Infelizmente desfilam académicos e intelectuais macuas e do centro a criticar a preocupação do Deus de libertar o povo oprimido. Estes académicos aliam-se aos privilegiados do sul em defesa desse colonialismo. A Frelimo está tão fragilizada que nunca, e sobrevive graças à cobardia dos macuas e outras etnias do centro e norte. Estamos numa situação em que os incompetentes são os competentes do sistema. Todo grito do povo não é tomado em conta, basta lembrar o choro dos macuas de Malema contra o colonialista angocheano Dauda Mussa mas que a Frelimo ignorou. Se aquele choro fosse do Sul já deviam ter removido aquele intocável incompetente.
Os macuas que estão nas forças de defesa e segurança estão cientes do colonialismo doméstico existente e do seu sofrimento diário, mas preferem defender a elite governativa sob alegação de juramento a pátria que fizeram, em contrapartida essa mesma pátria está muito degradada. Os próprios membros da elite da Frelimo estão cientes dos males que existem mas defendem por causa dos benefícios individuais que tem com isso.
O termo “Unidade Nacional” tornou-se única estratégia da Frelimo para continuar a colonizar o centro e norte por meio da etnia Changana. Falam de unidade nacional mas tudo é priorizado aos changanas. Os estrangeiros e changanas são donos deste país. O povo está desamparado.
Moçambique precisa independência total para todo seu povo e não uma minoria do sul. O que vale termos uma etnia dona do país e a maioria humilhada?
Jorge Valente
Namicopo/Nampula

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