"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Sobre o Desarmamento da Renamo como Imperativo Nacional

Muitas vezes e de diferentes formas, a elite dos camaradas aparece com a sua mediática ara desviar a atenção do povo do verdadeiro problema que apoquenta os moçambicanos. desta vez aparece esta mesma elite, com a questão do desarmamento dos homens da Renamo como imperativo nacional, em vez de trabalha com acções claras e concretas que possam dar fim esses conflictos políticos e "étnicos". Governar não é reprimir as manifestações populares, mas sim fazer com que elas não existam, acabar com as causas dessas manifestações. o mesmo acontece com  esta questão. a Frelimo deve acabar as causas que levam a Renamo manter os seus homens armados ou deixa de falar, porque os seus discursos já não fazem falta ao povo. Agora leia a resposta comentaria que mais uma vez o Jorge Vicente nos traz desta vez sobre o propalado categórico imperativo  nacional.

Senhoras e senhores,
A pior coisa que temos neste moçambique é o colonialismo doméstico que a Frelimo implantou em que o sul representado pela etnia chanagana domina e humilha as outras etnias chegando apelidar de chingondos e daí todos os males que o império de Gaza continua a causar ao Centro e Norte.
O desarmamento da Renamo não é imperativo nacional. Vocês lambebotas não devem ludibriar os moçambicanos e os macuas que representam a classe dos chingondos que os machanganes consideram seus escravos.
O imperativo nacional é corrigir os males que a Frelimo criou: exclusão, colonialismo doméstico, lambebotismo, enriquecimento ilícito, compadrio, hegemonia da etnia changana, humilhação do sul contra o norte e centro, enriquecimento dos trânsitos, corrupção, em fim a existência duma minoria classe burguesa dentro dum país tão pobre.
O desarmamento da Renamo significa a consolidação da ma governação da Frelimo e moçambique fica como Angola em que devido a ganancia do Savimbi o MPLA aproveitou para desarmar a Unita e criar uma colonização hedionda naquele pais irmão.
Mesmo com a Renamo a sacrificar-se pelo povo a Frelimo faz e desfaz o que seria com o seu desarmamento?
O povo e a Renamo devem estar firmes na luta pelo bem-estar de todos. Apenas um exemplo: No distrito de Malema estão cidadãos que pediram Bilhetes de Identidade em 2013 ate agora não emitiram e as pessoas circulam com espera bilhetes caducados, isso é que é imperativo nacional corrigir esses abusos. Tudo é privilegiado ao Sul deste país. Ou a Frelimo reforma-se, ou o país divide – se.
Apelo as forcas revolucionárias da Renamo para aceitar o sacrifício que o povo tem. Apelo a todos os macuas e outros chingondos que o imperativo neste momento é a situação que a maioria do centro e norte vive. Todos macuas nas forcas de defesa e segurança devem abrir os olhos e lutar pela mudança das coisas.
Jorge Valente
Namicopo/Nampula

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Novo regulamento reduz número de exames no ensino médio

O Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano decidiu, no novo regulamento das avaliações finais, reduzir de oito para cinco o número de exames a serem realizados na 10ª e 12ª classe, medida esta que entrou em vigor a partir do arranque do ano lectivo de 2015, que ocorreu na passada segunda-feira, dia 9 do corrente mês.
Comparativamente aos anos anteriores, os estudantes do ensino secundário passam a realizar menos três provas, onde são considerados obrigatórios os exames de Português, Matemática e Inglês, sendo que os outros dois, complementares, serão anunciados um mês antes da época dos exames.
Refira-se que para o ensino primário, o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano aboliu o exame da 5ª classe, passando a 7ª classe a ser a única com exame.


Fonte: http://noticias.mmo.co.mz/2015/02/novo-regulamento-reduz-numero-de-exames-no-ensino-medio.html#ixzz3RYCbHhyX

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Filipe Nyusi se encontra com Afonso Dhlakama

“Correu tudo bem” – Dhlakama após encontro com Nyusi
                                              
“Correu tudo bem” – Dhlakama após encontro com Nyusi Filipe Nyusi e Afonso Dlhakama momentos antes do encontro mantido hoje em Maputo/Foto Presidência da República
O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, saiu hoje satisfeito da sua primeira reunião com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, assegurando que "o país não terá problemas" e anunciando o fim do boicote do maior partido de oposição ao parlamento.
"O país não terá problemas, porque da maneira como nos conhecemos, como conversámos - muitas horas os dois -, tudo correu bem", disse Afonso Dhlakama, citado pela agência de notícias Lusa.
De acordo ainda com a agência, baseada em Maputo, o líder da Renamo evitou pormenorizar o conteúdo das duas horas e meia de reunião com Nyusi, hoje de manhã num hotel em Maputo, a que se seguirá uma nova ronda negocial nos próximos dias.
O site do jornal O País noticia por sua vez que os 89 deputados da Renamo irão tomar os seus assentos na Assembleia da República  (AR), citando Dhlakama em declarações prestadas no final do encontro que manteve com o Presidente da República.
O jornal avança mesmo que os deputados das Assembleias Provinciais irão igualmente tomar os seus assentos.
Este posicionamento da Renamo surge depois do seu líder ter efectuado um périplo pelas zonas centro e norte, onde manifestou a sua intenção de criar uma região autonóma.

Um Recado à Etnia Macua e outras do Centro e Norte

Desde Nampula: Por Jorge Valente

Um Recado à Etnia Macua e outras do Centro e Norte
Multiplicam-se vozes contra a divisão do País e criação de zonas autónomas. Eu queria lembrar a todos macuas que o país foi dividido desde a fusão dos três movimentos de luta contra o colonialismo português. Se se lembrarem logo a formação da Frelimo iniciou o regionalismo, em que a etnia Changana surgiu como a superior tendo humilhado as outras. As causas dessa humilhação dos changanas a outras, irei analisar noutra ocasião. Mas que quiser entender mais os contornos da superioridade dos changanas vai visitar o jornal savana 354 e 355/2000 em que Fanuel Maluza fala tudo desta situação.
Os senhores macuas devem abrir os olhos e lutar pela mudança das coisas, em que deve haver igualdade de oportunidades entre as etnias deste Moçambique para evitar a tal divisão que se critica.
A divisão que se verificou logo durante a luta de libertação, consolidou-se desde a independência até aos nossos dias, devido a cobardia dos macuas entanto a etnia maioritária deste País. Se não sabiam, a Frelimo dividiu o país a partir do Rio Save, sendo que o Centro e norte são regiões servidoras do Sul.
Os males que a Frelimo criou neste país tem impacto muito desastroso no centro e norte mas tudo isso porque os macuas não tem espírito patriótico e de sentimento de pena para o sofrimento dos outros. Basta um macua estar numa estabilidade social e económica prefere sujar os outros para manter a sua estabilidade.
O espírito de refresco, corrupção, deixa andar, regionalismo, tribalismo e exclusão, são muito alimentados pelos macuas em toda parte deste território. Basta ver o enriquecimento ilícito que os polícias de trânsito praticam no norte.
Afonso Dlakama é um anjo que Deus mandou para corrigir os males que a Frelimo criou. A situação que o país vive nestes dias vale a pena mais um sacrifício de guerra ou confirmação da divisão que a Frelimo criou. As posições que a Renamo e seu líder defendem são os anseios do povo oprimido pela etnia changana e a Frelimo.
Neste país estamos numa colonização doméstica de grande envergadura em que a maioria pobre continua mais pobre e a minoria rica continua mais rica. Criaram-se grupos de burguesia a custa da maioria.
Senhores macuas, vejam o nível de nepotismo tao alto que repugna. Vejam o nível de oportunidades entre Changanas e outras etnias se há igualdade. Tal como foi logo depois da independência, mesmo actualmente as posições chaves e oportunidades de formação e emprego vão para changanas e indivíduos do Sul a todos os níveis: embaixadas, governação a vários níveis, etc.
Tudo isso, os macuas que estão no topo sabem muito bem, e basta lembrar do termo chingondo apelidado aos macuas e outras etnias do centro e norte. Os changanas a vários níveis juram a pés juntos que o país lhes pertence e que indivíduos do centro e norte não são nada apenas são servidores. Isto não pode continuar.
Infelizmente desfilam académicos e intelectuais macuas e do centro a criticar a preocupação do Deus de libertar o povo oprimido. Estes académicos aliam-se aos privilegiados do sul em defesa desse colonialismo. A Frelimo está tão fragilizada que nunca, e sobrevive graças à cobardia dos macuas e outras etnias do centro e norte. Estamos numa situação em que os incompetentes são os competentes do sistema. Todo grito do povo não é tomado em conta, basta lembrar o choro dos macuas de Malema contra o colonialista angocheano Dauda Mussa mas que a Frelimo ignorou. Se aquele choro fosse do Sul já deviam ter removido aquele intocável incompetente.
Os macuas que estão nas forças de defesa e segurança estão cientes do colonialismo doméstico existente e do seu sofrimento diário, mas preferem defender a elite governativa sob alegação de juramento a pátria que fizeram, em contrapartida essa mesma pátria está muito degradada. Os próprios membros da elite da Frelimo estão cientes dos males que existem mas defendem por causa dos benefícios individuais que tem com isso.
O termo “Unidade Nacional” tornou-se única estratégia da Frelimo para continuar a colonizar o centro e norte por meio da etnia Changana. Falam de unidade nacional mas tudo é priorizado aos changanas. Os estrangeiros e changanas são donos deste país. O povo está desamparado.
Moçambique precisa independência total para todo seu povo e não uma minoria do sul. O que vale termos uma etnia dona do país e a maioria humilhada?
Jorge Valente
Namicopo/Nampula

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Dhlakama em Palma

04/02/2015

"Vocês são escravos da Frelimo, o Dhlakama tudo que está a fazer é para terminar com a escravatura"
Escrito por Adérito Caldeira  em 01 Fevereiro 2015
 
 

O líder do maior partido na oposição em Moçambique apontou, neste sábado(31), o dedo aos filhos dos membros seniores do partido Frelimo, que sem nenhum esforço ou trabalho reconhecido se tornaram empresários de sucesso e enriqueceram defraudando o erário tendo dado como exemplo a filha do antigo Presidente Armando Guebuza que começou a ser empresária aos 20 anos de idade e durante o mandato do seu pai ascendeu à lista das mulheres jovens mais poderosas de África, publicada pela Forbes, "a filha do Guebuza com 33 anos, Valentina, ela é tida como a segunda mais rica do continente africano, meus amigos onde é que apanhou dinheiro essa criança? (…) isto não é humilhação? Não é escravatura isso? Vocês são escravos da Frelimo".
“...o tempo de brincadeira com a Frelimo está terminado (…) eu não estou a brincar não tenho receio de qualquer aí, o meu receio está em vocês aí. O meu receio, quem pode me meter medo são vocês não é um Frelimo aí. Um Frelimo aí que sobrevive com roubo dos nossos impostos enquanto vocês não conseguem comprar sal (…) mesmo a filha do Guebuza com 33 anos Valentina ela é tida como a segunda mais rica do continente africano, meus amigos onde é que apanhou dinheiro essa criança? (…) isto não é humilhação? Não é escravatura isso? Vocês são escravos da Frelimo. Então o Dhlakama tudo que está a fazer é para terminar com a escravatura contra vocês (…) eu Afonso Dhlakama não sou tribalista, não sou regionalista aliás eles é que são tribalistas, eles é que são regionalistas porque o que fazem lá(Maputo) não fazem para um macua aqui (…) quem está a dividir o país é o Dhlakama ou são eles? Porque é que não estão a igualar a vida da população com vocês, não é dividir o país?".
 

Os caminhos para a paz

Os caminhos para a paz
                                      
Em jeito de fecho
As celebrações do 3 de Fevereiro deixaram-nos transparecer o quão a Frelimo e o seu Governo estão profundamente divididos na abordagem ao diálogo político com a Renamo. De um lado, o do Presidente da República e seu Primeiro-Ministro, temos a imagem da serenidade e abertura incondicional a conversar com Afonso Dhlakama. De outro, o do Presidente do Partido, seu Secretário-Geral e apaniguados mais próximos, a imagem sombria, nervosa, agressiva e impaciente.
Magnânimo, e alheio a todo o ruído que o seu próprio partido faz, em torno do assunto, Filipe Nyusi mantém-se fiel e coerente ao seu discurso de posse e continua a surpreender tudo e todos pela sua inesperada firmeza até perante aqueles que esperavam que lhes devesse vénias.
Há muito que tinha ficado evidente que o sucessor de Guebuza não teria vida fácil na direcção do Estado. Até 15 de Janeiro deste ano, e durante 50 anos, tinham sido os próprios fundadores da Frelimo a dar as cartas em tudo e, no momento de entregar o poder à nova geração, Nyusi parecera-lhes a escolha de menor risco, aquele que, pelo seu passado, não se configurava de encetar grandes mudanças ao rumo que elesachavam melhor ao país.
O problema é que Filipe Nyusi está a sair-se, precisamente, o oposto do que a Frelimo (ou apenas alguns dos seus mais proeminentes membros?) esperaria. A começar pelo apaziguador e messiânico discurso da posse. O novo Presidente entrou com estrondo, pela porta principal, quando em alguns guiões se lhe tinha  reservado a porta das traseiras.
A mensagem de que “o meu patrão é o povo” é muito mais profunda do que alguns a interpretaram e destina- se mais para dentro do partido do que para fora.
Quando, em bloco, o partido mostra sinais de impaciência e responde com agressividade aos incendiários discursos de Dhlakama, como se viu, no dia 3 de Fevereiro com o ex-presidente Armando Guebuza, é sinal claro de que alguém na Frelimo “está-se nas tintas” com os desvarios do líder da Renamo e as consequências que deles podem advir para o país e estará a passar a ideia de que é necessário activar um Plano B para resolver o assunto. Como há cerca de ano e meio, quando se atacou, inesperadamente, Santugira.
Por ora, Filipe Nyusi mostrou que é incólume à pressão, que a sua estratégia é precisamente estender os braços ao líder da Renamo para o convencer a abandonar o caminho errático em que se meteu e a voltar à normalidade. A velha máxima “a alternativa ao diálogo é o próprio diálogo”. Uma posição que continua a valer pontos a Nyusi, um presidente que muitos supunham cordeiro, mas está a revelar-se um verdadeiro lobo. Pelo menos por ora.
Filipe Nyusi prometeu, na sua posse, construir consensos nos momentos difíceis, uma liderança onde em Moçambique, jamais, irmãos se voltem contra irmãos seja a que pretexto for; um permanente e verdadeiro dialogo. Prometeu buscar no Presidente Chissano o espírito de tolerância e de reconciliaçã o da família moçambicana.
Em menos de um mês de chefia do Estado, Nyusi enfrenta o primeiro grande teste à sua liderança, enfrenta o primeiro momento difícil e a oportunidade de começar a pôr em prática estas suas promessas, mesmo que isso implique colocar-se nos antípodas das ideias do seu partido. Conseguir convencer os ultra-radicais do partido, sem ter a liderança do mesmo, é o primeiro passo.
PS:
Esta semana, a Ordem dos Advogados insinuou que a Procuradoria-geral da República devia intervir e autuar Afonso Dhlakama pelos seus pronunciamentos. Discordamos completamente desta ideia. Prender Dhlakama seria pior a emenda que o soneto. Todos somos iguais perante a lei, reza a Constituição. Mas como sabiamente nos lembra George Orwell, há uns mais iguais que os outros.
Afonso Dhalama não é António Muchanga. Olha-se para a enorme legião dos seus seguidores e percebe- se o potencial de instabilidade em que o país pode mergulhar se enveredar por este caminho. O problema de Dhlakama é político e por essa via deverá ser resolvido.