"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Na tarde de ontem, domingo
Avião militar norte-americano descarrega armamento em Maputo

Maputo (Canalmoz) - Um avião cargueiro militar da Força Aérea dos Estados Unidos da América (EUA), “Glaxy C-7”, aterrou ao princípio da tarde de ontem, domingo, na Base Aérea das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) localizada no Aeroporto Internacional de Maputo, e deixou no local armamento de guerra.
O Canalmoz apurou que o aparelho deixou o território moçambicano duas horas depois, ou seja, perto das 16 horas, para destino desconhecido.
Fontes das Forças de Defesa e Segurança moçambicanas, garantiram à nossa reportagem que o avião militar americano transportava material bélico.
“O aparelho traz material militar de cooperação”, disse laconicamente ao Canalmoz uma fonte militar que não quer ser identificada.
Um oficial superior da Polícia da República de Moçambique (PRM) disse à nossa reportagem que “o avião Glaxy, militar, traz material militar de cooperação que está de passagem”.
A nossa reportagem procurou saber da mesma fonte, qual o destino do referido material militar. “É para a Swazilândia”.
No Aeroporto Internacional de Maputo, à Reportagem do Canalmoz foi vedado o acesso a pista. Mesmo assim conseguimos captar de longe a imagem do aparelho quando se preparava para levantar o voo.
Recentemente, no porto de Maputo, um contentor foi apreendido pelas autoridades moçambicanas, porque alegadamente continha armamento que era levado para Swazilândia. Mas tarde, as próprias autoridades moçambicanas vieram a público dizer que o contentor não continha armamento, mas, sim, “brinquedos para crianças da Swazilândia”.
Na Swazilândia a monarquia local está a abraços com a oposição política (civil) que exige reformas constitucionais, políticas e a realização de eleições livres justas e transparentes.
Em Moçambique, o líder da Renamo – o segundo maior partido político da oposição – vem ameaçando realizar uma revolução para derrubar o governo da Frelimo.
Recentemente, o governo moçambicano acusou os Estados Unidos da América de estar apoiar militarmente a Renamo para levar avante as suas pretensões de derrubar o executivo do presidente Armando Guebuza, uma acusação prontamente refutada pela representação diplomática dos EUA em Maputo, que as considerou de “infundadas”.
Afonso Dhlakama tem vindo a dizer que o seu partido tem homens fortemente treinados e equipados militarmente capazes de “atirarem em caso de necessidade”, ao que o ministro da Defesa, Filipe Nyussi, respondeu que as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) estão preparadas para actuar “em caso de ameaça à soberania”. (Bernardo Álvaro)

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