20/07/2019
Pearse, natural da Nova Zelândia, que ocupava um cargo de direcção no Credit Suisse, declarou-se, sexta-feira, 19,culpado de fraude electrónica, num tribunal federal de Brooklyin, Nova Iorque.
Do mesmo processo constam os nomes dos moçambicanos Manuel Chang, ex-ministro das Financas; António do Rosário, ex-chefe de inteligência económica; Teófilo Nhangumele; e do libanês Jean Boustani, ex-vendedor da empresa naval Prinvivest.
Os empréstimos foram alegadamente para a protecção costeira e pesca de atum. O equipamento para o efeito seria fornecido pela empresa Privinvest, de Abu Dhabi.
Indivíduos ligados à Privinest “enviaram-me ilegalmente milhões de dólares para a minha ajuda na obtenção de empréstimos pelo Credit Suisse", disse Pearse no tribunal.
Ele explicou que dinheiro veio de figuras da Privinvest, como Jean Boustani, vendedor e negociador da empresa, e Iskandar Safa, diretor executivo.
Pearse disse que soube de Boustani que a Privinvest também pagou pelo menos 50 milhões ao filho do então presidente de Moçambique, Armando Guebuza,como parte do esquema.
O filho do antigo estadista detido, em Moçambique, em conexão com o caso é Ndambi Guebuza.
A Bloomberg escreve que não está claro se Pearse coopera com os procuradores americanos, e que a sua confissão e outros documentos relativos ao processo foram colocados sob sigilo.
Pearse, que pode ser condenado a 20 anos de prisão, está em liberdade condicional, após pagamento de 2.5 milhões de dólares.
As partes envolvidas no processo não prestaram declarações a jornalistas, e não foi divulgada a data da sentença.
O ex-banqueiro de 49 anos de idade, é o segundo antigo trabalhador do Credit Suisse a admitir o suborno, depois da búlgara Detelina Subeva.
VOA – 20.07.2019
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