"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sábado, 26 de junho de 2021

Semanário Savana nº 1433 de 09.04.2021

 


SAVANA 1433 25.06.2021Leia aqui

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Ruanda planeia envio de tropas para Cabo Delgado, diz agência de notícias

 


Agência de notícias Bloomberg publica que o Ruanda planeia enviar tropas para ajudar Moçambique a combater uma insurreição em Cabo Delgado. Reportagem, no entanto, não cita confirmação do Governo moçambicano.

A agência especializada em notícias económicas Bloomberg publicou esta quinta-feira (25.06) que o Governo do Ruanda planeia o envio de tropas para ajudar Moçambique a combater o grupo armado em atividade em Cabo Delgado.

"Há planos para destacar [tropas para a região], mas os planos ainda não estão finalizados", disse o porta-voz das Forças de Defesa do Ruanda, Ronald Rwivanga, por telefone, à reportagem da Bloomberg, assinada por Saul Butera, Matthew Hill e Borges Nhamirre.

Desde os finais de maio, a DW África adianta a possibilidade de o Ruanda estar perto de apoiar Moçambique a combater o terrorismo em Cabo Delgado e discute as implicações e os interesses por trás de tal apoio.

Verônica Macamo, ministra dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, e o porta-voz das Forças Armadas, Omar Saranga, não responderam às solicitações de entrevistas da equipa do órgão de imprensa.

"Estamos a entrar em guerra"

A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, que não conta com o Ruanda entre os seus 16 estados membros, também planeia o emprego da força na província de Cabo Delgado.

A reportagem lembra que o Presidente moçambicano Filipe Nyusi visitou o seu homólogo ruandês Paul Kagame em abril. Os dois líderes discutiram questões incluindo a luta contra o terrorismo, informou na altura a emissora estatal ruandesa.

Moçambique ainda não informou à SADC sobre qualquer reforço planeado pelo Ruanda, segundo informou Stergomena Tax, secretária-executivo do bloco da África Austral. O Tax recusou-se a comentar quando a SADC enviaria tropas, dizendo apenas que isso aconteceria em breve e "com a maior urgência possível", e que incluiria soldados dos países membros.

"Estamos a entrar em guerra", disse ela por telefone à equipa da Bloomberg.

DW – 25.06.2021

Filipe Nyusi promete ataque reforçado contra o terrorismo com apoio externo

 


Presidente moçambicano diz que haverá ataque reforçado ao terrorismo em Cabo Delgado com apoio externo. Filipe Nyusi ressalta, no entanto, que soberania não será comprometida e estará sempre na "linha da frente".

"As valentes Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique vão intensificar as ações operativas de caça a esses criminosos, com o apoio necessário da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e outros países amigos e irmãos, sem penhorar a nossa soberania", disse Filipe Nyusi.

"Tudo faremos para que os próximos tempos sejam de desespero e agonia para os terroristas que atuam em Moçambique", acrescentou o chefe de Estado, que discursava em Maputo numa cerimónia de celebração dos 46 anos de independência do país, que hoje se assinalam.

Filipe Nyusi recordou que a SADC assumiu na quarta-feira (23.06) "apoio total a Moçambique" no combate em Cabo Delgado, "naturalmente com a linha da frente feita pelos moçambicanos", disse.

"Nunca recusou apoio"

O país "nunca recusou nenhum apoio", reafirmou o Presidente, a citar como exemplo os treinos de forças moçambicanas que decorrem com apoio dos EUA, países europeus e africanos.

O Presidente também saudou os jovens que compõem as FDS em combate em Cabo Delgado, realçando que hoje, no dia feriado em que se celebra a independência, eles estão em combate.

"Os bons jovens deste país estão em combate, neste momento. Celebram o aniversário da independência batendo duro o inimigo no terreno", referiu.

Combatem um inimigo cuja origem e mandantes continuam por esclarecer: "apesar de não se apresentarem publicamente" e de não explicarem "por que matam e decapitam cidadãos inocentes". Para Nyusi está claro que "querem gerar medo", para depois se apoderarem das "riquezas" de Moçambique.

Grupos armados aterrorizam a província desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo 'jihadista' Estado Islámico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.800 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e 732 mil deslocados, de acordo com a ONU.

"Tira-nos o sono"

"Tira-nos o sono" o terrorismo em Cabo Delgado, referiu Nyusi, a par da dissidência de alguns ex-guerrilheiros da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), no centro do país - que o levou a fazer hoje um novo apelo ao seu comandante, Mariano Nhongo, para que adira ao processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) em curso no país.

Filipe Nyusi apelou ainda ao cumprimento das medidas de prevenção da Covid-19, um dia depois de ter anunciado o agravamento de algumas das restrições no âmbito do estado de calamidade no país.

Em causa está a iminência de uma terceira vaga da pandemia. Moçambique tem um total acumulado de 863 mortes e 73.652 casos, dos quais 95% recuperados e 103 internados.

Maio foi o mês com o número mais baixo de casos e de mortes por Covid-19 desde o pico de 274 óbitos e mais de 20 mil infeções em fevereiro. No entanto, o cenário mudou nas últimas semanas.

O Ministério da Saúde anunciou na quinta-feira (24.06) mais seis mortes, subindo para 29 o número de óbitos registados este mês, "superior ao total de óbitos (22) do mês de maio".

DW – 25.06.2021

UM DESLOCADO EM PEMBA DIZ QUE TODAS AS ANTIGAS BASES E ZONAS DA FRELIMO ESTÃO OCUPADAS PELOS BANDIDOS

 


Por Francisco Nota Moisés

STV-Noite Informativa 25.06.2021 (video) (2)

Este drama das celebrações do 46 aniversário da independência foi mais cómico do que interessante.  Cómico visto que faz rir e não interessante por ter sido dominado por indivíduos que só sabem mentir.  Se estes macambúzios da Frelimo compreendessem que dizer a verdade por mais dura e amarga que seja é uma virtude do que nos ensurdecer com mentiras, boatos e invenções, teriam estado à altura de fazerem coisas diferentemente.   

E como de costume louvaram Samora Machel e nada disseram sobre a sua natureza tirânica e nada mesmo sobre a sua instabilidade mental como evidenciada pela BBC nos anos de 1970 e de 1980. Dois repórteres da BBC não o lisonjearam. O primeiro correspondente descreu Samora Machel em 1976 como sendo o Idi Amin de Moçambique visto que a dada altura ele estava tao obsessado por sua segurança que, segundo fontes, a polícia e  a sua tropa obrigavam populares a entrarem para se fecharem nas suas residências que era para não vê-lo a passar nas ruas.  Se alguém fosse visto a espreitar, a pessoa era detida e carregada para um destino desconhecido.  O outro repórter da BBC descreveu-o em 1983 como um TEATRO AMBULANTE ou seja A MOVING THEATRE para usar as suas palavras em inglês. E vieram depois a gozá-lo mais tarde quando se proclamou Marechal da Republica, tendo a transmissão noticiosa dito que num continente onde lideres manifestamente instáveis como Idi Amin e Jean Bedel Bokassa se tinham promovido a marechal, Samora Machel devia ter evitado se promover a marechal.

Durante as cerimónias na chamada Praça dos Heróis moçambicanos em Maputo que contem nomes de  militantes da Frelimo como Felipe Samuel Magaia, Francisco Manhanga, Josina Machel e tantos outros que Samora ordenou que  fossem mortos, Felipe Nyusi, um outro triste teatro ambulante, mentiu quando disse que os seus soldados tem lutado com galhardia sem ceder em Cabo Delgado, realçando que mesmo aquele mesmo que se celebrava o aniversário da independência, os seus militares lhe disseram que eles também estavam a celebrar batendo e infligindo duros golpes ao inimigo. 

Tanto em Maputo como na Beira, onde o secretário geral da MDM foi o único não frelimista que recebeu alguma atenção da STV, ele contrariou tudo aquilo que os frelimistas tinham dito para glorificar o seu movimento e enfatizou a falta gritante da liberdade e do progresso no pais desde a independência. 

Os bobos da Renamo-Ossufo Momade não receberam nenhuma atenção da STV e parece que não foram convidados para a Praça dos Heróis moçambicanos.  Nem o Dhlakama deles, nem Ossufo Momade, André Majibire e José Manteigas foram mencionados como heróis moçambicanos.  Nos últimos dias, Ossufo Momade, o caudilho da Renamo, não anda contente com o irmão e amigo dele Felipe Nyusi e uns dias atrás ele lamentou-se da falta da liberdade em Moçambique, esquecendo-se que ele sempre descreveu o estado da Frelimo como um Estado de direito democrático.  

Parece que Ossufo Momade gosta da pinga embora seja um muçulmano e jihadista convicto. 

Da Beira a STV foi a Pemba onde a sua reportagem falou com alguns fugitivos chegados de Palma. E um deslocado demoliu a mentira sobre a situação em Cabo Delgado que Nyusi pintara em Maputo como testemunham as palavras que abaixo seguem em letras maiúsculas:

“NAO TEMOS COMO VISITAR AS CAMPAS DOS NOSSOS AVÓS. NÃO TEMOS COMO VISITAR AS ANTIGAS BASES (da Frelimo)  QUE ALBEGARAM OS NOSSOS PAIS OU OS NOSSOS AVÓS QUE ENTRARAM NESTE PAÍS PORQUE ESTAS BASES, ESSAS ZONAS TODAS, FORAM OCUPADAS PELOS BANDIDOS.”