"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



terça-feira, 16 de dezembro de 2014

CNE entregou “algumas cópias” de editais ao Conselho Constitucional

CNE entregou “algumas cópias” de editais ao Conselho Constitucional

Originais continuam desaparecidos e a CNE não conseguiu os editais do apuramento centralizado que foi realizado por si própria
O porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, Paulo Cuinica, disse, na noite de ontem, ao “Canalmoz”, que a CNE “já respondeu a todas as solicitações feitas pelo Conselho Constitucional”, referentes aos editais.
“Entregámos hoje todos os documentos pedidos pelo Conselho Constitucional”, disse repetidamente Paulo Cuinica, declinando dizer quantos editais entregaram, e se eram originais ou cópias.
Tentativas de ouvir oficialmente o Conselho Constitucional não obtiveram resultado, mas o “Canalmoz” soube de fonte senior do Conselho Constitucional que faltam alguns editais dos solicitados por esse órgão. Paulo Cuinica, porta-voz da CNE, não é uma fonte idónea. Já disse ao “Canalmoz” que os editais já estavam no Conselho Constitucional, quando era mentira. Já disse também que os jornalistas assistiram ao apuramento e centralização dos resultados, o que também era mentira. Em face de tanta mentira, nada nos garante que, desta vez, Paulo Cuinica não esteja a mentir, como nas vezes anteriores.

O “Canalmoz” conta, a qualquer momento, trazer a reacção do Conselho Constitucional, que deverá informar quantos editais tem na sua posse e se são autênticos ou falsos. Recorde-se que, na Beira, a chefe das operações do STAE foi apanhada em flagrante delito a falsificar editais a favor de Nyusi e da Frelimo, e praticamente nada lhe aconteceu.
A CNE foi notificada, na sexta-feira, através de uma Nota/Processo n.o 17/CC/2014, em poder do “Canalmoz” datada de 11 de Dezembro, que deu entrada na CNE. O despacho do Conselho Constitucional é assinado pelo juiz João André Ubisse Guenha (eleito pela Assembleia da República, em Agosto deste ano, por indicação da bancada parlamentar da Frelimo) e pelo oficial de diligências Samuel Chaguala. O Conselho Constitucional solicitava também os editais de apuramento dos resultados eleitorais a nível dos distritos e de cidades, elaborados pelas Comissões de Eleições da cidade de Quelimane e dos distritos de Alto Molócue, Ile, Inhassunge, Lugela, Maganja da Costa, Milange, Mocuba, Namacurra, Namarrói, Nicoadala e Pebane, todos da província da Zambézia.
Por outro lado, o Conselho Constitucional, fundamentando-se no disposto no n.o 1 do Artigo 44 da Lei n.o 6/2006, de 2 de Agosto, ordenava a entrega das cópias originais dos editais considerados improcessáveis, referidos na alínea a) do ponto 8.2 do ofício n.o 85/CNE/2014, de 11 de Novembro, enviado pela CNE ao Conselho Constitucional.
Por fim, o Conselho Constitucional pedia “esclarecimento sobre a questão do suposto desaparecimento de editais, reiteradamente suscitada pelo jornal ‘Canal de Moçambique’, nomeadamente, edição de 10 de Dezembro de 2014, página 2.
O “Canalmoz” apurou de fontes da CNE que, antes de ser notificado, este órgão não enviou ao Conselho Constitucional os editais, nem originais nem cópias, por si processados e processados pelas províncias, distritos e cidades. A CNE enviou apenas as actas assinadas pelos vogais e os resultados processados pelo STAE, o que agora leva o Conselho Constitucional a solicitar os editais. (Bernardo Álvaro) CANALMOZ – 16.12.2014

CARTA ABERTA À GESTÃO DA MCEL: MCEL TECNICAMENTE FALIDA ????

CARTA ABERTA À GESTÃO DA MCEL: MCEL TECNICAMENTE FALIDA ????
Caros, isto não se trata de um falso alarme, mas de um alerta para os que ainda "adormecem" ou por falta de conhecimento ou por não saber o que fazer ou dizer. O que pretendo transmitir com esta missiva é que a empresa “Orgulhosamente Moçambicana” está em sendo levada à “falência técnica não declarada e não assumida” por ninguém do topo da mcel e muito menos pelos seus accionistas.

Afinal como tudo isto começou?

Foi tudo muito bem arquitectado, típico de filmes de Hollywood. Todos nós sabemos que este foi o ano de eleições e como habitual, as empresas comparticipadas (representadas pelo IGEPE) tiram sempre uma pequena grande fatia para efeitos propangadisticos, mas desta vez foi pior pois o candidato que os donos da mola colocaram a frente não era conhecido e teve de se fazer conhecer às custas da mola do povo e das empresas públicas. Mas a coisa não começou apenas por aí, o plano inicial passava por trazer alguém do tipo “YESS MAN” para dentro da mcel, alguém que não pensaria duas vezes antes de tirar a mola para satisfazer os interesses dos “PATRÕES”. É aqui que entram no filme duas figuras totalmente distintas: O Mamudo (anterior AD, o “CACATA”) e o Saize (Actual AD, o “YES MAN”).
O único “pecado” do Mamudo aos olhos dos “PATRÕES” era ser cacata, ele era cacata, pois não “drenava” mola para os “PATRÕES”, era um tipo que estava a gerir uma crise financeira e estava a procurar evitar o caos na mcel. Por causa da cacatice do Mamudo, os “PATRÕES” armaram um plano infalível: Sacar o Mamudo da MCEL e tirar o Saíze da TDM para a mcel e ajudar-lhes nos seus interesses. É aqui que entra o homem que está a afundar a mcel, o Saíze, o “YES MAN”.
Sobre este senhor de quem estou a falar já haviam alertado que ele vinha a mcel com uma missão: sacar mola e enviar para os “PATRÕES”. Fez isso tão bem feito que conseguiu fazer com o que o candidato dos “PATRÕES” fizesse viagens a todos os cantos do mundo com uma comitiva extensa e a comer do bom e do melhor... era o princípio do afundanço da operadora moçambicana sem precedente... típico dos afundanços do mítico Michael Jordan.

O outro truque na manga do “YES MAN”, era bloquear todos os canais de saída de dinheiro e é ai que entram as formações dos quadros da mcel: no ano de 2014, quase ninguém foi a formação pois o “YES MAN” achava uma despesa desnecessária pois aquele dinheiro que estava a sair podia ajudar a equilibrar as contas e drenar mais dinheiro para os “PATRÕES”.
Mas os truques do “YES MAN” não terminaram por ai, mandou “fechar” o MOP, sim, aquela “empresa fantoche” que foi criada para tirar dinheiro da mcel para outras pessoas que não serviam os interesses dos “PATRÕES”...
Quem está mais próximo deles, já percebeu a muito que o barco está a afundar e tratou de bazar... Se não acreditam em mim, analizem a lista de todos os quadros que sairam da mcel só este ano de 2014 e depois digam-me se não tenho razão. Falem com Abdul Neves, Falem com Mussá, Falem com Maurco McArtur, Falem com Akhtar, falem com Felizarda que saiu e se deu muito bem, falem com a Cláudia Manhiça, falem com todos esses que sabiam do que ia acontecer….
Mas isso ainda não é tudo, vem ai a Marlene Manave, aquele senhora não muito bonita que deu cabo da LAM e agora parece que vem acabar o que sobra da mcel… Mas tudo isto são truques, porque parece-me que querem bolar a mcel para a filha do Zedú, sim, essa mesmo a Isabel dos Santos, a magnata Angolana.
Pelo menos o Kota Teodato teve tomates para vir em público dizer que as contas da mcel não andam muito bem… espero que não façam com ele o que fizeram com Benjamim Fernandes quando falou na televisão sobre a fantochada dos registos de números.
Sabem em que posição ficou a mcel na recente lista das 100 maiores empresa em Moçambique???? Perguntem a KPMG, tem a resposta…
O sindicato??? Esse praticamente não existe mais, pois se existisse saberia dar informe sobre o estado da empresa aos seus filiados, mas para fazer bonito aos olhos da gestão, prefere ficar alheio ao que está acontecendo... Mas enquanto Sindicato da mcel, nós exigimos que se pronuncie ou então que pare de nos cobrar o nosso 1% mensal em troca de um mísero cabaz de natal no fim de cada ano civil...

Fala-se da fusão MCEL-TDM, e fala-se ainda que tal está para Março de 2015, fala-se ainda que serão dispensados alguns, senão muitos, quadros no âmbito dessa fusão... Mas ninguém diz nada, ninguém confirma nada... O Sindicato também não diz NADA
Neste momento, a MCEL atravessa uma crise financeira sem igual, nunca vivida no passado, estamos numa situação de podermos acordar e a empresa estar “falida”...Mas sabemos que a empresa não está a falir porque não rende, mas sim porque existem interesses por detrás de toda esta situação pois em termos de receitas, a empresa tem tido bons resultados, mas para onde vai a mola da mcel???

Apenas uma dica senhores membros do conselho de gestão da mcel: Se quiserem ideias para conter despesas eis algumas:
·         Comecem por dispensar os consultores com os seus salários gordos que muitos deles recebem sem muito fazerem...exemplo disso são aqueles 4 consultores da DGR que nada fazem lá no 7º andar senão aquecerem as cadeiras, bajularem um Director que nada mais faz senão se drogar, sim, esse mesmo o Lourenço Chaquice, o drogado (Deixem-me dizer-vos que o chefão desses 4 consultores tem estado aqui em Moçambique para tentar fechar um daqueles negócios que só servem para tirar dinheiro à mcel – chama-se Ambrósio). Depois de limparem o sétimo andar, passem para o Marketing, onde está lá um Tuga a ocupar um lugar que muito bem merece a um Moçambique e como o tipo não é parvo já trouxe para cá uns tantos conterâneos seus para ajudar a tirar algum da mcel (ainda não repararam que até publicidades novas não estamos a lançar????). Depois de sairem do Marketing, não se esqueçam de passar pelo 4º andar, lá sim, a coisa está feia mesmo... é um consultor novo todos os dias e tais consultores já até parecem hóspedes porque alguns até filhos com nacionalidade Moçambicana já devem ter. Na técnica, melhor não falar, alguns até falam melhor português que alguns Moçambicanos. Para mim o mais preocupante em tudo isto é que todos esses consultores têm casa, carro, salário gordo, todo pago pela empresa... Fiquei mal-disposto quando vi o salário dessa gente toda, mas a culpa não é deles, é de quem está a tirar proveito disso.
·         Acordem mcelinos essa coisa de consultores é um esquema montado pelo pessoal do topo para sacar mola na mcel e não vão parar tão já... perguntem lá ao camarada Chutumia do que estou a falar, perguntem também ao Chiche do que estou a falar.
Hoje em dia a mcel está dever todo o “mundo”: Bancos, Fornecedores, Revendedores, etc... Não me admira que um dia a mcel vá pedir mola ao MACAMO, sim, o agiota. Hoje em dia os fornecedores começam a por em causa o compromisso com a mcel, pois a mcel não está a pagar... Coitada da Celina e do Changule que até mentem aos fornecedores por não saber mais o que dizer...

Senhores, eu acho a empresa deve-nos alguma satisfação pois não podemos fazer ouvidos de mercador, fingir que não ouvimos e não vemos nada...ou esperar que algum dia nos digam que não teremos bónus ou que não teremos 13º ou que não teremos subsídio de férias...
A “falência” da MCEL não fica por aqui, estende-se igualmente à Carteira-Móvel, MKESH, sim... MKESH, ou simplesmente o business que era detido pelo antigo Directo Nadim Zafman e que fazia uma rede com alguns pesos pesados do conselho de gestão num esquema para sacar mola, aquele sim, foi um grande Director... o tipo roubou, e foi embora... Deixou a batata quente para quem fosse lá depois dele. Mas o caso da MKESH é mais grave, pois agora não há mola para até para contratar pessoal, os agentes estão a fugir em debandada por causa de falta de pagamento e de salários atrasados e como alternativa, a carteira-móvel iniciou um processo de “recrutamento” ao pessoal da mcel que começou com Halima e Chutumia para tentar organizar a casa, mas soube que muitos outros se seguirão pois aquele barco que se chama MKESH, quase que já[truncated by WhatsApp]
Enviada do meu iPhone

Como se operou a fraude nas eleições passadas?


Como se operou a fraude nas eleições passadas?


Canal de Opinião por Adelino Timóteo
A fraude ocorreu maioritariamente nas zonas do interior do país, com a cumplicidade de alguns observadores comprometidos com a ilegalidade eleitoral. Assim, muitos dos observadores que nem sequer se fizeram ao terreno recebiam númeroshttp://cdncache3-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png maquinados, de interpostas pessoas, tidas como antenas, nos distritos, localidades ou postos administrativos. Era a informação processada de forma centralizada pelas organizações de observadores e ditas sociedades civis. Parte desta informação era partilhada com o partido no poder, por forma a que os números coincidissem. O partido no poder conta com o sistema de rádio nas sedes distritais, daí, com o sistema de partilha prévia, era possível corrigir a contagem onde ela fosse desfavorável. E por aí fora, emprenhado por esse sistema de vasos comunicantes, urdidos por “gangster e mafiosos”, a Rádio estatal foi bombardeando os ouvintes com números alucinantes, a favor do candidato eleito.


Alguns dos observadores com que falámos, com o peso de consciência em relação à crise eleitoral instalada, disseram-nos que, quando foi do processo de recrutamento parahttp://cdncache3-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png a observação, se entusiasmaram, mas qual não foi o seu espanto quando as cúpulas das organizações que os recrutaram os informaram que o trabalho era mínimo, e que, apesar de afectos em Caia, Chemba, Ilé ou Mocuba, não careciam de deslocação às bases, porque, estando na Beira, iriam receber mensagens nos seus telemóveis, após o que deveriam encaminhá-las para o centro de operações, em Maputo.
Uma das nossas fontes disse-nos ter ficado indignada pela forma como lhe impuseram o procedimento, mas, pese embora ter participado nesta trama que beneficiou um dos partidos e candidatos, nunca recebeu o dinheiro, ou seja, o devido honorário pelos bons serviços prestados. A situação afecta igualmente a outros colegas.
A fonte explicou-nos que, com o sistema montado, os membros dos organismos que gerem o processo eleitoral ao nível do Estado ficaram com a última tarefa, que era adulterar os editais, e, nalguns casos, procederem à troca de urnas, para garantirem a vitória, e, desde logo, disporem de material que confirme não a fraude, mas a vitória de quem urdiu a trama toda.
Agora que o Conselho Constitucional requisitou os editais, a expectativa corrente é de que algo possa vir a alterar-se, mas as nossas fontes garantem que a burla já está feita. Se o CC quisesse invalidar os resultados, não teria rejeitado liminarmente o recurso do MDM e da Renamo.
Segundo a fonte, o CC pretende com esse mero exercício burocrático salvaguardar o “bom nome” do partido que engendrou a fraude desde o momento da fabricação de boletins de votos e distribuição dos mesmos, que se sabe esteve a cargo de uma empresa tipográfica do PR, a Académica, gerida por um influente testa-de-ferro membro da Frelimo.
Conta a fonte que os membros das assembleias de voto em representação dos partidos de oposição não assinaram as actas nos locais onde ocorreu violência protagonizada pela Polícia e nas zonas onde a sua presença foi nula por causa do sistema burocrático que lhes foi imposto, à última hora, para garantir o esquema que havia sido previamente montado.
Entretanto, segundo a mesma fonte, a única saída para o CC salvar o Estado de Direito e a legalidade constitucional seria anular as eleições, nos pontos onde ocorreu a fraude, em proporções surreais, como resultados acima de cem por cento.
Anulando os vícios insanáveis, abrir-se-ia lugar para a disputa de uma segunda volta, pois é verdade que nem o partido no poder nem o seu candidato venceram legalmente a primeira volta. “É uma coisa que o CC não creio que irá fazer, por ser dominado pelo partido que engendrou todo o maquiavelismo”, rematou a fonte que temos vindo a citar, que nos afiançou que o partido no poder conta com profissionais para esse tipo de operação criminosa infiltrados em organismos eleitorais tidos como prestigiados e financiados pela comunidade internacional. (Adelino Timóteo)

CANALMOZ – 16.12.2014
"De qualquer forma eu, se fosse a Abdul Carimo, ia preparando uma malinha com alguma roupa, produtos de higiene e medicamentos que tome regularmente porque é sempre desagradável chegar à cadeia sem esse tipo de coisas"

Por Machado Da Graca


Meu caro Sixpence

Espero que estejas bem, assim como toda a tua família. Do meu lado está tudo bem, felizmente.

Onde as coisas parecem não estar a ficar nada bem é para os lados do sheik Abdul Carimo, o Presidente da Comissão Nacional de Eleições.

É o já famoso problema dos editais das últimas eleições.

Depois de Carimo dizer que os editais esta­vam no STAE e de o STAE dizer que estavam na CNE tivemos ainda o porta-voz da CNE a dizer que estavam no Conselho Constitucional (CC).

Ora este Conselho notificou, no fim da sema­na passada, a CNE para que entregue os editais provinciais, dos editais de distrito ou cidade de Quelimane, Alto Molócuè, Ile, Inhassunge, Lugela, Maganja da Costa, Milange, Mocuba, Namacurra, Namarrói, Nicoadala e Pebane. O CC exige ainda cópias originais dos editais considerados impro­cessáveis pela CNE.


O CC pede também esclarecimentos sobre o desaparecimento dos editais que, por lei, deviam estar à disposição dos interessados.

Ora tudo isto já era muito mau para o sheik, até porque a mesma lei prevê penas de prisão e multas para quem esconder editais eleitorais, mas as coisas parece terem piorado bastante ao irem abrir o armazém, no STAE, onde os editais estão guardados, e descobrirem que não estão lá os editais provinciais correspondentes às províncias de Cabo Delgado, Niassa, Tete, Sofala, Gaza, Maputo-cidade e Maputo-província, que deviam estar juntos com os das outras províncias do país.

Como o CC deu prazo até ontem, segunda-fei­ra, para esses documentos lhe serem entregues, imagino que o sheik tenha tido um fim-de-semana agitado.

E se os editais desaparecidos não voltarem a aparecer, o acórdão do Conselho Constitucional pode passar a ser bastante diferente daquilo que se previa.

De qualquer forma eu, se fosse a Abdul Ca­rimo, ia preparando uma malinha com alguma roupa, produtos de higiene e medicamentos que tome regularmente porque é sempre desagradável chegar à cadeia sem esse tipo de coisas.

Um abraço para ti do

Machado da graça

FADM/FIR BLOQUEIA SEGURANCAS DE DHLAKAMA EM SAVE

 
O governo continua a primar por atitudes poucos amistosas para com a renamo. Parece que quem tem iniciativas que sugerem a divisao do pais é o próprio governo pois as autoridades na ponte sobre o rio Save comportam se como se estivessem num posto fronteiriço.
Com efeito, ontem, por volta das 16 horas, uma equipa de avanco da seguranca de Afonso Dhlakama que ia em direccao a Vilankulos, que sera hoje visitada por Dlhakama (chega hoje de voo das LAM), foi ontem "atasanada" pelas FDS em Save. A historia comeca quando a comitiva composta por 4 viaturas recebe uma chamada de emergencia quando faltavam uns 50 km para alcancar Save. O telefonema alertava que em Save verifica se um inusitado e estranha movimentacao de efectivos de militares e que desdobravam em posicoes de ataque nas redondezas. Tendo esta informacao, a equipa interrompe a marcha e diligencias sao feitas para se esclarecer a situacao. Ficou se a saber que haviam ordens expressas para que todos os militares da renamo (cerca de 25 rangers) despissem a farda e guardessem as armas ao atravessar a ponte. O general que comandava a equipa liga para Dhlakama em busca de orientacao e Dhlakama ordena que se prossiga com a viagem tal como estao. Quando chegam em Save, as FIR mandam parar o grupo. Haviam varios militares pesadamente armados no local mas os guardas de Dhlakama mantiveram se serenos dentro das viaturas enquanto o seu comandante que ja havia descido do carro discutia com o comandante da FIR as peripecias da interdicao. O homem da FIR alegou que tinha ordens do comandante distrital mas quando ligaram este alegou que também recebera ordens do comandante provincial e por sua vez este também "saltou fora" e alegou que foi o Jorge Khalau que deu ordens para nao permitir a passagem de soldados da renamo armados e uniformizados. A dado passo durante o forte bate boca que se gerou, a tensao subiu e os segurancas descem das viaturas com as ak-47 desembainhadas e a andavam de um lado para outro a fumarem nervosamente. Vendo isso, os homens da FIR comecaram a resmungar e apelavam para que deixassem os homens seguir para evitar se um banho de sangue porque "estes madalas nao brincam, vao nos limpar". Alguns militares avisaram mesmo que iriam fugir logo que comecarem os disparos. Porque o impasse continuava, voltam a ligar para Dhlakama e este pede para passar o telefone ao comandante da FIR mas este por saber que é Dlhakama que esta em linha, assusta se e diz que o assunto nada tinha a ver com ele porque só estava a cumprir ordens e recusa se a atender. Aborrecido, Dlhakama pede ao seu general para por o celular em modo "maos livres" para que todos ouvisem a conversacao. Dlhakama disse que os seus segurancas partiram desde Niassa, atravessaram Nampula, Zambézia, Sofala e nao tiveram nenhum problema pelo caminho e perguntou porque é só em Save há problema deste tipo; perguntou também se por acaso é ai é um posto fronteirico de um outro pais. E avisou: se querem que os seus homens nao atravessem a ponte, entao que garantam alimentacao e hospedagem para toda comitiva e amanha mesmo (hoje) iria enviar 20 camioes com os seus militares para escorracar "os miudos" ai posicionados, estabelecer o seu próprio posto fronteirico e assim divide-se o pais e desligou a chamada. Passados alguns minutos, apareceu todo aflito o comandante distrital, que chegou ao local ainda de chinelos, calcoes e camiseta e pediu mil desculpas e alegou ter havido um mal entendido. Quando a comitiva prosseguiu viagem, era visivel a grande alegria e alivio no seio das FDS.
Unay Cambuma