"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



segunda-feira, 14 de abril de 2014



 Os professores de diferentes escolas e funcionários do sector da Educação na Beira não compareceram, na passada sexta feira, a uma reunião de carácter obrigatório, organizada pelo partido Frelimo, e que teria a presença de Alberto Chipande, que é chefe da brigada central para a província de Sofala e membro da Comissão Política.
A reunião seria realizada na sede do partido Frelimo no bairro de Inhamízua, na cidade de Beira. Para garantir a presença dos professores, esse partido ordenou que não houvesse aulas naquele dia. Mas, em vez de ir ouvir Chipande a fazer a sua campanha, os professores preferiram ficar em casa com os seus familiares ou dedicar-se a outras actividades do seu interesse.
Ainda não se sabe ao certo a razão da tomada daquela atitude por parte dos professores, mas é conhecida a impopularidade da Frelimo e dos seus dirigentes na cidade da Beira.
A reportagem do CanalMoz deslocou-se a várias escolas e constatou que, de facto, não havia aulas, estando os estudantes no pátio. Dirigimo-nos à escolas secundárias da Manga e “João XXIII”, que se localizam próximo da sede de partido Frelimo no mesmo bairro. Não encontrámos qualquer professor. Os estudantes informaram-nos que os professores tinham um encontro com Chipande em Inhamízua.
O CanalMoz dirigiu-se à sede do partido Frelimo e verificou que não havia lá ninguém. A sala de reuniões encontrava-se ornamentada e colorida com bandeiras daquele partido e do seu candidato, estando tudo pronto para uma jornada de campanha ilegal. Mas não havia convidados. Apenas funcionários da secretaria do partido Frelimo.
Perguntámos a uma das funcionárias da secretaria a razão de a sala estar deserta, quando havia sido marcada uma reunião. A funcionária, que pediu para não ser identificada, disse ao nosso jornal que o encontro ficou adiado por falta de comparência dos professores e de alguns agentes económicos da cidade, que haviam sido convocados para a reunião.

Frelimo não reage
A nossa equipa de reportagem tentou sem sucesso contactar o primeiro secretário provincial do partido Frelimo, Henriques Bongece, para colher dele mais informações sobre aquela situação. Bongece aconselhou-nos a deixar o número do jornal e disse que a secretária do seu partido entraria em contacto para esclarecimentos. Até ao fecho desta edição não houve nenhum contacto.

terça-feira, 8 de abril de 2014

FADM SOFREM 17 BAIXAS EM GORONGOSA


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FADM SOFREM 17 BAIXAS EM GORONGOSA
¤ 11 feridos graves evacuados de emergência para Chimoio
Um batalhão das Fadm que seguiam em 6 viaturas militares sendo 3 camionetas e 3 jipes um dos quais transportando uma metralhadora pesada, sofreu hoje 8/4/14, 2 emboscadas em Tazaronda e Mucodza respectivamente, distrito de Gorongosa, matando 17 militares e 11 feridos graves.
Nos últimos tempos os militares adoptaram a táctica de varrer com metralhadoras pesadas as áreas propensas a emboscadas e Tazaronda (10-13 km de Satungira) é uma área "urbanizada" com algumas infra-estruturas públicas e foi quase dentro daquela localidade onde as perdizes metralharam as viaturas usando a táctica de dispara e foge.
Refeitos da surpresa, os militares tentaram encetar uma perseguição mas sem sucesso e de seguida decidiram levar os feridos para a vila sede e para isso foi destacado uma unidade em 2 viaturas (um jipe e camioneta com algumas de tropas de escolta) que acabou caindo numa outra emboscada numa área impensável em Mucodza, 7km da vila sede, vitimando mais tropas. Muitos feridos estavam em estado critico.
Unay Cambuma

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Golpe de mestre….

 

72 COMANDOS ESPECIAIS DO ZIMBABAWE ANIQUILADOS EM BUZI

COMBOIO DA VALE TRAZIA ARMAMENTO
Um comando de tropas especiais do ZNA ( Zimbabwe National Army), que se fazia transportar em 6 helicópteros, tentou assaltar uma base da Renamo situada na localidade Chissinguana, distrito de Buzi. A base situa-se numa mata densa. Os helicópteros aterraram a uma distância segura e os militares "makomeredes", como são conhecidos os zimbabweanos, adentram na mata em direção à base. Antes, os helicópteros sobrevoaram a área para tentar metralhar as perdizes do ar mas sem sucesso devido ao denso matagal. Não nos ficou claro se foi na ida à base ou a na volta mas os atacantes caíram numa pesada emboscada a curta distancia e sofreram grandes perdas e houve uma debandada. Foi um desastre, 72 ficaram no terreno e uma escassa dezena e que logrou salvar-se milagrosamente na debandada. Várias armas foram recolhidas e não se sabe ainda se os corpos abandonados foram recolhidos.

VAGÕES DA VALE TRAZIAM ARMASConforme postamos de manhã, homens armados atacaram um comboio da Vale mas as nossas fontes afiançaram-nos que na verdade foi a Renamo que atacou a composição porque trazia num dos seus vagões uma quantidade de armas suficientes para equipar um batalhão. As armas, entretanto apreendidas pela Renamo, eram provenientes do Zimbabwe. Tudo indica que as perdizes monitoraram o comboio desde o ponto de partida, tendo neutralizado a carga na remota área de Samacueza, Muanza. Não há detalhes de como ocorreu operação, que acabou ferindo o maquinista principal.

 

GOVERNO "OFERECE" GRANDES QUANTIDADES DE ARMAS À RENAMO

As armas foram trazidas de helicópteros da força aérea zimbabweana na sexta-feira, ao aeroporto de Chingozi, Tete.
Mais uma jogada de mestre do lendário general Dlhakama.
A captura de armas em Muanza é um acontecimento a todos os títulos catastrófico para o governo e uma extraordinária e espetacular aquisição de armas e munições novas para a Renamo. Foram apreendidas bazucas, morteiros, metralhadoras, ak-47, munições, etc, tudo 'blend new'.
Um vagão só com armas é uma coisa hecatómbica. É melhor o governo assinar um cessar-fogo já.
ÚLTIMA HORA ÚLTIMA HORAANÁLISE DAS CIRCUNSTÂNCIAS EM VOLTA DO ATAQUE DO COMBOIO DA VALE
INFORMAÇÕES DE ÚLTIMA HORA INDICAM QUE UMA DAS CARRUAGENS TRANSPORTAVA ARMAS E O COMBOIO FOI MONITORADO DESDE TETE ATÉ AO LOCAL ONDE CAIU NA EMBOSCADA.
VAMOS AOS DADOS:

Conforme a reportagem da STV, o ataque ocorreu em Muanza na zona de Samacueza em Sofala;
O maquinista debaixo do tiroteio conseguiu desengatar todos os vagões, tendo-os abandonado no local;
O maquinista conseguiu conduzir as cabeças (máquinas) até ao Dondo;
O maquinista só levou um tiro na perna;
A STV não entrevistou o maquinista e nem disse o seu nome.
Analisando estes dados e acoplando-os aos dados secundários que dizem que num dos vagões o comboio transportava armas vindas do Zimbabwe e que teriam sido embarcados em Tete, e que a guerrilha monitorou o comboio desde Tete até ao local escolhido para o ataque, transpira o seguinte:
a) o maquinista debaixo de fogo não poderia ter conseguido desengatar as carruagens;
b) deduz-se que os guerrilheiros conseguiram paralisar o comboio e terão desengatado as carruagens para ficarem a descarregar o armamento;
c) os guerrilheiros autorizaram o maquinista a avançar para Beira.
O facto de a televisão não ter feito entrevista ao maquinista nem ao seu auxiliar, e tendo mantido os nomes da tripulação em anonimato*, prova que há um segredo a esconder para não vazar o segredo sobre a carga que transportavam e as circunstâncias em que caíram na emboscada.