"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Renamo dá ultimato ao Governo para retirar a polícia da sede do partido em Nampula

30 de Agosto de 2012, 12:48

Maputo, 30 ago (Lusa) - A Renamo, principal partido da oposição em Moçambique, deu um ultimato ao Governo até domingo, para a retirada da polícia das imediações da sede do movimento em Nampula, disse hoje à Lusa o porta-voz desta formação política.
A Força de Intervenção Rápida (FIR) mantém um contingente nas redondezas da sede da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) na província de Nampula, norte do país, desde março passado, quando esta polícia antimotim invadiu as instalações durante um confronto com antigos guerrilheiros do partido.
No confronto, um polícia morreu e 27 membros do principal partido da oposição foram detidos, dos quais a maioria foi libertada, enquanto alguns ainda aguardam julgamento.
Em declarações à Lusa em Maputo, o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, disse que o partido comunicou ao Governo da província de Nampula que a polícia tem até domingo para se retirar da sede.
"O partido vai esperar até domingo e depois vai organizar uma manifestação de repúdio contra o cerco à sede. A FIR é para impor a lei e ordem e não para montar cercos a partidos políticos", disse o porta-voz da Renamo.
A Renamo, assinalou Fernando Mazanga, não espera "nenhum banho de sangue" na manifestação que poderá realizar-se contra a presença da polícia na sua sede, mas faz depender as consequências dessa ação à postura da polícia.
"Acreditávamos que os contactos entre o presidente da Renamo (Afonso Dhlakama) e o chefe de Estado (Armando Guebuza) resolveriam a questão, mas isso não aconteceu e já não é possível controlar a irritação dos membros do partido com a situação", acrescentou Fernando Mazanga.
O porta-voz da Renamo desmentiu que as mudanças na direção do partido em Nampula tenham a ver com uma nova postura que esta formação política quer impor na resolução do diferendo com a polícia.
"São mudanças necessárias para lubrificar a máquina partidária. Se (José) Mourinho entendesse que (Cristiano) Ronaldo não joga, não joga", enfatizou o porta-voz da Renamo, defendendo as competências de Afonso Dhlakama para restruturar a direção do partido.
No âmbito das mudanças anunciadas esta semana, Afonso Dhlakama exonerou Lúcia Afate do cargo de delegada da Renamo em Nampula e nomeou para o posto Júlia Sebastião e exonerou António Nihórua do posto de chefe de mobilização, não tendo ainda indicado o novo titular.

Comentários sobre o pronunciamneto do Daviz Simango

 
Aqui simplemente apresento os diferentes comentarios de diferentes moçambicanos sobre os pronunciamentos do Diviz Simango Presidente do MDM. "Nao somos dementes políticos". Como podem ver os comentários em forma de desabafo, mostram que o povo moçambicano está cansado da eternidade governação pelo único partido que muito pouco faz para o sofrimento do povo. mas também ão faltaram ideias contrárias. De tudo as eleições se aproximam e assim veremos em que lado o povo se encontra se elas forem verdadeiramente justas e livres, quer dizer sem coagir, sem intimidar, sem roubar os votos.... leiam o pensamentos dos veem as coisas defirentemente de nós mas que não são inimingos.
 
  • Almeida Antonio · Comentador principal · Trabalha na empresa Alemanha
    VIVA O MDM! VIVA O MDM O Partido para todos os Mocambicanos. ViVA O MDM a esperanca do Povo Mocambicano estas de Parabens Muido, vamos so Trabalhar para conquistar o Poder, sobemos que alguns tem medo de um dia chegar no Turbunal Internacional em quistao de Crimes, corrupicao, e de ma Governacao, nao falta muito vamos Trabalhar, nem num Partido em africa que consguiu com pouco tempo tantos sucessos como O MDM ate no Mundo. a qui fala -se muito do MDM, O Partido deve se dedicar muito para todos Mocambicanos e para o seu bem Estar, Emprigo combate a creminalidade, formacao da Policia, educar a Populacao, meus irmaos Mocambique e lindo! so AFrelimo EStragou Mocambique, com Corrupicao.crimes, ete ete, abraco da Europa.
  • Aldo Massunda · Trabalha na empresa Administration Training
    Forca MDM, parabens por mais um aniversario! Dia apos dia despertando o povo mocambicano para a conquista dos seus direitos. Mocambique para todos! Livre dos abutres que dancam e comem acusta do esforco do povo, humilhado e oprimido por aqueles que se intitulam combatentes the patria e declaram futuro melhor, combate a pobreza... Viva o Galo! Forca povo mocambicano. Vamos despertar!
  • Rodrigues Maloa · Beira
    Nao sou politico e nem quero me meter nisso.....
    • Nao devia ter aparecido aqui, como na politica nao há abstencao, a sua abstencao traduz-se em apoio a quem está a governar.
  • As pessoas falam aquilo que sabem e não querem aceitar. O MDM, aliás, na altura, o candidato independente para o Município da Beira, foi sustentado mais pelos senas, chuabos, macuas e outras tribos deste país e, até tribos do sul, mesmo machanganes, residentes nesta cidade. Portanto, não foi o clã Simango. Na Frelimo, até o Guebuza tem uma gota de sangue do império de Gaza, se é mentira perguntem na mãe dele. Nós precisamos ser coerentes naquilo que falamos e não vejo, eu, mal nenhum que dois membros da mesma família militem num mesmo partido, o que não é correcto é um partido que se faz governo exclui outros partidos ou indivíduos aliados a eles. Moçambique não é propriedade dos partidos, mas alguns fazem-no, ignorando os milhões de cidadãos que podiam dar o seu apoio.
  • Moçambique precisa de uma força politica credivel que possa ser alternativa viável aos mesmos de sempre.Gostaria de acreditar que o MDM fosse essa tal força, mas tenho visto/lido e não me tem convencido.A ver vamos o que escolhem os moçambicanos.
    • O MDM ja fez o suficiente para mostrar, a quem tem nao receio de mudar de rumo, que é um partido com uma liderenca atipica de africa onde reinam ditaduras e exclusao. "Uma mulher que nao sabe o que quer, nao pode dizer que aquele homem nao sabe conquistar."
  • A exclusão de todos aqueles que se simpatizam com o seu partido e não sejam do clã Simango, constitui regra nos estatutos do seu partido. Desertados de outras formações políticas, por frustração é que militam no MDM. São um bando de ambiciosos desgovernados e fique claro meu amigo que seus seguidores não são um terço do universo dos eleitores. Este país não se vai deixar governar por maquiavélicos.
    • Davis Simango nao tem nada de maquiavelico, leia bem Maquiavel depois saberas a quem aplicar o termo.......
    • o povo mocambicano esta cada vez mais apar do que esta a acontecer no pais,ja da para ver k em breve camisetes,capulanas e bonés da Frelimo nao sera motivo de mais votos.
      VIVA MDM
  • Samuel Estefane Macuácua Estefane · Faculdade de Direito
    Não somos dementes com a cara de um profissional nepotimismo, eis a razão que pderá estragar a unidade do seu partido, me parece que está dirigir o poder nesses moldes, é mau está a preparar a propria sua vala.
    • Caro Samuel Estefane, onde ha exactamente nepotismo nao é no partidao? Diogos, Chissanos, Guebuzas, Macaringues, Macuacuas, Macamos, Nhamtumbos, Pachecos, e tantos outros, nao vejo problema nenhum dois irmaos com uma veia politica invejavel, que contribuem para a democratizacao do nosso pais, saiba que o Lutero e Daviz tem se pautado pelo urbanismo e comportamento exemplar na AR, e outro na Autarquia Beirense. Nao sei porque diz que está a preparar a sua vala, isso é intimidação, o que é mau, nao fica bem intimidar o seu proximo, se nao deus tambem irá te intimidar!
    • A tua propaganda Samuel Macuacua não vai pegar.
    • Jaconias Pedro Massango · Comentador principal
      O grande desafio do país nao é contra o analfabetismo mas sim contra a ignorancia e o egocentrismo exacerbado.
  • “Não somos dementes políticos”

    Daviz Simango.
    No dia do MDM, Daviz Simango aproveitou para falar da história do MDM e mandar recados para a Renamo e a Frelimo. Simango disse ainda que, com o surgimento do MDM, milhões de moçambicanos passaram a ter oportunidade de exprimir a sua vontade abertamente.
    O líder do MDM, Daviz Simango, afirmou, na última terça-feira, que a sua formação política não é composta por dementes políticos, tal como muitos círculos tentaram e tentam dar entender, desde o surgimento do “galo” há quatro anos.
    Simango, que falava a uma moldura humana ligada ao seu partido durante as celebrações do dia da criação deste movimento político, assinalado no passado dia 28 de Agosto, dia que o MDM chama de Dia de Revolução, referiu que “prova disso, é que em menos de cinco anos conseguimos eleger oito deputados para a Assembleia da República, colocando ponto final à bipolarização na casa do povo; conquistamos parcialmente dois municípios; e temos membros nas assembleias provinciais em todos os locais onde não conseguiram impedir a nossa participação.” 
    Com o surgimento do MDM, continuou Daviz Simango, milhões de moçambicanos passaram a ter oportunidade de exprimir abertamente as suas ideias em prol da construção de uma nação sã, em que as oportunidades sejam iguais, independentemente das crenças políticas. “Querermos construir um Moçambique para todos e, para tal, contamos com todos os moçambicanos, e a nossa prioridade número um para alcançarmos tal feito passa pela conquista do poder. Só estamos à espera das eleições”, continuou. O Movimento Democrático de Moçambique marcha pelas ruas da Beira, celebrando o seu dia de revolução com as antenas viradas para a conquista do poder no país.
     28 de Agosto é uma data histórica para o MDM, pois foi nesta data  em que foram rompidas  as relações entre a liderança da Renamo e as suas bases na cidade da Beira por terem decido apoiar a candidatura independente de Daviz Simango, em 2008, o que culminou, nove meses depois, com a criação do MDM.

    domingo, 26 de agosto de 2012

    Muçulmanos em Nampula distanciaram-se das manifestações convocadas em Maputo

     
    A comunidade apelou,..., a toda a comunidade muçulmana à escala nacional a não se deixar instrumentalizar por indivíduos que usam a religião para finalidades políticas.
    A comunidade muçulmana em Nampula, representada pela comissão dos Álimos ”teólogos”, apelou, na manhã deste sábado, em conferência de imprensa, a toda a comunidade muçulmana à escala nacional a não se deixar instrumentalizar por indivíduos que usam a religião para finalidades políticas. este apelo foi lançando no final do encontro havido na manhã do sábado, na sala de reuniões da reitoria da Universidade Lúrio, no campus de Marere, cidade de Nampula, entre a comissão - em representação da comunidade islâmica de Nampula, por sinal a maior do país, com cerca de quinhentos mil membros - e os ministros da justiça e da educação, em representação do governo.
    O encontro de cerca de duas horas, que decorreu à porta fechada, tinha como objectivo esclarecer à comunidade muçulmana a decisão tomada pelo governo em relação à polémica questão da proibição do uso de hijab “véu islâmico” nas escolas públicas, privadas e particulares do país.
    Na conferência de imprensa, depois do encontro, a ministra da Justiça, Benvinda Levi, referiu que, ao contrário do que estabeleciam as circulares números 1387/2012 e 06 GM/MINED/2012, dos dias 31 de Julho e 10 de Agosto de 2012, do Ministério da Educação e Cultura, que apenas permitiam o uso do véu islâmico no período de Ramadan, o governo decidiu, em Conselho de Ministros, permitir que os muçulmanos usem o véu islâmico nas escolas em qualquer altura do ano.
    Importa  esclarecer que esta decisão do governo surge depois de uma série de ameaças efectuadas pelos muçulmanos em Nampula, entre as quais romper todas as relações com o governo e partido Frelimo, entre outras.
    Abdul Latifo, porta-voz da comissão dos teólogos muçulmanos louvou a decisão do governo e prometeu divulgá-la no seio da comunidade muçulmana na extensa e populosa província de Nampula.
    Latifo disse, ainda, que se governo continuar a pautar por esta postura do diálogo não só com os muçulmanos, mas com todas as forças vivas da sociedade, vai evitar muitos males e perpetuará a paz e harmonia social no país.
    Neste encontro, a comissão dos Álimos de Nampula não apresentou aos representantes do governo preocupações relacionadas com a questão dos raptos que têm estado agitar a comunidade muçulmana na capital do país.
    Questionados pela imprensa sobre a sua posição em relação às já convocadas manifestações pacíficas, paralisação da actividade comercial, entre outras medidas, Abdul Latifo disse que a comunidade muçulmana em Nampula, tudo o que sabe é pela imprensa, e não podia tomar nenhuma decisão sem contacto formal com os mentores destas reivindicações em Maputo. contudo, clarificou que os muçulmanos em Nampula são pelo diálogo e acreditam que dialogando com o governo é possível encontrar soluções para diversos males, incluindo a questão dos sequestros. Latifo alertou a sua comunidade para estar atenta aos já evidentes esforços de usar a religião muçulmana e problemas que afectam a sua comunidade para ganhos políticos de meia dúzia de pessoas. Latifo terminou a sua intervenção manifestando solidariedade às famílias vítimas de sequestros e apelando ao governo a procurar estancar o fenómeno com urgência.

    terça-feira, 21 de agosto de 2012

    COMANDOS DAS FADM EM EXERCÍCIOS NO LESOTO

    21 de Agosto de 2012, 10:31

    MAPUTO, 21 AGO (AIM)- Um contingente de tropas das Forças Especiais (Comandos) das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) encontra-se desde semana finda no Reino de Lesotho, a participar em exercícios conjuntos entre os países membros da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).

    Trata-se de exercícios denominados HIGHANDER que terminam no próximo dia 2 de Setembro e têm como objectivo preparar as Forças Especiais da Região, cultivar a interoperabilidade e a doutrina conjunta, garantido a sua prontidão e habilitando-as com competências inerentes ao cumprimento das missões, no quadro da defesa colectiva.

    Falando no momento da despedida dos Comandos, o Chefe de Estado Maior General das FADM, General de Exercito Paulino Macaringue,  disse que o cumprimento daquela missão deve ser encarado com enorme responsabilidade pois, os mesmos estarão, não somente a representar as FADM como o país no seu todo.
    Segundo o “Noticias”, na sua edicao de hoje,  Macaringue orientou para que representem condignamente a instituição a que fazem parte e a honrarem a República de Moçambique, observando um comportamento irrepreensível e espírito de missão e promovendo um relacionamento baseado na cordialidade, respeito mútuo e camaradagem.

    Agente da polícia espancado por colegas

     
     
    A vítima diz que pediu dispensa para levar o filho doente ao hospital.
    Um agente da Polícia da República de Moçambique foi brutalmente espancado por colegas, na sua própria residência, no bairro de Carrupeia, em Nampula, no último sábado, alegadamente por ter faltado ao serviço.
    A vítima diz que pediu dispensa para levar o filho doente ao hospital. Trata-se de Arlindo Sinelo, de 46 anos de idade, afecto à 1ª esquadra da PRM em Nampula, e com 23 anos de polícia.
    Falando ao “O País”, a vítima, que sofreu quatro pontos na sequência dos ferimentos, diz não entender as razões da violência que sofreu.

    Membros da Renamo amotinam-se no Comando Distrital de Angoche

    Tensão política em Angoche.
    Membros e simpatizantes da Renamo estiveram, ontem, amotinados no Comando Distrital de Angoche, província de Nampula, para exigir a libertação do delegado político distrital da Renamo, que, alegadamente, foi  detido pela Força de Intervenção Rápida (FIR) na sua casa, onde se encontravam hospedados o chefe de Mobilização, Armindo Milaco, igualmente deputado, e o chefe do Departamento de Organização, Meque Brás. Estes dois estavam em missão nos distritos de Nampula.
     Num comunicado designado “relâmpago”, enviado pelo à nossa redacção, o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, refere que “a confusão foi provocada pelo senhor Adelino Wachapo, chefe de posto de Sangaozi, que tentou inviabilizar o comício que se realizou naquela localidade. O referido chefe dizia que havia recebido orientações centrais para impedir que o secretário-geral (apesar de não fazer parte da delegação) realizasse o comício”.  Foi nestas condições que o delegado distrital da Renamo em Angoche foi detido.

    MDM em Manica considera retirada de suas bandeiras de perseguição

     
    Bandeiras da Frelimo e Renamo continuam hasteadas.
    O MDM está preocupado por alegada impunidade dos agentes envolvidos na destruição dos seus símbolos fundamentais. A  vandalização das bandeiras não inclui as da Frelimo e da Renamo.
    O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) é o único partido proibido de içar bandeiras dentro do município de Chimoio, província de Manica.
    A última bandeira do MDM que se encontrava asteada na sua sede provincial e que tinha resistido à vandalização foi, finalmente, retirada e incendiada pela polícia camarária.
    A atitude despertou alguma atenção ao nível da cidade de Chimoio pelo facto do presidente daquele município ter-se justificado pela medida alegando a postura camarária que era posta em causa, e que a medida incluía a todos os partidos. Entretanto, as bandeiras da Frelimo e da Renamo continuam asteadas até nas aldeias, o que dá logo a entender que a medida era, exclusivamente, contra as bandeiras e actividades do MDM.

    Teólogos muçulmanos ameaçam cortar colaboração com a Frelimo

     
     

    Em causa os comunicados do Ministério da Educação
    A comunidade muçulmana desafia o Governo a “pedir desculpas (públicas) aos muçulmanos pela ofensa, além de autorizar as mulheres muçulmanas o uso do véu na imagem fotográfica de documentos de identificação, tais como (Bilhete de identidade, passaporte, carta de condução, cartão de eleitor etc.)”
    Está declarada a guerra! A Comissão dos Álimos (teólogos) de Nampula emitiu, no passado dia 11 de Agosto em curso, uma deliberação na qual não só desafia o Governo a “pedir desculpas aos muçulmanos pela ofensa, via imprensa” como também ameaça cortar colaboração com o executivo e com o partido Frelimo.  
    No dia seguinte (12 de Agosto), elaboraram, em resposta aos referidos comunicados do Ministério da Educação (MINED), atinente ao uso do véu nas escolas públicas, privadas e particulares, uma exposição que foi encaminhada ao Conselho de Ministros, em que apresentam a sua preocupação pelos “constantes pronunciamentos e decisões do Ministério de Educação”.                                 
    Deliberação da sessão extraordinária                            
    Os teólogos muçulmanos, reunida na sua sessão extraordinária dos dias 10 e 11 de Agosto de 2012 na cidade de Nampula, para analisar o teor das circulares nºs 1387/2012 e 06 GM/MINED/2012 do MINED, do dia 31 de Julho e 10 de Agosto de 2012, respectivamente, deliberaram que o Governo deve, além de pedir desculpas aos muçulmanos pela ofensa, via imprensa, “autorizar, de forma documentada, o uso do hijab (véu Islâmico) nas instituições públicas e privadas permanentemente”; autorizar também “as mulheres muçulmanas o uso do véu na imagem fotográfica de documentos de identificação tais como (Bilhete de identidade, passaporte, carta de condução, cartão de eleitor etc.)”.
    Na mesma deliberação, desafiam o Governo a incluir “mais académicos e intelectuais muçulmanos nos diferentes sectores de actividades do âmbito governamental” e “colaborar em matéria religiosa com os teólogos e respeitar os princípios islâmicos”.
    Os teólogos referem que os pontos apresentados são os que “mais inquietam os muçulmanos de Nampula, em particular, e do país no geral”, daí esperarem “a apreciação minuciosa e a resposta urgente” dos mesmos para “tranquilizar o clima tenso instalado pela circular nº 1387/12, emitido pelo MINED”.
    Recado eleitoralista
    Na deliberação em referência, assinado pelo Sheikh Ismael Abudo, os muçulmanos deixam um recado claramente eleitoralista: “com a resolução das inquietações acima pela vossa parte, perspectivar-se-á uma boa colaboração da Comunidade Islâmica no âmbito político”.
    O documento foi enviado, não só ao governador da província de Nampula, como também ao secretário do Comité Provincial do Partido Frelimo e aos conselhos dos Álimos provinciais.
    Repúdio muçulmano em exposição
    Num outro documento (exposição), encaminhado ao Conselho de Ministros, os teólogos dizem que “volvidos 50 anos do partido Frelimo e 37 da independência, esperava-se um Moçambique melhor, de paz, tolerância e respeito mútuo”, onde a prioridade de agenda “fosse harmonia social em todas as regiões” do país.
     “A Comunidade Muçulmana faz e fará parte do povo moçambicano até ao dia em que se publicar o contrário; ela contribuiu desde a fase pré-colonial, colonial e pós-colonial até aos nossos dias, de grande forma para os diferentes aspectos de agenda do desenvolvimento deste país sem necessidade de se especificar. Todavia, não faz sentido somente ser utilizada e excluída”, refere aquela comunidade na exposição, esclarecendo que “quem pensar que os muçulmanos são atrasados estará a trair a sua própria consciência”.

    sábado, 11 de agosto de 2012

    Milionário reconstrói Arca de Noé

    Arca ainda em contrução em 2011.Brincadeiras sobre o fim do mundo e discussões sobre o clima estão em alta, e tem um holandês que já se preparou para o pior. Johan Huibers construiu uma réplica da Arca de Noé seguindo as medidas bíblicas. A barca tem cerca 40 metros de comprimento, 23 de largura e 14 de altura.

    A ideia de construir a embarcação surgiu há 20 anos quando Johan sonhou que a Holanda estava submersa. A obra demorou 4 anos para ser concluída. Para comemorar o feito, o holandês pretendia colocar 3 mil pessoas a bordo e navegar até Londres para a Abertura dos Jogos Olímpicos, mas foi impedido pelos bombeiros por medidas de segurança.

    Agora o milionário pretende montar um zoológico dentro da arca e abrir para visitação. Será que ele vai conseguir um casal de cada animal?

    quinta-feira, 9 de agosto de 2012

    Tanzania avisa: “Prontos para a guerra” contra o Malawi

      
    Edward-Lowassa-deputado-tanzaniaA Tanzania está preparada para uma eventual  guerra com o Malawi  em torno das disputas fronteiriças sobre a linha divisória do Lago Niassa.
    A ameaça foi feita  pelo presidente  da Comissão Parlamentar da Defesa, Segurança e Relações Exteriores  da Tanzânia, Edward Lowassa(na imagem).
    A Tanzania exige ao Malawi para parar imediatamente com  as pesquisas  de gás natural e petróleo no Lago Niassa, considerado o terceiro maior da África, mas o governo de Lilongwe rejeita a exigência tanzaniana, alegando que a prospecção  está a acontecer dentro das fronteiras legais.
    Lowassa  declarou que se o cenário de guerra for necessário, a Tanzânia está pronta para “consentir sacrifícios e derramar o sangue dos seus melhores filhos” e as forças armadas tanzanianas estão psicologicamente preparadas e equipadas para fazer face à situação.
    O parlamentar tanzaniano foi mais longe, ao dizer que o exército do seu país está entre os mais modernos do mundo, para além de viverem um ambiente estável em termos político-militares.
    Em conexão com esta crise, circulam informações, ainda não confirmadas por fontes independentes, segundo as quais, a Tanzania estaria já a movimentar tropas para a fronteira com o Malawi.
    Cerca de trinta por cento das exportações e importações malawianas  dependem  do porto tanzaniano de Dar-es-Salam e outra parte, a mais significativa, se desenvolve através dos portos moçambicanos da Beira e Nacala.
    Em caso de eclosão de uma guerra, o Malawi perde a rota de Dar-Es-Salam e fica parcialmente ou totalmente bloqueado em termos logisticos.
    Mais grave ainda, o Malawi nunca teve experiência de guerra, enquanto a Tanzania já enfrentou no passado o regime de Idi-Amin Dada do Uganda e efectivos tanzanianos apoiaram o exército governamental em Moçambique durante a guerra de desestabilização.
    Os dois países  voltam a reunir-se no próximo dia vinte deste mês, em Mzuzu, no extremo norte do Malawi, com vista a procurar uma solução diplomática em torno da linha divisória sobre o Lago Niassa.
    Observadores  acreditam que, tal como aconteceu no passado, a  próxima ronda negocial poderá redundar num fracasso, tendo em conta as profundas diferenças entre as duas partes, e também todo um ambiente envolvente e sobretudo a animosidade que antecede as conversações do próximo dia vinte de Agosto.
    O presidente da Comissão Parlamentar da Defesa, Segurança e Relações Exteriores da Tanzânia, é citado a dizer ainda que o seu país também está interessado em ver este conflito resolvido através de canais diplomáticos, usando se necessário uma mediação internacional.
    Lowassa destacou que o Malawi é um país vizinho, e dai que “não gostaria que os dois países se envolvessem numa guerra.  Mas caso seja necessário, a Tanzania não descarta essa hipótese”.
    O  governo malawiano assumiu semana passada que aposta numa solução diplomática com a Tanzania em torno do Lago Niassa, também partilhado por Moçambique.
    O ministro malawiano dos Negócios  Estrangeiros e Cooperação Internacional, Emphraim Chiume, disse que não há motivo de ansiedade ou de alarme devido à crise fronteiriça entre os dois países.
    De acordo com Chiume, a fronteira Malawi/ Tanzania foi definida através do Tratado Anglo-Germânico assinado a um de Julho de 1890, que estabelece a linha divisória na margem oriental do lago Niassa.
    Além disso,  os chefes de Estado e de governo da extinta Organização da Unidade Africana  assinaram uma resolução em 1963, segundo a qual os Estados africanos deverão reconhecer e aceitar as fronteiras que herdaram aquando das suas independências.
    Emphraim Chiume acrescentou que a União Africana assumiu a mesma posição em  2002 e em 2007.
    Mas o ministro tanzaniano  dos Negócios Estrangeiros e Cooperação  Internacional, Bernard Membe, disse que o conflito começou em 1960  quando o primeiro presidente do Malawi, Kamuzu Banda, reivindicou que  o Lago Niassa e o distrito tanzaniano de Mbeya eram parte do Malawi, usando como pretexto o Tratado Anglo-Germânico de 1890.
    Posteriormente, as conversações sobre este diferendo foram interrompidas numa altura em que Kamuzu Banda alinhava abertamente ao lado do regime racista  da África do Sul, enquanto a Tanzania era à favor dos movimentos de libertação da África Austral.
    Recorde-se que o falecido Presidente Kamuzu Banda viria a reivindicar  também um pouco depois de 1965, no Congresso do seu partido, o MCP, que todo o norte do Rio Zambeze em Moçambique até ao Oceano Indico  e alguns  distritos da Zâmbia também eram parte do seu país, naquilo que ele chamava o “Grande Malawi”.
    Bernard  Membe anunciou que o diálogo Tanzania/Malawi viria a ser retomado em 2005 entre os Presidentes Jakaya Kikwete e Bingu wa Mutharika, este último já falecido, que decidiram criar um comité ministerial  envolvendo os dois países países para a resolução da disputa em torno do lago Niassa, baptizado pelos malawianos como Lago Malawi.
    O comité reuniu-se em 2010 e 2012 para analisar uma série de questões, entre as quais, a alegação do governo tanzaniano segundo a qual algumas aeronaves  supostamente pertencentes a companhias  envolvidas na pesquisa de hidrocarbonetos estão a sobrevoar ilegalmente o seu espaço aéreo nacional, o que representa uma ameaça a segurança e a soberania estatais.
    A Tanzania exige ao Malawi para parar imediatamente com  as pesquisas  de gás natural e petróleo no Lago Niassa, considerado o terceiro maior da África, mas o governo de Lilongwe rejeita a exigência tanzaniana, alegando que a prospecção  está a acontecer dentro das fronteiras legais.
    Em Outubro de 2011, o governo do falecido Presidente do Malawi, Bingu wa Mutharika concedeu uma licença  a empresa britânica Surestream Petroleum para a pesquisa de petróleo e gás natural no Lago Niassa, nos blocos dois e três, o que corresponde a uma área combinada de vinte mil quilómetros quadrados, em águas disputadas.
    O  Malawi alega ainda que todo o lago pertence ao seu território, enquanto a Tanzania reivindica que  cada país tem apenas direito a cinquenta por cento.
    Presume-se que o lago Niassa, para além de rico em peixe, tenha algumas reservas de petróleo e gás natural.
    Nalguns círculos  restritos, circula informações segundo as quais, o Malawi alega que a Tanzania não deveria se preocupar pelo Lago Niassa, porque para além deste, tem os lagos Tanganhica e Vitória e o Oceano Indico, também partilhado por Moçambique.
    Por Faustino Igreja, em Blantyre