03/10/2019
Há bloqueio da observação eleitoral
As Comissões Provinciais de Eleições estão a recusar atribuir credenciais a cerca de 6 mil observadores da sociedade civil, principalmente nas províncias de Nampula e Zambézia, onde a oposição tem mais aceitação a avaliar pelos resultados das últimas eleições.
Naquilo que é a maior iniciativa de observação eleitoral da sociedade civil em Moçambique, um grupo organizado de observação pretende ter mais de 11 mil observadores em 1/3 de todas as assembleias de voto. Mas parece que os órgãos de gestão eleitoral estão a bloquear a missão.
Tanto grupos de observadores nacionais como internacionais reclamam que suas missões de observação estão a ser obstruídas, em clara violação à lei.
Os observadores independentes jogam papel chave na prevenção de enchimento de urnas e de outras formas de fraude eleitoral e Nampula e Zambézia são os maiores círculos eleitorais e onde a Renamo tem reais possibilidades de ganhar a maioria dos votos e eleger governadores provinciais. As duas provinciais tiveram casos sérios de fraude eleitoral nas eleições municipais do ano passado. Os resultados das eleições em Monapo (Nampula) e Alto-Molócuè (Zambézia) foram alterados para beneficiar os candidatos da Frelimo. As evidências da fraude foram trazidas graças à contagem paralela da observação eleitoral independente. Neste contexto, a observação eleitoral independente nestas províncias é fundamental para prevenir fraude. Será também importante uma observação massiva em Gaza, onde foram recenseados mais de 300 mil eleitores fantasmas.
Leia aqui Download Eleicoes-Gerais-65-03-10-19
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