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Escrito por Adérito Caldeira em 03 Janeiro 2017 |
Inaugurado em Julho passado pelo Presidente Filipe Nyusi o IFP de Monapo custou cerca de dez milhões de dólares norte-americanos. Com dez salas de aula, sala de informática, biblioteca, laboratório de ciências naturais, sala de artes/oficina, sala de música, ginásio, dormitório, laboratório pedagógico (onde funciona uma escola primária) e casas para professores, é o quinto do género a ser construído com apoio financeiro do Governo do Japão, depois de Chibututine (1998), Xai-Xai (2004), Chimoio (2006) e Cuamba (2008). O @Verdade visitou o Instituto pela segunda vez, e depois de vê-lo ainda a abrir portas, em Março, pôde testemunhar a inscrições dos candidatos a professores para o ano lectivo de 2017. Poucos dias antes decorreu a graduação de 295 estudantes, dos 325 que frequentaram o curso, que se tornaram professores da 1ª a 7ª classes. Os primeiros jovens formados eram oriundos não só da província de Nampula mas também das província vizinhas e até existiu um candidato ido de Maputo. “É verdade que é preciso a formação, aqui damos algumas ferramentas psicopedagógicas, mas a gente aprende com o dia a dia, nem um ano é suficiente, nem cinco anos são, a formação sólida é ao longo da vida” explicou o director, um homem com perto de quatro décadas de experiência na Educação. Questionado se os novos professores poderiam ter dificuldades de colocação, afinal o sector de Educação também está a sofrer o impacto da crise económica e financeira, Lucas Junqueiro foi peremptório, “a província de Nampula e da Zambézia não conseguem satisfazer as suas necessidades em termos de professoras, vão ser todos contratados todos”. Entretanto o director revelou que o primeiro ano de funcionamento decorreu sem que o Instituto tivesse ainda recebido fundos do Orçamento de Estado, afinal quando ficou pronto em Fevereiro já o exercício decorria. Mas o sucesso dos primeiros formandos foi possível, “usando a cabeça, com apoio de parceiros e do Governo local”, aclarou Junqueiro que disse ainda que para 2017 o IFP abriu 450 vagas. Ambicioso o director julga que o Instituto de Formação de Professores que dirige está também a contribuir para melhorar a vida na localidade de Nacololo onde está edificado e sonha que a instituição poderá ser um catalizador do desenvolvimento. “Esta zona é conhecida como de pessoas muito agressivas desde o tempo colonial, a zona chama-se Metocheria que significa pessoas de olhos vermelhos. Mas com a nossa presença eu sinto que tendem a acalmar. Se tivermos um posto médico(mais próximo dista 8 quilómetros), uma ATM, com o comboio que está a circular as coisas vão desenvolver”, declarou Lucas Junqueiro. Este artigo foi escrito no âmbito de uma viagem organizada pela Embaixada do Japão |
"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"
terça-feira, 3 de janeiro de 2017
IFP de Monapo gradua primeiros professores mesmo funcionando sem fundos do OE
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