Editorial |
Escrito por Redação em 13 Janeiro 2017 |
É no mínimo estranho que uma simples chamada telefónica devolva a tão almejada paz aos moçambicanos, não obstante seja temporária. Foram meses de negociações, em salas fechadas e climatizadas, com mediadores internacionais e não se conseguiu numa solução. Bastou apenas uma ligação para o líder da Renamo e Presidente da República chegarem a um acordo: tréguas. Isso é sintomático de que tanto Dhlakama como Nyusi têm estado a brincar com o sofrimento e paciência dos moçambicanos. Dezenas de pessoas perderam a vida nesse conflito armado cujo motivações vão se mostrando mais económicas do que políticas. Os discursos que nos têm sido apresentado não passa de demagogia do Governo da Frelimo e os seus aliados. Na verdade, parece que estamos sendo acometidos pelo vírus do discurso vazio de (des)governantes que fazem tudo menos trabalhar para o bem-estar de seus cidadãos (quando o conseguem ser nesse pântano de desrespeito à dignidade dos moçambicanos). Esta situação leva-nos a ponderar até que ponto precisamos e vamos compactuar com esse modelo falido de sistema social e político perverso que privilegia o conflito armado, o desrespeito aos Direitos Humanos, e a destruição do país. Todos os dias, temos estado a assistir toda uma elite política moçambicana enriquecendo às custas da guerra, da riqueza nacional espoliada do povo e também viciada no assistencialismo internacional que não ajuda ninguém a evoluir. Nunca na história pós-guerra civil dos 16 anos deste país, testemunhou-se tanta violação dos direitos dos cidadãos. Nunca os moçambicanos foram tão roubados e escravizados por um conflito armado cuja cessação temporária é feita telefonicamente. As coisas, portanto, estão mesmo más neste país, apesar de sucessivamente certos políticos (mafiosos e profissionais a lançarem areia nos olhos do povo) escamotearem a realidade. |
"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
@Verdade Editorial: Afinal, a Paz é possível!!
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