A vítima baleada mortalmente no princípio da tarde de ontem, na zona de Chiango, em plena estrada da circular em Maputo é identificada pelo nome de Ramiro. Este cidadão em toda sua vida sempre identificou-se como AGENTE DA POLÍCIA DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL. Todo mundo conheceu este sujeito como sendo agente da corporação. Maior parte dos agentes da polícia sempre o tratavam como seu colega de profissão. Participava activamente em operações policiais de investigações e combates de crimes. O Ramiro circulava a vontade empunhado de armas de fogo com o conhecimento de todos, até dos próprios comandantes e porta-vozes da polícia. Desencadeava operações quentes, extorquia e amedrontava pacatos cidadãos em nome da instituição pública, nossa Instituição, PRM. Afinal não passava de mais um bandido cadastrado e sobejamente conhecido da polícia?. Afinal é possível em Moçambique alguém decidir ser polícia hoje e sê-lo?. Como que isso funciona neste país?. Todo mundo ficou perplexo quando ontem a PRM, através do seu porta-voz, veio a público para distanciar-se afirmando que o malogrado não era e nunca teve seu nome na lista de agentes da Lei e Ordem. É simplesmente perigoso isso quando é a própria polícia a alojar infiltrados cadastrados criminosos nas suas fileiras disfarçados de agentes da corporação. Se a polícia sabia que o Ramiro era um pseudo elemento nas fileiras, então, que medidas tomou para responsabiliza-lo criminalmente pelo disfarce?. Será que o caso de Ramiro, ter-se camuflado como agente da polícia, que não mereceu tratamento criminal, era uma mera excepção?. Estou a começar a ter dúvidas que o Inácio Dina e Orlando Chefo sejam polícias de verdade.
Muzungu Ndini, zona centro de Moçambique.
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