19/01/2017
Yakub Sibindy, meu amigo de infância, trouxe à ribalta um assunto que mexe com a minha alma e com toda a minha família -'o assassinato do meu irmão, em Junho ou Julho de 1982, por bandos criminosos do Partido Frelimo, na Ilha de Moçambique, a partir do cativeiro.
O meu irmão - FERNANDES BAPTISTA e o seu colega do martírio, JOSSIAS DHLAKAMA - não fugiram da cadeia. Em Janeiro de 1982, o Presidente Samora Machel promoveu um comício, na Praça da Independência em Maputo, para encontrar "feiticeiros" que justificassem o ataque dos soldados sul-africanos à Matola. Machel não acreditava que o país ainda não tinha tropa formada para enfrentar o exército sul-africano, assim, tudo que acontecia de menos bom, segundo ele, só podia ser obra de alguém de dentro que abria a janela para o feiticeiro de fora entrasse.
Nesse comício, Jossias Dhlakama foi preso e apresentado ao público como inimigo da pátria, sem ter passado por nenhum processo judicial e muito menos ainda acusado pelo Ministério Público. Em Março seguinte, o chefe da Contra-Inteligência Militar, o então Coronel Lago Lidimo, irrompeu em casa do meu irmão, tendo-o algemado e saído com ele para a cadeia da máxima segurança. Daí levaram-no, na companhia de outros prisioneiros para um campo de concentração, na província de Cabo Delgado e daí transferido para Ilha de Moçambique.
Ora, em 1982, o então presidente de Portugal Ramalho Eanes ia visitar a Fortaleza da Ilha de Moçambique, foi quando Samora Machel encarregou o carrasco Lago Lidimo transferisse os demais prisioneiros para um outro Centro prisional e os tenentes-coronéis FERNANDES BAPTISTA e JOSSIAS DHLAKAMA, depois de tanta tortura e extraídos os olhos, foram algemados dos pés às mãos, introduzidos em sacos de ráfia com pedregulhos por dentro, para que os seus corpos não pudessem flutuar e jogados para o fundo mar. Só fascistas podem a tais façanhas horríveis e diabólicos!
O meu irmão - FERNANDES BAPTISTA e o seu colega do martírio, JOSSIAS DHLAKAMA - não fugiram da cadeia. Em Janeiro de 1982, o Presidente Samora Machel promoveu um comício, na Praça da Independência em Maputo, para encontrar "feiticeiros" que justificassem o ataque dos soldados sul-africanos à Matola. Machel não acreditava que o país ainda não tinha tropa formada para enfrentar o exército sul-africano, assim, tudo que acontecia de menos bom, segundo ele, só podia ser obra de alguém de dentro que abria a janela para o feiticeiro de fora entrasse.
Nesse comício, Jossias Dhlakama foi preso e apresentado ao público como inimigo da pátria, sem ter passado por nenhum processo judicial e muito menos ainda acusado pelo Ministério Público. Em Março seguinte, o chefe da Contra-Inteligência Militar, o então Coronel Lago Lidimo, irrompeu em casa do meu irmão, tendo-o algemado e saído com ele para a cadeia da máxima segurança. Daí levaram-no, na companhia de outros prisioneiros para um campo de concentração, na província de Cabo Delgado e daí transferido para Ilha de Moçambique.
Ora, em 1982, o então presidente de Portugal Ramalho Eanes ia visitar a Fortaleza da Ilha de Moçambique, foi quando Samora Machel encarregou o carrasco Lago Lidimo transferisse os demais prisioneiros para um outro Centro prisional e os tenentes-coronéis FERNANDES BAPTISTA e JOSSIAS DHLAKAMA, depois de tanta tortura e extraídos os olhos, foram algemados dos pés às mãos, introduzidos em sacos de ráfia com pedregulhos por dentro, para que os seus corpos não pudessem flutuar e jogados para o fundo mar. Só fascistas podem a tais façanhas horríveis e diabólicos!
Depois desse acto macabro, o SNASP, para ludibriar a opinião pública, divulgou um falso comunicado em que apelava à captura de dois perigosos espiões fugitivos. Tudo era completamente falso, pois os dois haviam sido atirados para o fundo do mar numa operação diabólica comandada pelo facínora Coronel Lago Lidimo.
FERNANDES BAPTISTA, meu irmão a quem eu, imediatamente, seguia, era, para todos os membros da família, um guia, um conselheiro a quem nós recorríamos sempre que necessitássemos. Dedicado à causa que o levou a juntar-se à luta armada de libertação nacional, em 1972, ainda bastante jovem, prescindindo uma vida de conforto da cidade, uma carreira promissora de futebolista e de estudante. Pensávamos nós que a FRELIMO seria melhor que o sistema colonial.
Enganamo-nos em absoluto. Vimos, logo a seguir à independência que a única coisa que mudou foram a bandeira, o BI e passamos a ter um presidente preto no lugar do governador-geral vindo de Lisboa. A opressão piorou. A falta de liberdade foi total. As prisões aconteciam em massa e os fuzilamentos tornaram-se públicos e frequentes. Os campos de concentração/reeducação multiplicaram e o números de pessoas detidas aumentou de forma exponencial. Isso tudo fez pensar a muita gente que a nossa luta foi em vão porque faltava o essencial - a liberdade.
Hoje, criou os esquadrões da morte que, dia após dia, semeiam a dor nas famílias que pensam de modo diferente. Por isso, chamo ao regime da Frelimo como desumano e criminoso. Aqui, mais uma vez fica confirma a revelação de Mariano Matsinha de que "na Frelimo era normal o fuzilamento". E continua sendo normal até aos nossos dias apesar de haver as instituições da Justiça em todo o território nacional.
A justiça, em Moçambique dirigido por bandidos e assassinos, chama-se Frelimo.
Eles - os assassinos do Partido Frelimo, preparem-se que nem todos os dirigentes da Frelimo são assassinos - sabem do mal que fizeram e têm a consciência da intensidade com que nos agrediram e esperamos que, um dia, chegue a justiça.
Pesando bem as palavras, posso afirmar que a prática diária da governação da Frelimo foi e ainda continua a ser muito pior da que o povo experimentou durante a vigência do colonialismo português.
Edwin Hounnou
In https://www.facebook.com/edwin.hounnou
FERNANDES BAPTISTA, meu irmão a quem eu, imediatamente, seguia, era, para todos os membros da família, um guia, um conselheiro a quem nós recorríamos sempre que necessitássemos. Dedicado à causa que o levou a juntar-se à luta armada de libertação nacional, em 1972, ainda bastante jovem, prescindindo uma vida de conforto da cidade, uma carreira promissora de futebolista e de estudante. Pensávamos nós que a FRELIMO seria melhor que o sistema colonial.
Enganamo-nos em absoluto. Vimos, logo a seguir à independência que a única coisa que mudou foram a bandeira, o BI e passamos a ter um presidente preto no lugar do governador-geral vindo de Lisboa. A opressão piorou. A falta de liberdade foi total. As prisões aconteciam em massa e os fuzilamentos tornaram-se públicos e frequentes. Os campos de concentração/reeducação multiplicaram e o números de pessoas detidas aumentou de forma exponencial. Isso tudo fez pensar a muita gente que a nossa luta foi em vão porque faltava o essencial - a liberdade.
Hoje, criou os esquadrões da morte que, dia após dia, semeiam a dor nas famílias que pensam de modo diferente. Por isso, chamo ao regime da Frelimo como desumano e criminoso. Aqui, mais uma vez fica confirma a revelação de Mariano Matsinha de que "na Frelimo era normal o fuzilamento". E continua sendo normal até aos nossos dias apesar de haver as instituições da Justiça em todo o território nacional.
A justiça, em Moçambique dirigido por bandidos e assassinos, chama-se Frelimo.
Eles - os assassinos do Partido Frelimo, preparem-se que nem todos os dirigentes da Frelimo são assassinos - sabem do mal que fizeram e têm a consciência da intensidade com que nos agrediram e esperamos que, um dia, chegue a justiça.
Pesando bem as palavras, posso afirmar que a prática diária da governação da Frelimo foi e ainda continua a ser muito pior da que o povo experimentou durante a vigência do colonialismo português.
Edwin Hounnou
In https://www.facebook.com/edwin.hounnou
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