sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
Os mediadores ainda não se fizeram ao país porque a frelimo como "governo" ainda não os convidou formal e oficialmente como mandam as regras, já que tratam se de representantes de organismos internacionais. Como é do domínio público, os mediadores internacionais saíram insatisfeitos com o mau comportamento da frelimo no processo negocial e sentiram se ofendidos quando a ultima hora a frelimo tentou exclui los do grupo de descentralização.
Então, para o seu regresso ao país os mediadores esperam pelo convite do "governo" da frelimo mas como a frelimo quer ganhar tempo para os seus planos diabólicos, ainda não endereçou um convite formal, numa altura em que faltam 40 dias para o fim oficial da trégua. Na verdade a frelimo não quer a mediação internacional porque esta reporta sempre os seus podres aos seus países de origem, com destaque para a União Europeia, principal doadora do Orçamento Geral.
O que a frelimo quer são os mediadorzinhos nacionais pró - frelimistas como o padre Couto, Sengulane, Do Rosário, Chembeze, e outros. Com estes, a frelimo pode facilmente fingir diálogo para arrastar o processo até as vésperas das eleições autárquicas e depois de "canganhiçar" os registos dos eleitores nas bases de dados do STAE'S e de imprimir boletins e selos duplicados, sem falar da óbvia despreparacao da renamo em relação ao processo eleitoral.
De qualquer forma, a frelimo apenas tem duas escolhas: ou reata o diálogo para satisfazer as duas principais exigências da renamo (governação das 6 provincias e integração dos comandos e quadros da renamo nas forças de defesa e segurança) ou a frelimo arrisca se a assumir a responsabilidade pelo reacender do conflito militar porque a renamo cumpriu a principal exigência do ponto de agenda da frelimo e em caso de incumprimento, a renamo já tem 'casus beli' e esperamos que a frelimo tenha preparado "robocops e rambos" para enfrentar os temíveis e formidáveis rangers de Afonso Dhlakama.
Unay Cambuma
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