Há muito sangue a escorrer no país por várias e diversas razões. Uma delas não menos importante tem sido o conflito político-militar, com incidência para raptos e assassinatos, como aconteceu há dias no distrito de Nhamatanda, província de Sofala, com o chefe de posto administrativo de Tica e o régulo Nhampoca.
As duas autoridades administrativas foram raptadas por supostos homens da Renamo em pleno dia quando orientavam um comício com a população na localidade de Nhampoca, pouco tempo depois viria a se confirmar o seu assassinato. Os corpos dos dois já foram a enterrar, o chefe de posto ontem na cidade da Beira e o régulo anteontem, em Nhamatanda. Não existe confirmação pública de os corpos terem sido submetidos a autopsia como recomendam os procedimentos legais para esse tipo de situações, para determinar a causa real da morte. O que é de domínio público é apenas de que as duas autoridades foram assassinadas.
Como ninguém sabe, mas o público gostaria saber se foi a porrada, a paulada, a facada, a tiro, por asfixia, permitindo comparar com outros casos semelhantes para determinar o modus operandi e facilitar a identificação dos autores. Já são muitos casos que referem o rapto e assassinato de cidadãos com motivação política. Como já são muitos os casos de cidadãos assassinados nos seus meios de convivência e residência tendo como motivação a crescente onda de criminalidade que predomina em todos os ambientes do país, denunciando a incapacidade das autoridades de controlo da situação.
Uma preocupação que tende a ser cada vez mais grave são as mortes relacionadas com os acidentes de viação. Em cerca de duas semanas pelo menos quatro jornalistas perderam a vida vítimas de acidente de viação, nomeadamente um na província de Manica e três na província de Nampula. Todos os jornalistas morreram no cumprimento da sua missão profissional. E a causa específica da origem dos sinistros foi a mesma: rebentamento de pneu seguido de despiste e capotamento. Isso remete a sociedade a uma reflexão séria sobre o estado de segurança em que são transportados os jornalistas, muitas vezes até desprovidos de seguro de viagem. Outros dias antes um grupo de jornalistas já havia sofrido atentado, quando as viaturas em que seguiam na cobertura da última visita presidencial a província de Manica receberam balas supostamente atiradas por homens armados da Renamo no distrito de Macossa.
Felizmente nenhum jornalista perdeu a vida nesta intentona.
Para concluir, chamar a consciência das autoridades do país de que há muito sangue a escorrer o que faz com que Moçambique já esteja a cheirar sangue. Algo concreto tem de ser feito para parar com a actual tendência. Oxalá que o dia 7 de Setembro, no qual celebra-se o 42º aniversário do Acordo de Lusaka que pôs termo a guerra de 10 anos pela libertação do país do jugo colonial português não seja manchado de sangue. E desejamos óptima festa a todos os moçambicanos pela passagem da data.
O AUTARCA – 06.09.2016
Felizmente nenhum jornalista perdeu a vida nesta intentona.
Para concluir, chamar a consciência das autoridades do país de que há muito sangue a escorrer o que faz com que Moçambique já esteja a cheirar sangue. Algo concreto tem de ser feito para parar com a actual tendência. Oxalá que o dia 7 de Setembro, no qual celebra-se o 42º aniversário do Acordo de Lusaka que pôs termo a guerra de 10 anos pela libertação do país do jugo colonial português não seja manchado de sangue. E desejamos óptima festa a todos os moçambicanos pela passagem da data.
O AUTARCA – 06.09.2016
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