"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sábado, 3 de setembro de 2016

Refrescando memórias... “OS SEGREDOS DA EDUCAÇÃO MOÇAMBICANA”

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Quem se esqueceu pode se lembrar, e quem nunca soube pode aprender, pois são realidades que o nosso Povo viveu.
O primeiro erro cometido em relação à educação escolar, em Moçambique, foi de se querer arrastar todos os alunos para o ateísmo, transformando-os em combatentes contra
Deus e contra todas as filosofias de vida, que induzissem a temê-lo e respeitá-lo. Por consequência ou como reforço deste plano de arremessar os alunos contra Deus, também se levava às crianças a se rebelarem contra as suas famílias, desrespeitando-as. Sobretudo a obediência aos pais, era um grande obstáculo para alguns “bons educadores dos tempos áureos do comunismo”.
O segundo erro veio da ânsia de ser diferente do colonialismo e/ou, frelimizar tudo. Se os colonos ensinavam o alfabeto, então as crianças do Moçambique Independente deveriam ignorá-lo.
E a impreparação dos professores, muitas vezes a quererem ser mais papistas que Sua Santidade o Papa, ou a terem medo de serem descobertos como gregos entre romanos ou romanos entre gregos, levava a ver a teoria da “marcha do conhecimento” como uma confirmação da proibição de levar as crianças a conhecer os caracteres do alfabeto.
Portanto, o aluno tinha que desconhecer as letras, ficando limitado a conhecer apenas as frases, e saber ler a partir desta.
Com este “boato científico” criamos esta situação em que alunos da oitava classe, e talvez até professores, não sabem ler. Mas não é apenas na disciplina de Português. Na matemática era proibido aos alunos aprender com os próprios pais, pois existiam formas diferentes destes fazerem algumas contas e para que não houvesse trapalhices, os meninos não deveriam estudar com os seus pais.
Ver um filho com dificuldades e querer ajudá-lo era problema.
Esta tentativa de promover o divórcio entre alunos e seus pais ou educadores foi a base de todos os desmandos e “descomandos” no nosso sistema nacional de educação. Tudo isto não vinha escrito nos currícula e programas, pois estes mandavam respeitar a família, os idosos, as mulheres… mas os professores que na escola tentasse fazê-lo, sobretudo ensinar a faze-lo, eram rotulados de idealistas. Perseguidos de todas as formas, chegando em alguns casos a serem condenados à morte ou enviados aos campos de concentração, mais conhecidos na nossa realidade por campos de reeducação. Trouxemos aqui estas lembranças tristes, apenas para ajudar o nosso Ministério da Educação a resolver os problemas da falta de qualidade no nosso ensino, pois pouca coisa, basta.
Apenas dizer aos professores que estávamos errados ao proibir que os alunos conhecessem o alfabeto, confiar na inteligência das nossas crianças para dar liberdade a que elas possam aprender os dois métodos de arrumar os números das continhas de dividir (dos professores e dos pais) desistir de combater a fé e os valores morais de cada família, e para completar então, acabar com o cabritismo a todos os níveis para que não haja mais escolas sem carteiras, sem teto, ou sem paredes, pois para educar é necessário dispor de infra-estruturas adequadas.
O DIA – 02.09.2016

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