PROPRIETÁRIOS DE ESTALEIROS RESTITUÍDOS A LIBERDADE

Exportação ilegal de madeira em Nacala-porto
A procuradoria-geral ao nível da cidade portuária de Nacala, na província de Nampula, confirmou a detenção e posterior liberdade sob pagamento de caução de três indivíduos proprietários de estaleiros onde se encontram depositados parte dos cerca de 1.300 contentores de madeira em toro que se destinava a exportação, considerada ilegal e fraudulenta.
A procuradora-chefe de Nacala, Helena Mania que confirmou esta decisão ao nosso jornal, disse que a soltura daqueles indivíduos, cuja identidade e nacionalidade escusou adiantar, tem em vista acautelar alguns aspectos investigativos sobre o assunto, tendo em conta que ainda não foi apurada a sua culpabilidade na exploração e exportação ilegal daquela madeira.
Acrescentou apenas tratarem-se de proprietários dos estaleiros onde estavam armazenados os contentores contento a madeira e que os próximos dias deverão apresentar as autoridades competentes a documentação que prove a legalidade da operação.

Fonte segura afiançou ao nosso jornal que a detenção dos visados, efetuada pela Policia foi considerada ilegal pelo Juiz de Instrução em Nacala pelo facto de não ter sido em flagrante delito e muito menos ter sido emanada por autoridade competente.
Importa referir que esta semana mais de 40 mil metros de madeira em touro diversa que se encontra acondicionada em pouco mais de 1.300 contentores em diversos estaleiros na cidade portuária de Nacala, foram confiscadas por uma equipa multissectorial encabeçada pelo Ministério de Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER) que durante dois dias trabalhou naquela região da província de Nampula.
De acordo com uma fonte do MITADER que chefiou esta apreensão, a madeira da espécie chanfuta, pau-ferro, pau-preto e umbila que se encontrava empacotada nos referidos contendores tinha como destino a República Popular da China, numa acção em que as autoridades consideraram de fraudulenta.
A operação que resultou nesta que é dita como sendo a maior apreensão que o país já registou, depois de em 2012 ter desbaratado uma idêntica com 556 contentores.
WAMPHULA FAX – 09.12.2016