Editorial |
Escrito por Redação em 23 Dezembro 2016 |
Ao longo da sua governação, a situação dos moçambicanos tem ido de mal ao pior. A pobreza tem vindo aumentar, assim como o poder de compra tem vindo a decrescer. O salário mínimo está aquém de satisfazer as necessidades elementares de alimentação do cidadão comum. Cresce o número de moçambicanos que morrem nas filas de uma unidade sanitária à espera de cuidados hospitalares. Centenas de indivíduos foram obrigados a abandonar as suas zonas de origem devido a um conflito armado que tende a alastrar-se a cada semana que passa. Aliado a isso, assistimos, quase todos os dias, aos inexplicáveis sequestros, aos assassinatos de membros do partido da Oposição, para além do recrudescimento da criminalidade a escala nacional. Porém, assessorado por profissionais de muito mau gosto que vêem o país trancados numa sala climatizada e de persianas fechadas, o Presidente da República teve a petulância de dizer que o Estado da Nação mantém-se firme. Só um indivíduo sem réstia de sentimento e que leva uma vida principesca é capaz de afirmar tamanha estupidez. É, diga-se em abono da verdade, deveras vergonhoso e preocupante quando um Chefe de Estado não tem a humildade suficiente para aceitar publicamente que, como um país, temos estado a dar passos significativos para trás. Os acontecimentos dos últimos tempos são motivos mais do que suficientes para o Senhor Presidente pôr a mão na consciência. Mas parece que Nyusi, apoiado por mafiosos de que é constituído o Governo e o partido Frelimo, mantém-se firme nos seus cânticos fúnebres e ilusórios de que as condições de vida dos moçambicanos melhoraram. Sejamos honestos, camarada Presidente Nyusi! As coisas estão mesmo más neste país. Continuamos a caminhar firmimente para o abismo, ou seja, para o pântano da desgraça. Não adianta, portanto, escamotear essa realidade. |
"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"
sábado, 24 de dezembro de 2016
@Verdade Editorial: O Estado da Nação é péssimo
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