AO INVÉS DAS AUTARQUIAS PROVINCIAIS, A RENAMO VAI CRIAR PROVÍNCIAS AUTÓNOMAS

Unay Cambuma

O regime maconde de Nyusi continua empenhado em campanhas militares contra a Serra da Gorongosa com o objectivo de matar ou capturar o lendário líder do movimento resistência nacional Moçambicana (Renamo). Temos confirmação de que é o próprio Nyusi que está em frente das operações especiais contra a Serra da Gorongosa. Ele sempre exige relatórios detalhados sobre o andamento de todas tentativas e dá todo o apoio material necessário. Este assunto está no topo da sua agenda de governação. Porque para a frelimo, Dhlakama é muito perigoso para os seus desígnios totalitaristas. A ala maconde da frelimo acha que com a morte de Dhlakama terá caminho livre para se manter permanentemente no poder, superando o tempo de permanência dos machanganas.
Como todo mundo já sabe, Afonso Dhlakama é um grande democrata e justiceiro, e a frelimo é contra isso, então com Dhlakama vivo neste mundo, a frelimo vê - se seriamente ameaçada, vai daí que faz estoicos, titânicos e desesperados esforços para tirar Dhlakama do seu caminho. Então, nós moçambicanos não podemos deixar que isto aconteça, nem mesmo os nossos irmãos do sul, sob risco de sermos escravos para todo e sempre. Só Dhlakama e seus super comandos é que têm a capacidade para parar com a pilhagem dos nossos recursos (gás de Temane, carvão de Moatize, diamantes do Save, recursos florestais e marinhos, etc) e cobrar de volta os biliões de dólares roubados por Guebuza, Manuel Chang, Ernesto Gove e outros.
Já que a frelimo continua a raptar e matar todos aqueles que estão contra as suas desastrosas políticas, a renamo irá rapidamente desenhar uma estratégia que consistirá na libertação militar de algumas províncias, onde serão instituídas uma nova administração autónoma. Estas "províncias libertadas" servirão para albergar os membros e simpatizantes da renamo e todos aqueles que sofrem injustiças e perseguições do regime maconde da frelimo. Havendo estas províncias autónomas, nenhum sequestrador da frelimo irá meter o seu focinho, porque será imediatamente preso.
Estas províncias terão total autonomia e a renamo irá implementar todas as suas políticas sectoriais, incluindo relações directas com entidades estrangeiras, sobretudo investidores. Esta será uma medida "provisória" para salvaguardar a vida dos membros e simpatizantes da renamo enquanto o conflito e as negociações decorrem. Não se trata de divisão do país, na Espanha, França e Alemanha é assim. Por exemplo, na Alemanha existe os estados da Baviera e Saxónia, que são completamente autónomos. Em Portugal existem os Açores e Madeira e aqui em África temos o Zanzibar (Tanzânia).
A frelimo recusou uma proposta muito simples e prática da renamo que são as autarquias provinciais mas como existem cabeças muito duras dentro da frelimo, agora a renamo voltou a sua ideia anterior. Recorde - se que a ideia de autarquias provinciais foi sugerida pelo malogrado Prof. Dr Gilles Cistac, que acabou pagando com a vida. Ninguém pode ficar escandalizado se um dia cada província ou região exigir a sua independência porque Moçambique nunca foi uno e muito menos é indivisível porque a actual divisão administrativa é fruto do colonialismo que juntou forçosamente diferentes tribos e etnias.
O termo "unidade nacional" é manobra da frelimo para conseguir ter acesso livre para pilhar os recursos das regiões centro e norte. Aliás, só uma pergunta: Quantos "chingondos" são proprietários de empreendimentos de vulto na região sul? Ou donos de uma empresa de cariz nacional? Ou porque as lindas e exuberantes zonas costeiras das regiões centro e norte estão "as moscas" ao passo que as do sul têm grandes empreendimentos turísticos? Porque energia de Cahora Bassa é vendida a preço de banana a África do Sul mas a Mozal paga um balúrdio a Motraco, empresa de máfia de sulistas da frelimo? Sabiam que o país não ganha quase nada com o carvão de Moatize?

UNAY CAMBUMA

NOTA DE ÚLTIMA HORA:
Forças da Renamo atacaram um comboio da Vale na madrugada de hoje, 19/12/16, algures em Inhaminga. A composição tinha 3 "cabeças" e duas delas foram seriamente alvejadas mas o maquinista da terceira conseguiu puxar até Nhamitanga. Assim é o fim da circulação dos comboios da Vale porque há duas semanas as perdizes queimaram 3 cabeças na zona de Ntuali, Niassa.
De fontes das perdizes soubemos que Afonso Dhlakama decretou um cessar-fogo durante a quadra festiva para permitir que os moçambicanos passem as férias em ambiente de paz e harmonia. Neste caso, os caros compatriotas podem viajar a vontade mas cuidado com os Periquitos da frelimo nas estradas, estes continuam a maltratar os automobilistas e viajantes.