Julião João Cumbane com Julião João Cumbane.
O Egidio Vaz conhece Alexandre Chivale como membro do G40, contra o qual ele (Egidio Vaz) combateu ferozmente. Hoje Alexandre Chivale estranha o facto de Egidio Vaz falar bem do Governo de Filipe Nyusi, contra o qual ele (Alexandre Chivale) está a combater ferozmente. Ou seja, os dois trocaram de alas.
Quem está desconfortado com a troca é Alexandre Chivale, que tacitamente gostaria de contar de contar com o apoio de Egidio Vaz para destratar Filipe Nyusi.
Ontem, Egidio Vaz foi crítico severo da Administração de Armando Guebuza, que Alexandre Chivale apoiou incondicionalmente. Hoje, Egidio Vaz identifica-se com a Administração de Filipe Nyusi, que Alexandre Chivale reprova veementemente.
A minha pergunta sobre isto é:
Quem acha que entende este jogo de troca de lugares? Quais são as motivações reais...? Ajudar Filipe Nyusi...? Castigar Filipe Nyusi...?
---
PS: Alexandre Chivale é daqueles masters do Direito que advogam que a audiência de Armando Guebuza pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) deveria ter sido precedida pela convocação, por Filipe Nyusi, na sua qualidade de Presidente da República, de uma sessão do Conselho de Estado, para deliberar sobre a quebra da imunidade daquele. Tal não foi o entendimento do Gabinete Jurídico da Presidência da República. Assim tendo sido, Alexandre Chivale diz que a audiência de Armando Guebuza pela CPI não tem qualquer valor jurídico. Eu, que não sou jurista, pergunto: será? Não teria sido politicamente mais grave para a figura de Armando Guebuza, o Filipe Nyusi convocar o Conselho de Estado para deliberar sobre a quebra da imunidade do seu antecessor e promotor? Mesmo tecnicamente, outros masters do Direito dizem que Filipe Nyusi agiu correctamente não reunindo o Conselho de Estado para deliberar sobre a ida de Armando Guebuza, membro deste órgão, à audiência pela CPI. Quem está certo?
Comentários
Sem comentários:
Enviar um comentário