terça-feira, 13 de dezembro de 2016
Egidio Vaz
6 h ·
ESTADO DA NAÇÃO: O QUE ESPERAR DO NYUSI?
Os informes do chefe do Estado sobre a situação geral da nação nunca foram consensuais. Se até nos anos aparentemente menos conflituosos, como os de 2011 e 2012, os discursos do Presidente apenas “convenceram “ as mesmas pessoas. Assim, para este ano, teremos uns (os mesmos de costume) a dizer que o discurso foi “pedagógico, claro, eloquente, tendo sido feita uma radiografia real ao país” e outros a dizerem que não correspondeu às expectativas.
Uma das razões da falta do consenso reside justamente nos termos de referência e na resistência à mudança. Outras razões prendem-se com o conteúdo e o (des)interesse dos cidadãos.
Comecemos pelo conteúdo: o informe do chefe do estado é o somatório das actividades realizadas pelo seu governo num determinado ano. Normalmente estas actividades, realizadas ou não, não gera nenhum novo interesse nos cidadãos. É um relatório sobre o passado já vivido e é justamente por causa disso que o discurso perde interesse. Muitas vezes, a única declaração que gera interesse dos cidadãos é quando o Presidente afirma categoricamente se o ESTADO DA NAÇÃO É BOM ou não. Uma vez o Presidente Guebuza não disse categoricamente se o Esatdo da Nação era bom. E isso levou a que alguns o criticassem pela falta de clareza. Outra vez o mesmo PR afirmou categoricamente que o estado da nação era BOM. Alguns críticos lamentaram a conclusão tendo o acusado de ser insensível aos problemas do povo e de viver um mundo que só ele entende.
O que a maioria dos analistas e governantes não entende é que os informes do Estado Geral da Nação só serão úteis e interessantes se forem capazes de cumprir três objectivos estratégicos:
1. Mobilizar e galvanizar o espírito da unidade nacional
2. Orientar o povo para os desafios e prioridades seguintes
3. Informar retrospectivamente o ano que ora finda.
Ora, informar retrospectivamente não significa amontoar realizações do governo num determinado período. Significa reflectir sobre o ano, sobre as decisõs tomadas, extrair ilações na base das quais se esboçam novas possibilidades futuras. Os discursos sobre as realizações não interessa a maioria da população simplesmente porque já aconteceu e foi interessante no momento que se ralizou. Para ser mais concreto, grande parte da informação constante nos informes do PR deveria pertencer ao informe do governo apresentado pelo Primeiro-ministro na AR e sujeita a interpelação.
Ao PR deveria concentrar-se na reflexão de grandes temas, nomeadamente defesa e segurança, economia e relações internacionais onde aproveitaria o ensejo para nos antecipar o tipo do país que 2017 nos reserva. Na verdfade, o que muitos, inclusive os próprios diigentes não entendem é que o verdadeiro estado da nação que o povo quer ouvir não é o que passou. Mas o que está por vir, pois só esse é que o intressa. O passado só se torna útil se este servir para devolver o dividendo aos legítimos cidadãos.
Para ser ainda claro, o interesse do Discurso a Nação deve(ria) centrar-se na audiência e não no autoelogio. As estórias de sucesso deve(ria)m ser reais e centradas no beneficiário final e não apenas aos contabilistas e planificadores e a mensagem final deveria servir para reanimar os prospectos de um futuro melhor. Em teoria de comunicação, postula-se que para que um discurso seja persuasivo o suficiente, ele precisa de atender a dois tipos de factores: factores relativos a audiência e factores relativos a mensagem.
Dos factores relativos à audiência temos que compreender (1) o interesse das pessoas em obter a informação [conhecer os conteúdos], (2) a noção da exposição selectiva das diversas camadas de população aos conteúdos noticiosos [conhecer a audiência]; (3)a atenção selectiva [conhecr os determinantes da atenção da audiência] (4) a percepção seletiva [nível de cognição política](5) a memorização selectiva [o impacto do word of mouth e as generalizações/interpretações subsequentes]. Por sua vez, quanto aos factores relativos a mensagem temos que atender a (a) a ordem da argumentação [o que vai dizer antes e depois], (b) a explicitação das conclusões e (c) a integridade dos argumentos.
Se nada mudar, vai ser desafiador convencer a opinião pública sobre a situação geral da nação principalmente se continuar a centrar-se no próprio governo e nas suas realizações. Vai ser necessário não só alterar profundamente a estrutura das argumentações, a explicitação das conclusões e a integridade dos argumentos.
Trata-se de optar ou por uma inovação disruptiva ou pela contínua inovação.
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